E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas.
Uma grande divergência entre os católicos e os evangélicos diz respeito ao texto de Mt 16.13-18, onde palavra "pedra" tem um grande destaque.
Quem seria a Pedra, Jesus ? Pedro ?
Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
Analisando o texto, e mais algumas passagens que tanto PAULO como PEDRO nos trazem, fica MAIS FÁCIL SABERMOS QUAL É A PEDRA EM QUESTÃO.
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;
Efésios 2.20
Mas ele, olhando para eles, disse: Que é isto, pois, que está escrito? A pedra, que os edificadores reprovaram, Essa foi feita cabeça da esquina.
Lucas 20.17
Como escreveu o próprio Pedro:
Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido.
E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina,
1 Pedro 2. 5,6 e 7
Como disse o próprio Pedro:
Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós.
Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
Atos 4.10,11 e 12
Portanto, a Pedra se refere a Jesus.
Somos um blog que visa ajudar na formação e no amadurecimento do caráter cristão do novo convertido.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
A Pedra de Mt 16.18 se refere a Pedro ou Jesus?
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Grandes homens da história - Charles Haddon Spurgeon
Charles Haddon Spurgeon, comumente referido como C. H. Spurgeon (19 de junho de 1834 — 31 de janeiro de 1892), foi um pregador Batista Reformado, nascido em Kelvedon, Essex na Inglaterra.
Converteu-se ao cristianismo em janeiro de 1850, aos quinze anos de idade. Aos dezesseis, em 1851, pregou seu primeirosermão; no ano seguinte tornou-se pastor de uma igreja batista em Waterbeach, Condado de Cambridgeshire (Inglaterra). Em 1854 Spurgeon, então com vinte anos, foi chamado para ser pastor na capela de New Park Street, Londres, que mais tarde viria a chamar-se Tabernáculo Metropolitano, transferindo-se para novo prédio.
Desde o início do ministério, seu talento para a exposição dos textos bíblicos foi considerado extraordinário. E sua excelência na pregação nas Escrituras Bíblicas lhe deram o título de O Príncipe dos Pregadores, em sua vida, Spurgeon pregou para cerca de 10.000.000 pessoas.
Histórico
A família de Spurgeon, escapando da perseguição contra os protestantes perpetrada por Carlos V e Filipe II, fugiu para a Inglaterra.
Após um período de dúvidas e angustias, aos 15 anos, aceitou Jesus como Salvador. Após a conversão, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças em Newmarkete Cambridge. Suas pregações eram tão eletrizantes e intensas que, dois anos depois de seu primeiro sermão, Spurgeon, então com 20 anos, foi convidado a assumir o púlpito da Igreja Batista de Park Street Chapel, em Londres, antes pastoreada pelo teólogo John Gill. O desafio, entretanto, era imenso.
Localizada em uma área metropolitana, Park Street Chapel havia sido uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma platéia de pouco mais de cem pessoas. O sermão inaugural de Spurgeon, naquela enorme igreja, ocorreu em 18 de dezembro de 1853. Havia ali um grupo de fiéis que nunca cessou de orar por um avivamento. No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. As vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois. Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, não suportava a audiência, que chegou a dez mil pessoas, somada a assistência de todos os cultos da semana. O número de pessoas era tão grande que as ruas próximas à igreja se tomaram intransitáveis. Logo, as instalações do templo ficaram inadequadas, e, por isso, foi construído o grande Tabernáculo Metropolitano, com capacidade para 12 mil ouvintes. Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que tivessem assistido aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra.
Muitas congregações, um seminário e um orfanato foram estabelecidos. Com o passar do tempo, Charles Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como França, Escócia, Irlanda, País de Gales e Holanda. Spurgeon pregava não só em reuniões ao ar livre, mas também nos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana.
Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou o The Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas.
Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos Thomas e Charles.Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah.
A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon escreveu 135 livros durante 27 anos (1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos.
Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Na ocasião em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de sua conversão, Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra.
Alguns dos trabalhos escritos mais conhecidos de Charles Haddon Spurgeon:
All of Grace — editado em português sob o título Tudo pela Graça
Miracles and Parables of Our Lord — três volumes
Spurgeon’s Morning and Evening — livro de leituras devocionais diárias
The Sword and The Trowel — revista mensal editada por Spurgeon
The Treasury of David — comentário em vários volumes sobre os Salmos
Grandes homens da história - John Huss
John Huss (Husinec, 1369 - Constança, 6 de Julho de 1415) foi um pensador e reformador religioso. Ele iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe. Os seus seguidores ficaram conhecidos como os Hussitas. A Igreja Católica não perdoou tais rebeliões e ele foi excomungado em 1410. Condenado pelo Concílio de Constança, foi queimado vivo.
Um precursor do movimento protestante (ver: Reforma Protestante), a sua extensa obra escrita concedeu-lhe um importante papel na história literária checa. Também é responsável pela introdução do uso de acentos na língua checa por modo a fazer corresponder cada som a um símbolo único. Hoje em dia a sua estátua pode ser encontrada na praça central de Praga, a Staroměstské náměstí (Praça da Cidade Velha).
Sua infância e estudos
Jan Hus,(ou mais conhecido por João Huss) o famoso reformador da Boémia, nasceu em Husinec (75 km s. s. w. de Praga) possivelmente a 6 de Julho de 1369, como se acredita, tendo sido queimado vivo em Constança a 6 de Julho de 1415. O nome Hus é a abreviação do seu lugar de nascimento, feita pelo próprio, em cerca de 1399; anteriormente era conhecido como Jan Husinecký, ou, em Latim, Johannes de Hussinetz. Seus pais eram checos de poucas posses.
Teve de ganhar a vida cantando e prestando serviços na Igreja. Sentiu-se atraído pela profissão clerical não tanto por um impulso interior mas pela atracção de uma vida tranquila como clérigo. Estudou em Praga, onde teria estado por volta dos anos 80. Foi grandemente influenciado por Stanislav ze Znojma, que mais tarde se tornaria seu amigo íntimo e finalmente um grande inimigo. Como estudante, Hus não mostrou grande distinção. Nos seus escritos usava frequentemente citações de John Wyclif. Era uma personalidade de temperamento quente. Em 1393 ele fez o Bacharelado em Letras, em 1394 o Bacharelado em Teologia, e em 1396 O Mestrado. Em 1400 foi ordenado padre, em 1401 tornou-se reitor da faculdade de Filosofia, e no ano seguinte foi reitor da Universidade Carlos. Em 1402 foi nomeado também pregador na Igreja de Belém em Praga, onde pregava em língua checa.
Influência de Wyclif na Boémia
No seguimento do casamento da irmã do rei Venceslau, Anne, com Ricardo II de Inglaterra em 1382, os escritos filosóficos de Wyclif tornaram-se conhecidos na Boémia. Como estudante, Huss tinha sido atraído por eles, particularmente pelo seu realismo filosófico. A sua inclinação para as reformas eclesiásticas foi despertada pelos escritos teológicos de Wyclif. O chamado Hussismo das primeiras décadas do século XV não era mais do que Wyclifismo transplantado para solo Boémio. Como tal, continuou até à morte de Hus, tornou-se depois Utraquismo e seguidamente Taboritismo (ver também: Guerras Hussitas).
Os escritos teológicos de John Wycliffe espalharam-se rapidamente pela Boémia, trazidos em 1402 por Jerônimo de Praga, renomado bacharel que havia estudado na Universidade de Oxford (onde Wyclif lecionara no século XIV) e que, mais tarde, tornou-se amigo e seguidor de Huss. Tais escritos causaram profunda impressão em Hus. A Universidade decretou-se contra as novas doutrinas, e em 1403 proibiu uma disputação sobre 45 Teses tiradas em parte de Wyclif. Sob a tutela do Arcebispo Zbyněk Zajíc (desde 1403), Hus gozou inicialmente de boa reputação. Em 1405 ele estava activo como pregador sinodal, mas o bispo foi forçado a depor contra ele devido aos ataques dele contra o sacerdócio.
Hus pregava o Sacerdócio Universal dos Crentes, no qual qualquer pessoa pode comunicar-se com Deus sem a mediação sacramental e eclesial.
Antes de ser queimado, Hus disse as seguintes palavras ao carrasco: "Vocês hoje estão queimando um ganso (Hus significa "ganso" na língua boêmia), mas dentro de um século, encontrar-se-ão com um cisne. E este cisne vocês não poderão queimar." Costuma-se identificar Martinho Lutero com esta profecia (que 102 anos depois pregou suas 95 teses em Wittenberg), e costumeiramente se costuma identificá-lo com um cisne.
O Cisma Papal
O desenvolvimento da situação na Universidade de Praga dependeu em grande parte da questão do cisma papal. O rei Venceslau, que estava prestes a assumir o comando do governo, mas que não dispunha do apoio de Gregório XII, afastou-se dele e ordenou ao seu prelado que observasse a estrita neutralidade face a ambos os papas, esperando o mesmo da Universidade.
O arcebispo permaneceu fiel a Gregório, e na Universidade foi apenas a nação Boémia, com Hus como seu porta-voz, que se manisfestou neutra.
Irado com esta atitude, Venceslau, com a instigação de Huss e de outros líderes checos, emitiu em Kutná Hora um decreto segundo o qual seriam concedidos à nação boémia três votos em todos os assuntos da Universidade, enquanto que às nações estrangeiras, principalmente a alemã, teriam apenas um voto. Como consequência, muitos doutores, mestres e estudantes alemães deixaram a Universidade em 1409, e a Universidade de Leipzig foi fundada. Desta forma, Praga tornou-se uma escola checa, tendo os emigrantes espalhado a fama das doutrinas Boémias para zonas distantes.
Grandes homens da história - Martinho Lutero
Martinho Lutero (Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben, 18 de fevereiro de 1546) foi um monge agostiniano alemão,teólogo, professor universitário, "Pai do Protestantismo" e reformista da Igreja Católica, cujas ideias influenciaram a Reforma Protestante e mudaram o curso da Civilização ocidental.
Primeiros anos de vida
Martinho Lutero, cujo nome em alemão era Martin Luther ou Luder, era filho de Hans Luther e Margarethe Lindemann. Mudou-se para Mansfeld, onde seu pai dirigia várias minas de cobre. Tendo sido criado no campo, Hans Luther desejava que seu filho viesse a se tornar um funcionário público; melhorando, assim, as condições da família. Com esse objetivo, enviou o ja velho Martinho para escolas em Mansfeld, Magdeburgo e Eisenach.
Aos dezessete anos, em 1501, Lutero ingressou na Universidade de Erfurt, onde tocava alaúde e recebeu o apelido de "O filósofo". Ainda na universidade de Erfurt, estudou a filosofia nominalista de Ockham (as palavras designam apenas coisas individuais; não atingem os “universais”, as realidades presentes em todos os indivíduos, como por exemplo a natureza humana; em conseqüência, nada pode ser conhecido com certeza pela razão natural, exceto as realidades concretas: esta pessoa, aquela coisa). Esse sistema dissolvia a harmonia multissecular entre a ciência e a fé que tanto foi defendida pela "Escolástica" de "São jesus cristo", pois essa filosofia tinha as unicamente na vontade de Deus. O jovem estudante graduou-se bacharel em 1502 e concluiu o mestrado em 1505, sendo o segundo entre dezessete candidatos. Seguindo os desejos paternos, inscreveu-se na escola de Direito da mesma Universidade. Mas tudo mudou após uma grande tempestade com descargas elétricas, ocorrida naquele mesmo ano (1505): um raio caiu próximo de onde ele estava passando, ao voltar de uma visita à casa dos pais. Aterrorizado, gritou então: "Ajuda-me, Sant'Ana! Eu me tornarei um monge!"
Tendo sobrevivido aos raios, deixou a faculdade, vendeu todos os seus livros, com exceção dos de Virgílio, e entrou para a ordem dos Agostinianos, de Erfurt, a 17 de julho de 1505.
Vida monástica e acadêmica
O jovem Martinho Lutero dedicou-se por completo à vida no mosteiro, empenhando-se em realizar boas obras a fim de agradar a Deus e servir ao próximo através de orações por suas almas. Dedicou-se intensamente à meditação, às autoflagelações, às muitas horas de oração diárias, às peregrinações e à confissão. Quanto mais tentava ser agradável ao Senhor, mais se dava conta de seus pecados
Johann von Staupitz, o superior de Lutero, concluiu que o jovem necessitava de mais trabalhos, para afastar-se de sua excessiva reflexão. Ordenou, portanto, ao monge que iniciasse uma carreira acadêmica. Em 1507, Lutero foi ordenado sacerdote. Em 1508, começou a lecionarTeologia na Universidade de Wittenberg. Lutero recebeu seu bacharelado em Estudos bíblicos a 19 de março de 1508. Dois anos depois, visitouRoma, de onde regressou bastante decepcionado.
Em 19 de outubro de 1512, Martinho Lutero graduou-se Doutor em Teologia e, em 21 de outubro do mesmo ano, foi "recebido no Senado da Faculdade Teológica" com o título de "Doutor em Bíblia". Em 1515, foi nomeado vigário de sua ordem tendo sob sua autoridade onze monastérios.
Durante esse período, estudou grego e hebraico, para aprofundar-se no significado e origem das palavras utilizadas nas Escrituras - conhecimentos que logo utilizaria para a sua própria tradução da Bíblia.
A controvérsia acerca das indulgências
Além de suas atividades como professor, Martinho Lutero ainda colaborava como pregador e confessor na igreja de Santa Maria, na cidade. Também pregava habitualmente na igreja do Castelo (chamada de "Todos os Santos" - porque ali havia uma coleção de relíquias, estabelecidas por Frederico II de Sabóia). Foi durante esse período que o jovem sacerdote se deu conta dos problemas que o oferecimento de indulgências aos fiéis, como se esses fossem fregueses, poderia acarretar.
A indulgência é a remissão (parcial ou total) do castigo temporal imputado a alguém por conta dos seus pecados. Naquele tempo qualquer pessoa poderia comprar uma indulgência, quer para si mesmo, quer para um parente já morto que estivesse no Purgatório. O frade Johann Tetzel fora recrutado para viajar através dos territórios episcopais do arcebispo Alberto de Mogúncia, promovendo e vendendo indulgências com o objetivo de financiar as reformas da Basílica de São Pedro, em Roma.
Lutero viu este tráfico de indulgências como um abuso que poderia confundir as pessoas e levá-las a confiar apenas nas indulgências, deixando de lado a confissão e o arrependimento verdadeiros. Proferiu, então, três sermões contra as indulgências em 1516 e 1517. Segundo a tradição, a 31 de outubro de 1517 foram afixadas as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas. Essas teses condenavam o que Lutero acreditava ser a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso e pediam um debate teológico sobre o que as Indulgências significavam. Para todos os efeitos, contudo, nelas Lutero não questionava diretamente a autoridade do Papa para conceder as tais indulgências.
As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Ao cabo de duas semanas se haviam espalhado por toda a Alemanha e, em dois meses, por toda a Europa. Este foi o primeiro episódio da História em que a imprensa teve papel fundamental, pois facilitou a distribuição simples e ampla do documento.
A resposta do Papado
Depois de fazer pouco caso de Lutero, dizendo que ele seria um "alemão bêbado que escrevera as teses", e afirmando que "quando estiver sóbrio mudará de opinião" o Papa Leão Xordenou, em 1518, ao professor de teologia dominicano Silvestro Mazzolini que investigasse o assunto. Este denunciou que Lutero se opunha de maneira implícita à autoridade do Sumo Pontífice, quando discordava de uma de suas bulas. Declarou ser Lutero um herege e escreveu uma refutação acadêmica às suas teses. Nela, mantinha a autoridade papal sobre a Igreja e condenava as teorias de Lutero como um desvio e uma apostasia.
Lutero replicou de igual forma (academicamente), dando assim início à controvérsia.
Enquanto isso, Lutero tomava parte da convenção dos agostinianos em Heidelberg, onde apresentou uma tese sobre a escravidão do homem ao pecado e a graça divina. No decorrer da controvérsia sobre as indulgências, o debate se elevou até ao ponto de duvidar do poder absoluto e autoridade do Papa, pois as doutrinas de "Tesouraria da Igreja" e "Tesouraria dos Merecimentos", que serviam para reforçar a doutrina e venda e das indulgências, haviam se baseado na bula papal "Unigenitus", de 1343, do Papa Clemente VI. Por causa de sua oposição a esta doutrina, Lutero foi qualificado como heresiarca e o Papa, decidido a suprimir por completo os seus pontos de vista, ordenou que ele fosse chamado a Roma, viagem que deixou de ser realizada por motivos políticos.
Lutero, que anteriormente professava a obediência implícita à Igreja, negava agora abertamente a autoridade papal e apelava para que fosse realizado um Concílio. Também declarava que o papado não formava parte da essência imutável da Igreja original.
Desejando manter relações amistosas com o protetor de Lutero, Frederico, o Sábio, o Papa engendrou uma tentativa final de alcançar uma solução pacífica para o conflito. Uma conferência com o representante papal Karl von Miltitz em Altenburg, em janeiro de 1519, levou Lutero a decidir guardar silêncio, tal qual seus opositores. Também escreveu uma humilde carta ao Papa e compôs um tratado demonstrando suas opiniões sobre a Igreja Católica. A carta nunca chegou a ser enviada, pois não continha nenhuma retratação; e no tratado que compôs mais tarde, negou qualquer efeito das indulgências no Purgatório.
Quando Johann Eck desafiou um colega de Lutero, Andreas Carlstadt, para um debate em Leipzig, Lutero juntou-se à discussão (27 de junho-18 de julho de 1519), no curso do qual negou o direito divino do solidéu papal e da autoridade de possuir o as chaves do Céu que, segundo ele, haviam sido outorgadas apenas ao próprio Apóstolo Pedro, não passando para seus sucessores.Negou que a salvação pertencesse à Igreja Católica ocidental sob a autoridade do Papa, mas que esta se mantinha na Igreja Ortodoxa, do Oriente. Depois do debate, Eck afirmou que forçara Lutero a admitir a semelhança de sua própria doutrina com a de João Huss, que havia sido queimado na fogueira da Inquisição. Algns meses após a chegada dos cardeais vindos de Roma, Martinho Lutero, monge da Igreja Católica, doutor em Humanidades pela Universidade de Erfurt e professor da Universidade de Wittenberg.
Não parecia haver esperanças de entendimento. Os escritos de Lutero circulavam amplamente, alcançando França, Inglaterra e Itália, em 1519, e os estudantes dirigiam-se a Wittenberg para escutar Lutero que, naquele momento, publicava seus comentários sobre a Epístola aos Gálatas e suas "Operationes in Psalmos" (Trabalho nos Salmos).
As controvérsias geradas por seus escritos levaram Lutero a desenvolver suas doutrinas mais a fundo, e o seu "Sermão sobre o SacramentoAbençoado do Verdadeiro e Santo Corpo de Cristo, e suas Irmandades", ampliou o significado da Eucaristia para incluir também o perdão dos pecados e ao fortalecimento da fé naqueles que a recebem. Além disso, ele ainda apoiava a realização de um concílio a fim de restituir a comunhão.
O conceito luterano de "igreja" foi desenvolvido em seu "Von dem Papsttum zu Rom" (Sobre o Papado de Roma), uma resposta ao ataque dofranciscano Augustin von Alveld, em Leipzig (junho de 1520). Enquanto o seu "Sermon von guten Werken" (Sermão das Boas Obras), publicado na primavera de 1520, era contrário à doutrina católica das boas obras e dos atos como meio de perdão, mantendo que as obras do crente são verdadeiramente boas, quer para o secular como para o clérigo, se ordenadas por Deus.
Os tratados de 1520
A Nobreza alemã
A disputa havida em Leipzig, em 1519, fez com que Lutero travasse contato com os humanistas, especialmente Melanchthon, Reuchlin e Erasmo de Roterdã, que por sua vez também influenciara ao nobre Franz von Sickingen. Von Sickingen e Silvestre de Schauenbur queriam manter Lutero sob sua proteção, convidando-o para seus castelos na eventualidade de não ser-lhe seguro permanecer na Saxônia, em virtude da proscrição papal.
Sob essas circunstâncias de crise, e confrontando aos nobres alemães, Lutero escreveu "À Nobreza Cristã da Nação Alemã" (agosto de 1520), onde recomendava ao laicado, como um sacerdote espiritual, que fizesse a reforma requerida por Deus, mas abandonada pelo Papa e pelo clero. Pela primeira vez Lutero referiu-se ao Papa como o Anticristo. reformas que Lutero propunha não se referiam apenas a questões doutrinárias, mas também aos abusos eclesiásticos:
a diminuição do número de cardeais e outras exigências da corte papal;
a abolição das rendas do Papa;
o reconhecimento do governo secular;
a renúncia da exigência papal pelo poder temporal;
a abolição dos Interditos e abusos relacionados com a excomunhão;
a abolição das peregrinações nocivas;
a eliminação dos excessivos dias santos;
a supressão dos conventos para monjas, da mendicidade e da suntuosidade; a reforma das universidades;
a abrogação do celibato do clero;
a união dos boêmios;
e, finalmente, uma reforma geral na moralidade pública.
Muitas destas propostas refletiam os interesses da nobreza alemã, revoltada com sua submissão ao Papa e, principalmente, com o fato de terem que enviar riquezas a Roma.
O cativeiro babilônico
Lutero gerou muitas polêmicas doutrinárias com seu "Prelúdio no Cativeiro Babilônico da Igreja", em especial no que diz respeito aos sacramentos.
Eucaristia - apoiava que fosse devolvido o "cálice" ao laicado; na chamada questão do dogma da transubstanciação, afirmava que era real a presença do corpo e do sangue do Cristo na eucaristia, mas refutava o ensinamento de que a eucaristia era o sacrifício oferecido por Deus.
Batismo - ensinava que trazia a justificação apenas se combinado com a fé salvadora em o receber; de fato, mantinha o princípio da salvação inclusive para aqueles que mais tarde se convertessem.
Penitência - afirmou que sua essência consiste na palavra de promessa de desculpas recebidas com fé.
Para ele, apenas estes três sacramentos podiam assim ser considerados, pois sua instituição era divina e a promessa da salvação de Deus estava conexa a eles. Contudo, em sentido estrito, apenas o batismo e a eucaristia seriam verdadeiros sacramentos, pois apenas eles tinham o "sinal visível da instituição divina": a água no batismo e o pão e vinho da eucaristia. Lutero negou, em seu documento, que a confirmação (Crisma), o matrimônio, a ordenação sacerdotal e a extrema-unção fossem sacramentos.
Liberdade de um Cristão
Da mesma forma, o completo desenvolvimento da doutrina de Lutero sobre a salvação e a vida cristã foi exposto em "A Liberdade de um Cristão" (publicado em 20 de novembro de1520, onde exigia uma completa união com Cristo mediante a palavra através da fé, e a inteira liberdade do cristão como sacerdote e rei sobre todas as coisas exteriores, e um perfeito amor ao próximo).
As duas teses que Lutero desenvolve nesse tratado são aparentemente contraditórias, mas, em verdade, são complementares:
"O cristão é um senhor libérrimo sobre tudo, a ninguém sujeito";
"O cristão é um servo oficiosíssimo de tudo, a todos sujeito".
A primeira tese é válida "na fé"; a segunda, "no amor".
A excomunhão
A 15 de junho de 1520, o Papa advertiu Lutero, com a bula "Exsurge Domine", onde o ameaçava com a excomunhão, a menos que, num prazo de sessenta dias, repudiasse 41 pontos de sua doutrina, destacados pela Igreja.
Em outubro de 1520, Lutero enviou seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa:
"Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus".
Enquanto isso, um rumor chegara de que Johan Ech saíra de Meissem com uma proibição papal, enquanto este se pronunciara realmente a 21 de setembro. O último esforço de paz de Lutero foi seguido, em 12 de dezembro, da queima da bula, que já tinha expirado há 120 dias, e o decreto papa de Wittenberg, defendendo-se com seus "Warum des Papstes und seiner Jünger Bücher verbrannt sind" e "Assertio omnium articulorum". O Papa Leão X excomungou Lutero a 3 de janeiro de 1521, na bula "Decet Romanum Pontificem".
A execução da proibição, com efeito, foi evitada pela relação do Papa com Frederico III da Saxônia, e pelo novo imperador, Carlos I de Espanha (Carlos V de Habsburgo), que julgou inoportuno apoiar as medidas contra Lutero, diante de sua posição face à Dieta.
A Dieta de Worms
O Imperador Carlos V inaugurou a Dieta real a 22 de janeiro de 1521. Lutero foi chamado a renunciar ou confirmar seus ditos e foi-lhe outorgado um salvo-conduto para garantir-lhe o seguro deslocamento.
A 16 de abril, Lutero apresentou-se diante da Dieta. Johann Eck, assistente do Arcebispo de Trier, mostrou a Lutero uma mesa cheia de cópias de seus escritos. Perguntou-lhe, então, se os livros eram seus e se ele acreditava naquilo que as obras diziam. Lutero pediu um tempo para pensar em sua resposta, o que lhe foi concedido. Este, então, isolou-se em oração e depois consultou seus aliados e amigos, apresentando-se à Dieta no dia seguinte. Quando a Dieta veio a tratar do assunto, o conselheiro Eck pediu a Lutero que respondesse explicitamente à seguinte questão:
"Lutero, repeles seus livros e os erros que eles contêm?"
Lutero, então, respondeu:
"Que se me convençam mediante testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão - porque não acredito nem no Papa nem nos concílios já que está provado amiúde que estão errados, contradizendo-se a si mesmos - pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável."
De acordo com a tradição, Lutero, então, proferiu as seguintes palavras:
"Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição. Que Deus me ajude!
Nos dias seguintes, seguiram-se muitas conferências privadas para determinar qual o destino de Lutero. Antes que a decisão fosse tomada, Lutero abandonou Worms. Durante seu regresso a Wittenberg, desapareceu.
O Imperador redigiu o Édito de Worms a 25 de maio de 1521, declarando Martinho Lutero fugitivo e herege, e proscrevendo suas obras.
Processo Romano
Em Junho de 1518, foi aberto o processo contra Lutero, com base na publicação das suas 95 Teses. Alegava-se, com o exame do processo, que ele incorria em heresia. Nas aulas que ministrava na Universidade de Wittenberg, espiões registravam seus comentários negativos sobre a excomunhão. Depois disso, em agosto de 1518, o processo foi alterado para heresia notória. Lutero foi convidado a ir a Roma, onde teria que desmentir sua doutrina.
Lutero recusou-se a fazê-lo, alegando razões de saúde; e pretendeu uma audiência em território alemão. O seu pedido baseava-se no argumento (Gravamina) da Nação Alemã. Seu pedido foi aceito, ele foi convidado para uma audiência com o cardealCaetano de Vio (Tomás Caetano), durante a reunião das cortes (Reichstag) imperiais de Augsburg. Entre 12 e 14 de outubro de1518, Lutero falou a Caetano. Este pediu-lhe que revogasse sua doutrina. Lutero recusou-se a fazê-lo.
Do lado romano, o caso pareceu terminado. Por causa da morte de Imperador Maximiliano I (Janeiro de 1519), houve uma pausa de dois anos no andamento do processo. O Imperador tinha decidido que o seu sucessor seria Carlos (futuro Carlos V). Por causa das pertenças de Carlos em Itália, o papa renascentista Leão X receava o cerco do Estado da Igreja e procurava evitar que os príncipes-eleitores alemães (Kurfürsten) renunciassem a Carlos.
O papel de protetor de Lutero assumido por Frederico, o sábio, levou a que Roma pedisse que Karl von Miltiz intercedesse junto ao príncipe por uma solução razoável. Após a escolha de Carlos V como imperador (26 de junho de 1519), o processo de Lutero voltaria a ser alvo de preocupações e trabalhos.
Em junho de 1520, reapareceu a ameaça no escrito "Exsurge Domini" e, em janeiro de 1521, a bula "Decet Romanum Pontificem" excomungouLutero. Seguiu-se, então, a ameaça oficial do imperador (Reichsacht).
Notável é, no entanto, que Lutero foi, mais uma vez, recebido em audiência, o que também deixou claras as diferenças entre o papado e oimpério. Carlos foi o último rei (após uma reconciliação) a ser coroado imperador pelo papa. Nos dias 17 e 18 de Abril de 1521 Lutero foi ouvido naDieta de Worms (conferência governativa) e, após ter negado a revogação da sua doutrina, foi publicado o Édito de Worms, banindo Lutero.
Exílio no Castelo de Wartburg
O seqüestro de Lutero durante a sua viagem de regresso da Dieta de Worms foi arranjado. Frederico, o sábio ordenou que Lutero fosse capturado por um grupo de homens mascarados a cavalo, que o levaram para o Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde ele permaneceu por cerca de um ano. Deixou crescer a barba e tomou as vestes de um cavaleiro, assumindo o pseudônimo de Jörg. Durante esse período de retiro forçado, Lutero trabalhou na sua célebre tradução da Bíblia para o alemão.
Com o início da estadia de Lutero em Wartburg, começou um período muito construtivo de sua carreira como reformista. Em seu "Deserto" ou "Patmos" (como ele mesmo chamava, em suas cartas) de Wartburg, começou a tradução da Bíblia, da qual foi impresso o Novo Testamento, em setembro de 1522.
Em Wartburg, ele produziu outros escritos, preparou a primeira parte de seu Guia para Párocos e "Von der Beichte" (Sobre a Confissão), em que nega a obrigatoriedade da confissão, e admite como saudável a confissão privada voluntária. Também escreveu contra o ArcebispoAlbrecht, a quem obrigou, com isso, a desistir de retomar a venda das indulgências. Em seus ataques a Jacobus Latomus, avançou em sua visão sobre a relação entre a graça e a lei, assim como sobre a natureza revelada pelo Cristo, distinguindo o objetivo da graça de Deus para o pecador que, por acreditar, é justificado por Deus devido à justiça de Cristo, pois a graça salvadora reside dentro do homem pecador. Ainda mostrou que o "princípio da justificação" é insuficiente, ante a persistência do pecado depois do batismo - pela inerência do pecado em cada boa obra.
Lutero, amiúde, escrevia cartas a seus amigos e aliados, respondendo-lhes ou perguntando-lhes por seus pontos de vista e respondendo-lhes aos pedidos de conselhos. Por exemplo, Felipe Melanchthon lhe escreveu perguntando como responder à acusação de que os reformistas renegavam a peregrinação e outras formas tradicionais de piedade. Lutero respondeu-lhe em 1 de agosto de 1521:
"Se és um pregador da misericórdia, não pregues uma misericórdia imaginária, mas sim uma verdadeira. Se a misericórdia é verdadeira, deve penitenciar ao pecado verdadeiro, não imaginário. Deus não salva apenas aqueles que são pecadores imaginários. Conheça o pecador, e veja se os seus pecados são fortes, mas deixai que tua confiança em Cristo seja ainda mais forte, e que se alegre em Cristo que é o vencedor sobre o pecado, a morte e o mundo. Cometeremos pecados enquanto estivermos aqui, porque nesta vida não há um só lugar onde resida a justiça. Nós todos, sem embargo, disse Pedro (2ª Pedro 3:13), estamos buscando mais além um novo céu e uma nova terra onde a justiça reinará".
Enquanto isso, alguns sacerdotes saxônicos haviam renunciado ao voto de castidade, ao mesmo tempo em que outros tantos atacavam os votos monásticos. Lutero, em seu De votis monasticis (Sobre os votos monásticos), aconselhava-os a ter mais cautela, aceitando, no fundo, que os votos eram geralmente tomados "com a intenção da salvação ou à busca de justificação". Com a aprovação de Lutero em seu "De abroganda missa privata (Sobre a abrogação da missa privada), mas contra a firme oposição de seu prior, os agostinianos de Wittenberg realizaram a troca das formas de adoração e terminaram com as missas. Sua violência e intolerância certamente desagradaram Lutero que, em princípios de dezembro, passou alguns dias entre eles. Ao retornar para Wartburg, escreveu "Eine treue Vermahnung … vor Aufruhr und Empörung" (Uma sincera admoestação por Martinho Lutero a todos os cristãos para que se resguardem da insurreição e rebelião). Apesar disso, em Wittengerg, Carlstadt e o ex-agostiniano Gabriel Zwilling reclamavam a abolição da missa privada e da comunhão em duas espécies, assim como a eliminação das imagens nas igrejas e a abrogação do celibato.
Regresso a Wittenberg e os Sermões Invocavit
No final do ano de 1521, os anabatistas de Zwickau se entregam à anarquia. Contrário a tais concepções radicais e temendo seus resultados, Lutero regressou em segredo a Wittenberg, em 6 de março de 1522. Durante oito dias, a partir de 9 de março (domigo de Invocavit) e concluindo no domingo seguinte, Lutero pregou outros tantos sermões que tornaram-se conhecidos como os "Sermões de Invocavit".
Nessas pregações, Lutero aconselhou uma reforma cuidadosa, que leve em consideração a consciência daqueles que ainda não estivessem persuadidos a acolher a Reforma. A consagração do pão foi restaurada por um tempo e o cálice sagrado foi ministrado somente àqueles do laicado que o desejaram. O cânon das missas, devido ao seu caráter imolatório, foi suprimido. Devido ao sacramento da confissão ter sido abolido, verificou-se a necessidade que muitas pessoas ainda tinham de confessar-se em busca do perdão. Esta nova forma de serviço foi dada a Lutero em "Formula missæ et communionis" (Fórmula da missa e Comunhão), de 1523. Em 1524 surgiu o primeiro hinário de Wittenberg, com quatro hinos.
Como aquela parte da Saxônia era governada pelo Duque Jorge, que proibira seus escritos, Lutero declarou que a autoridade civil não podia promulgar leis para a alma. Fez isso em sua obra: "Über die weltliche Gewalt, wie weit man ihr Gehorsam schuldig sei" (Autoridade Temporal: em que medida deve ser obedecida).
Matrimônio e família
Em abril de 1523, Lutero ajudou 12 freiras a escaparem do cativeiro no Convento de Nimbschen. Entre essas freiras encontrava-se Catarina von Bora, filha de nobre família, com quem veio a se casar, em 13 de junho de 1525. Dessa união nasceram seis filhos: Johannes, Elisabeth, Magdalena, Martin, Paul e Margaretha.
O casamento de Lutero com a ex-freira cisterciense incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma. Foi um rompimento definitivo com a Igreja Romana.
A guerra dos camponeses
A guerra dos camponeses (1524-1525) foi, de muitas maneiras, uma resposta aos discursos de Lutero e de outros reformadores. Revoltas de camponeses já tinham existido em pequena escala em Flandres (1321-1323), na França (1358), na Inglaterra (1381-1388), durante as guerras hussitas do século XV, e muitas outras até o século XVIII. Mas muitos camponeses julgaram que os ataques verbais de Lutero à Igreja e sua hierarquia significavam que os reformadores iriam igualmente apoiar um ataque armado à hierarquia social. Por causa dos fortes laços entre a nobreza hereditária e os líderes da Igreja que Lutero condenava, isso não seria surpreendente.
Já em 1522, enquanto Lutero estava em Wartburg, seu seguidor Thomas Münzer, comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada, Lutero por sua vez defendia que a existência de "senhores e servos" era vontade divina, motivo pelo qual eles romperam. Lutero, desde cedo, argumentou com a nobreza e os próprios camponeses sobre uma possível revolta e também sobre Müntzer, classificando-o como um dos "profetas do assassínio" e colocando-o como um dos mentores do movimento camponês. Lutero escreveu a "Terrível História e Juízo de Deus sobre Tomas Müntzer", inaugurando essa linha de pensamento.
Na iminência da revolta (1524), Lutero escreveu a "Carta aos Príncipes da Saxônia sobre o Espírito Revoltoso", mostrando a tirania dos nobres que oprimiam o povo e a loucura dos camponeses em reagir através da força e a confiar em Müntzer como pregador. Houve pouca repercussão sobre esse escrito.
Ainda em 1524, Müntzer mudou-se para a cidade imperial de Mühlhausen, oferecendo-se como pregador. Lutero escreveu a "Carta Aberta aos Burgomestres, Conselho e toda a Comunidade da Cidade de Mühlhausen", com o propósito de alertar sobre as intenções de Müntzer. Também esse escrito não teve repercussão, pois o conselho da cidade se limitou a pedir informações sobre Müntzer na cidade imperial de Weimar.
O principal escrito dos camponeses eram os "Doze Artigos", onde suas reivindicações eram expostas. Neles havia artigos de fundo teológico (direito de ouvir o Evangelho através de pregadores chamados por eles próprios) e artigos que tratavam dos maus tratos (exploração nos impostos, etc.) impostos a eles pelos nobres. Os artigos eram fundamentados com passagens bíblicas e dizia-se que se alguém pudesse provar pelas Escrituras que aquelas reivindicações eram injustas, eles as abandonariam. Entre aqueles que se consideravam dignos de fazer tal coisa estava o nome de Martinho Lutero.
De fato, Lutero escreveu sobre os "Doze artigos" em seu livro "Exortação à Paz: Resposta aos Doze artigos do Campesinato da Suábia", de 1525. Nele, Lutero ataca os príncipes e senhores por cometerem injustiças contra os camponeses e ataca os camponeses pela rebelião e desrespeito à autoridade.
Também esse escrito não teve repercussão e, durante uma viagem pela região da Turíngia, Lutero pôde testemunhar as revoltas camponesas, o que o motivou a escrever o "Adendo: Contra as Hordas Salteadoras e Assassinas dos Camponeses", onde disse: "Contras as hordas de camponeses (…), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde". Tratava-se de um apêndice de "Exortação à Paz …", mas que, rapidamente, tornou-se um livro separado. O Adendo foi publicado quando a revolta camponesa já estava no final e os príncipes cometiam atrocidades contra os camponeses derrotados, de modo que o escrito causou grande revolta da opinião pública contra Lutero. Nele, Lutero encorajava os príncipes a castigarem os camponeses até mesmo com a morte.
Essa repercussão negativa obrigou Lutero a pregar um sermão no dia de pentecostes, em 1525, que se tornou o livro "Posicionamento do Dr. Martinho Lutero Sobre o Livrinho Contra os Camponeses Assaltantes e Assassinos", onde o reformador contesta os críticos e reafirma sua posição anterior.
Como ainda havia repercussão negativa, Lutero novamente se posicionou sobre a questão no seu "Carta Aberta a Respeito do Rigoroso Livrinho Contra os Camponeses", onde lamenta e exorta contra a crueldade que estava sendo praticada pelos príncipes, mas reafirma sua posição anterior.
Por fim, a pedido de um amigo, o cavaleiro Assa von Kram, Lutero redigiu "Acerca da Questão, Se Também Militares Ocupam uma Função Bem-Aventurada", em 1526, com o propósito de esclarecer questões sobre consciência do cristão em caso de guerra e sua função como militar.
A discordância com João Calvino
No movimento reformista (também chamado de Reforma), Lutero não concordou como o "estilo" de reforma de João Calvino. Martinho Lutero queria reformar a Igreja Católica,[18]enquanto João Calvino, acreditava que a Igreja estava tão degenerada, que não havia como reformá-la. Calvino se propunha a organizar uma nova Igreja que, na sua doutrina (e também em alguns costumes), seria idêntica à Igreja Primitiva. Já Lutero decidiu reformá-la, mas afastou-se desse objetivo, fundando, então, o Protestantismo, que não seguia tradições, mas apenas a doutrina registrada na Bíblia, e cujos usos e costumes não ficariam presos a convenções ou épocas. A doutrina luterana está explicitada no "Livro de Concórdia", e não muda, embora os costumes e formas variem de acordo com a localidade e a época.
O ex-monge agostiniano Martinho Lutero (1483-1546) teve morte natural, embora não haja um consenso entre o seus biógrafos acerca da sua causa mortis. O historiador Frantz Funck-Brentano, por exemplo, escreveu em sua obra "Martim Lutero":
"Os dois médicos, que o tinham tratado nos últimos momentos, não puderam chegar a um acordo sobre a causa de sua morte, opinando um por um ataque de apoplexia, outro por uma angina pulmonar." (FUNCK-BRENTANO, Frantz. Martim Lutero. 3. ed. Rio de Janeiro: Vecchi, 1968, p. 277.)
A propósito, em 1521, por ocasião da Dieta de Worms (uma espécie de audiência imperial), foi publicado pelo Imperador Carlos V o Edito de Worms, pelo qual qualquer pessoa, ao menos teoricamente, estaria livre para matar Lutero sem correr o risco de sofrer qualquer sanção penal, já que, pelo referido Edito do Imperador, Lutero foi banido do Império como um fora-da-lei. Por receio de que algo de mal pudesse acontecer a Lutero durante viagem de regresso de Worms, Frederico III (ou Frederico, o Sábio), Príncipe-Eleitor da Saxônia, ordenou que Lutero fosse capturado e levado para o Castelo de Wartburg, onde estaria a salvo.
Provavelmente, foi por causa desse risco de morte que Lutero passou a correr que seu amigo disse que "tentaram matá-lo".
Obras importantes
Foi o autor de uma das primeiras traduções da Bíblia para alemão, algo que, naquela época, não era permitido pela Igreja católica sem especial autorização eclesiástica. Lutero, contudo, não foi o primeiro tradutor da Bíblia para alemão. Já havia traduções mais antigas. A tradução de Lutero, no entanto, suplantou as anteriores porque, além da qualidade da tradução, foi amplamente divulgada em decorrência da sua difusão por meio da imprensa, desenvolvida por Gutenberg, em 1453.
O latim, língua do extinto Império Romano, permanecia a lingua franca européia, imediatamente conotada com o passado romano glorioso, uma era de ciência, de progresso econômico e civilizacional, sendo também a língua dos textos sagrados, tal como tinham sido transmitidos às províncias do Império. Por mais longínquas que fossem, nos menos de cem anos que separam a oficialização da religião cristã pelo Imperador Romano Teodósio I em 380 d.C. e a deposição do último imperador de Roma pelo Germânico Odoacro, em 476 d.C. (data avançada por Edward Gibbon e convencionalmente aceita como ano da queda do Império Romano do Ocidente), toda a região, de forma mais ou menos homogênea, se cristianizou. O fim da perseguição à religião cristã pelo império romano se deu em 313 d.C. (Ver: Édito de Milão, Concílio de Niceia, Constantino I, A história do declínio e queda do império romano,Santo Jerónimo).
No entanto, o domínio do latim era, no século XVI, no fim da Idade Média (terminada oficialmente em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Otomanos) e princípio da chamadaIdade Moderna, apenas o privilégio de uma percentagem ínfima de população instruída, entre os quais os elementos da própria Igreja. A tradução de Lutero para o alemão foi simultaneamente um ato de desobediência e um pilar da sistematização do que viria a ser a língua alemã, até aí vista como uma língua inferior, dos servos e ignorantes. É preciso adicionar que Lutero não se opunha ao latim, e chegou mesmo a publicar uma edição revisada da tradução latina da Bíblia (Vulgata). Lutero escrevia tanto em latim como em alemão. A tradução da Bíblia para o alemão não significou, portanto, rejeição do latim como língua acadêmica.
Foi também autor da polêmica obra "Sobre os judeus e suas mentiras". Pouco conhecida, mas muito apreciada pelo próprio Lutero, foi sua resposta a "Diatribe" de Erasmo de Roterdãintitulada De servo arbitrio (Título da publicação em português: Da vontade cativa)
Grandes homens da história -John Wesley
John Wesley (Epworth, Inglaterra, 17 de junho de 1703 — Londres, 2 de março de 1791) foi um clérigo anglicano e teólogo cristãobritânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha.
Introdução
John Wesley viveu na Inglaterra do século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. Ocristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo.
Infância
John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra.
Devido às atividades pastorais que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava com rigidez os filhos, mantendo horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar.
Incêndio em sua casa
Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.
Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar o John, usando o livro dos Salmos como apostila.
John estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.
Estudos
Jonh Wesley iniciou seus estudos em Oxford onde começa a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de "Clube Santo", ele não inventou o nome: alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os taxaram como 'metodistas'. Wesley preferia chamá-los simplesmente de 'Metodistas de Oxford'..
Neste grupo Wesley e seu irmão Carlos iniciaram a visitar e evangelizar os presídios. Wesley passou então a se interessar mais pela questão social de seu país e a miséria que a Inglaterra vivia na época.
Assim, gradua-se em Teologia, e pode ajudar a seu pai na direção da Igreja Anglicana.
Isto até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: precisava-se de missionários na Virgínia, Nova Inglaterra.
Missão na Virgínia
Um dos episódios que marcou o início do metodismo foi a viagem missionária de Jonh Wesley aos EUA - Virgínia para "evangelizar os índios" sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno Jonh Wesley expressa sua frustração "fui à América evangelizar os índios, mas quem me converterá?". Durante uma tempestade na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, durante uma grande tempestade, as crianças e os adultos moravios cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus)e Wesley vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que, Deus não poderia o justifica-lo mediante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude) predispôs à seguir a fé evangélica dos morávios. Retornou à Inglaterra em 1738.
Conversão
Após 2 anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres, Böhler era pastor moraviano (da Morávia,Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.
No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer (entende-se que Wesley experimentava o "batismo no Espírito Santo"). Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados.
A Experiência do Coração Aquecido
No dia 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário:
"Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".
Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de três sermões por dia; a maior parte ao ar livre. Houve uma vez que pregou a cerca de 14.000 pessoas. Milhares saíram da miséria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Carlos Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.
Igreja
Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões - muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja - E tornou-se conhecidíssima esta sua frase: "o mundo é a minha paróquia". Influenciados pelos moravianos, John e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes. Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de 'O Cavaleiro de Deus'. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791).
Membros nos Estados Unidos
1771 - 361 membros
1780 - 8.500 membros
1784 - 15.000 membros
1790 - 57.621 membros
1800 - 64.894 membros
1809 - 163.038 membros
Doutrina
Wesley ensinava que a conversão a Jesus é comprovada pela prática (testemunho), e não pelas emoções do momento.
Valorização dos pregadores leigos que participavam lado a lado com os clérigos da Missão de evangelização, assistência e capacitação de outras pessoas.
Afirma que o centro da vida cristã está na relação pessoal com Jesus Cristo. É Jesus quem nos salva, nos perdoa, nos transforma e nos oferece a vida abundante de comunhão com Deus.
Valoriza e recupera em sua prática a ênfase na ação e na doutrina do Espírito Santo como poder vital para a Igreja.
Reconhece a necessidade de se viver o Evangelho comunitariamente. John Wesley afirmou que "tornar o Evangelho em religião solitária é, na verdade, destruí-lo".
Preocupa-se com o ser humano total. Não é só com o bem-estar espiritual, mas também com o bem-estar físico, emocional, material. Por isso devemos cuidar do nosso próximo integralmente, principalmente dos necessitados e marginalizados sociais.
Podemos afirmar que o bem-estar espiritual é o resultado da paz de Cristo que alcança todas as áreas da vida do cristão. É o resultado do bem-estar físico, emocional, econômico, familiar, comunitário. Tudo está nas mãos de Deus, nEle confiamos e Ele é fiel em cuidar de nós. Sua salvação alcança-nos integralmente.
Enfatiza a paixão pela evangelização. Desejamos e devemos trabalhar com paixão, perseverança e alegria para que o amor e a misericórdia de Deus alcancem homens e mulheres em todos os lugares e épocas.
Aceita as doutrinas fundamentais da fé cristã, conforme enunciadas no Credo Apostólico (Cremos na Bíblia, em Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo, no ser humano, no perdão dos pecados, na vitória por meio da vida disciplinada, na centralização do amor, na segurança e na perfeição cristã, na Igreja, no Reino de Deus, na vida eterna, na segunda vinda de Jesus, na graça de Deus para todos, na possibilidade da queda da graça divina, na oração intercessória, nas missões mundiais. Cremos profundamente no AMOR. Amor de Deus em nossa vida, amor dos irmãos.) , enfatizando o equilíbrio entre os atos de piedade (atos devocionais) e os atos de misericórdia (a prática de amor ao próximo).
Fonte: LOCKMANN, Bispo Paulo; CONSTANTINO, Zélia. Seguir a Cristo, manual de discipulado
Legado
Além de milhares de convertidos e encaminhados para a santificação cristã, houve também obras sociais dignas de destaque, como estas: Dinheiro aos pobres (Wesley distribuía). Compêndio de medicina (Wesley escreveu e foi largamente difundido). Apoio na reforma educacional. Apoio na reforma das prisões. Apoio na abolição da escravatura! Atualmente, o total de membros da comunidade metodista no mundo está estimado em cerca de 75 milhões de pessoas. O maior grupo concentra-se nos Estados Unidos: a Igreja Metodista Unida neste país é a segunda maior denominação protestante.
Hoje, além dos seguidores do Metodismo, a vida de muitos são influenciada pela missão de Wesley. Movimentos posteriores como o Movimento de Santidade e o Pentecostalismodevem muito a ele. A insistência wesleyana da busca da santificação pessoal e social contribuem significativamente para a ideologia da busca de uma vida e mundo melhor. A Igreja Católica Romana recebeu indiretamente alguns conceitos de Wesley quando o cardeal John Henry Newman uniu-se a ela, vindo da Igreja Anglicana e concretizando em reformas litúrgicas, sociais, carismática e teológica desde o concílio Vaticano II.
Faleceu a 2 de março de 1791, em Londres, Inglaterra
Grandes homens da história - George Whitefield
George Whitefield, (16 de dezembro de 1714 - 30 de setembro de 1770) foi um pastor anglicano itinerante, que ajudou a espalhar o Grande Despertar na Grã-Bretanha e, principalmente, nas colônias britânicas norte-americanas. Seu ministério teve enorme impacto sobre a ideologia americana.
Conhecido como o "príncipe dos pregadores ao ar livre", foi o evangelista mais conhecido do século XVIII. Pregou durante 35 anos na Inglaterra e nos Estados Unidos, quebrou as tradições estabelecidas a respeito da pregação e abriu o caminho para a evangelização de massa. Enquanto jovem sua sede de Deus o tornou consciente de que o Senhor tinha um plano para sua vida. Para preparar-se, jejuava e orava regularmente, e muitas vezes ia ao culto duas vezes por dia. Na Universidade de Oxford(Inglaterra) cooperou com os irmãos John e Charles Wesley, participando com eles no "Clube Santo".
História
George Whitefield era o filho de uma viúva que mantinha uma pousada em Gloucester, Inglaterra. Em uma idade precoce, ele descobriu que ele tinha uma paixão e talento para atuar no teatro, uma paixão que ele continue através da re-encenações teatrais muito das histórias da Bíblia que ele disse durante seus sermões. Ele foi educado na A Escola de Crypt, Gloucester , Gloucester, e Pembroke College, Oxford. Whitefield, porque veio de uma família pobre, ele não tem os meios para pagar a sua taxa de matrícula. Ele então entrou em Oxford como um servo, o menor grau de estudantes de Oxford. Em troca de ensino gratuito, foi designado como um servo de um maior número de estudantes classificados. Seus deveres incluiriam acordá-los na parte da manhã, polir os seus sapatos, carregando seus livros e até mesmo fazer o seu curso. Foi uma parte do "Clube Santo" naUniversidade de Oxford com os irmãos Wesley, João e Charles.
Isso porém não o impedia de sentir-se cada vez mais distante de Deus até sua conversão, em 1735. Nas suas próprias palavras, foi como se um "fardo pesado" tivesse sido removido. Fez seu primeiro sermão na igreja em que havia sido batizado. Seu fervor era evidente; alguns zombavam, mas outros ficavam impressionados - houve a queixa de que quinze de seus ouvintes "enlouqueceram" (se converteram)! Após isso pregou a mensagem do novo nascimento e da justificação pela fé para grandes multidões em Londres, mas outros começaram a recusar-lhe o púlpito, e a se lhe opor fortemente.
Na véspera da sua separação para o ministério, passou o dia em jejum e oração. Após ser ordenado diácono e receber sua graduação, partiu para a Georgia, Estados Unidos, a convite de John Wesley, onde ajudou a fundar um orfanato. Voltou à Inglaterra três meses depois para receber o sacerdócio, na sua Igreja Anglicana. Ao perceber que muitos púlpitos ainda lhe estavam fechados, quebrou a tradição e passou a pregar ao ar livre. Afirma-se que quase nunca pregava sem chorar, e que costumava ler a Bíblia de joelhos. Tendo consagrado a vida a Cristo, orava freqüentemente. A freqüência tornara-se tão numerosa que impressionara John Wesley, que concordou em utilizar o mesmo método. Quando retornou novamente ao serviço missionário na América, em 1739, começou um período de atividades como ministro congregacional. Jonathan Edwards realizou durante mais de um mês uma série de pregações pela Nova Inglaterra, falando a multidões de até oito mil pessoas quase todos os dias. Essa atividade missionária foi provavelmente o evento que desencadeou o movimento de reavivamento conhecido como o Grande Despertamento. Seu trabalho também lançou o alicerce para a fundação de aproximadamente 50 faculdades e universidades americanas, incluindo a Universidade de Princeton e a da Pennsylvania. Whitefield tornou-se o foco do reavivamento na América, visitando-a sete vezes, mas seu trabalho no Velho Mundo era também bastante vigoroso: em certa ocasião, na Escócia, pregou a 100.000 ouvintes, e 10.000 responderam ao apelo.
Firme defensor do Calvinismo, rompeu com o arminianismo de John Wesley em 1741, mas continuaram amigos. Com isso, passou a ser conhecido como o líder dos MetodistasCalvinistas. Whitefield continuou a pregar extensivamente nos Estados Unidos e por toda a Grã-Bretanha e Irlanda: crê-se que pregou mais de 18.000 sermões. Whitefield morreu na América, em 1770, da forma que desejara: no meio de uma série de pregações. No seu funeral, John Wesley o homenageou como um grande homem de Deus.
domingo, 5 de setembro de 2010
Paul Washer - Não Espere um Arrependimento Perfeito
Paul Washer fala sobre a expectativa de arrependimento perfeito que muitos novos convertidos têm, levando-os a duvidarem sua salvação.
Por Paul Washer
ENTREVISTA
Entrevistador: Uma das respostas que recebemos... Muitas pessoas que nunca tinham
ouvindo uma pregação bíblica antes (talvez você pudesse chamar de pregação dura, que o leva a examinar a si mesmo), nos enviam e-mail dizendo: “Eu estou tentando ser salvo, mas não consigo. Estou tentando me arrepender, mas não consigo. Estou tentando crer, mas não consigo.” O que você... Como você as aconselharia?
Paul Washer: Bem, primeiramente, há também outro modismo lá fora que eu tenho visto.
Sabe, na América, basicamente, a oferta de salvação é muito superficial, e as pessoas fazem
superficialmente essa pequena oração: “Eu estou salvo.” Bem, há outro grupo diferente de
pessoas que estão se levantando e reagindo contra isso. E o que eles são é... São pessoas... Tenho
tido contato com elas. É maravilhoso. Estão quase dizendo: “Estou buscando a Deus. Tenho
buscado a Deus por meses ou até mesmo um ano. Eu...” Simplesmente não há arrependimento genuíno. Não há fé, e elas estão quase... É como se elas estivessem buscando vangloriar-se e orgulhar-se e mostrar que não são como todas essas pessoas superficiais. Que elas são completamente diferentes e seu testemunho, por alguma razão, será elevado por causa de tudo isso.
Ouça, eu diria a elas que elas saíram do contexto do Cristianismo Evangélico. A Bíblia ordena que você se arrependa. Eu passaria texto por texto dizendo que isso é o que a Bíblia ordena que você faça. Mas então, eu também as ajudaria com as Escrituras para discernir o que é o arrependimento bíblico. Eu diria a elas todas as passagens que dizem... Que nos mandam crer, mas então eu as faria entender a fé bíblica. Agora, o que eu quero dizer com isso? Se eu passar por todas as características de arrependimento nas Escrituras e der a alguém... Essa é uma definição bíblica perfeita e essas são as características bíblicas perfeitamente expostas de arrependimento e isso é o que você precisa ter para se arrepender verdadeiramente para salvação: Ninguém será salvo. Veja, o arrependimento, quando é retratado na Bíblia, nos dá todas essas características do que é um genuíno arrependimento bíblico. Quando uma pessoa vem a Cristo, não podemos esperar que ela tenha um arrependimento maduro completamente desabrochado. Elas terão os focos do arrependimento. Estarão entendendo algo sobre seu pecado. Terão entendimento do pecado em certo grau, mas mesmo depois de serem salvas, ainda crescerão em arrependimento. Seu arrependimento se tornará mais profundo. Aquelas características se manifestarão por si mesmas de uma maneira mais ampla, então não deveríamos estar dizendo aos convertidos que eles devem ter esse requintado e perfeito arrependimento bíblico em suas vidas de modo que se arrependam para salvação, porque você nem mesmo tem isso. Você está crescendo em arrependimento. Funciona da mesma forma com a fé. A fé deles não vai corresponder à figura bíblica primitiva do que é a fé. Eles não terão essa fé excessivamente profunda porque eu mesmo estou crescendo nela após 26 anos seguindo Cristo. Então, não queremos tornar complicado demais às pessoas virem ao Reino. Passamos pelo arrependimento e nós... Passamos pelas características e os ajudamos a ver: Existem as sementes de um arrependimento genuíno? Existem os brotos? As características do arrependimento genuíno? Você está crendo em Cristo como uma criança? Atirou-se sobre Ele? E eu acho que muitas dessas pessoas estão lutando, pois elas atualmente crêem que devem ter uma perfeita manifestação dessas duas coisas para serem salvas, e isso não é verdade.
EXCERTO DE PREGAÇÃO:
Agora, vamos falar sobre isso por um momento porque há algo que esteve me incomodando no ano passado com a ascensão de tanta boa teologia e pessoas conversando seriamente a respeito. Acho que há um problema também. Há tantas pessoas que vêm até mim duvidando da garantia da própria salvação porque ao examinar minuciosamente seu arrependimento, elas estão esperando... Estão quase exigindo que o arrependimento salvífico seja
o arrependimento de um crente maduro de trinta anos de fé.
Elas examinam cada aspecto de suas vidas e se não se parecem com os puritanos, dizem:
“Não posso ser convertido.” O que você precisa entender é que o arrependimento em sua semente inicial é simplesmente uma mudança de mente: “Deus é tudo. Eu preciso dEle.” Você diz: “É só isso?” Pode ser. “Eu não posso salvar a mim mesmo. Estou perdido. Preciso de um Salvador.” Você diz: “Bem, mas a Bíblia descreve o arrependimento de tantas maneiras.” Sim, descreve, mas
você está esperando o arrependimento totalmente desenvolvido no mesmo segundo em que
Deus começa a trabalhar em seu coração?
Conforme estudo o arrependimento nas Escrituras, eu olho de volta ao momento em que fui
convertido, e meu arrependimento era algo muito singular. “Eu preciso ser salvo”, mas agora,
após 25 anos conforme cresço nas Escrituras, o arrependimento amadurece e se aprofunda, mas você erra, jovem, quando examina sua vida para questionar se você foi salvo ou não, e quando está procurando por um arrependimento que pode ser encontrado apenas em alguém que caminhou com Deus por décadas.
Espero estar sendo claro. Eu creio em arrependimento, mas arrependimento pode
meramente significar: “Estou caindo e não posso salvar a mim mesmo.” Está deixando a auto-
estima. Está deixando a habilidade e desistindo, como o irmão Charles me disse uma vez, está apenas desistindo. Eu não consigo. Eu desabo. Eu... Eu me fui. Eu tenho algo pelo que trabalhei por muitos anos na doutrina do arrependimento. Se você tomar tudo o que a Bíblia ensina sobre arrependimento, você terá um livro muito grande. Ela diz coisas incríveis e todas elas deveriam ser aprendidas.
Deveríamos crescer nelas, porém tomar toda a esfera bíblica sobre o arrependimento e exigir isso antes que alguém possa ter certeza da salvação é absolutamente irracional. Nós temos muitos jovens e muitas outras pessoas que não têm certeza da sua salvação porque estão esperando ver em seus poucos anos como bebês em Cristo, uma santificação completamente desabrochada de um homem de 40 anos de fé! Precisamos ter cuidado.
“Salve-me! Estou perdido!” E mesmo de uma grande parte daquela escalada para a
salvação não se espera ou se exige que seja absolutamente pura. Muito dela será simplesmente auto-preservação. Lembre-se, Deus salva homens que se arrependem, não homens que se arrependem perfeitamente. Deus salva pessoas de coração contrito, mesmo aquelas são contritas pelo fato de não serem contritas o suficiente, quando Deus sabe que elas não são de todo contritas.
Isso dará combustível ao fogo dos meus inimigos, mas em minha experiência de conversão, para ser honesto com você, o pecado não era a coisa principal em minha mente no dia que eu me converti. A coisa principal em minha mente era: “Ele me ama. Ele está em todo o lugar. Ele é
tudo.” Agora, você diz: “Certo, o que você está dizendo?” Mas mesmo que eu fosse um pecador
abominável (eu era um homem horrível), no momento, a única coisa que era totalmente real
para mim por muitas semanas era o amor de Deus.
Mas então, enquanto eu começava a estudar as Escrituras e o Espírito Santo começou a trabalhar... Ele começou a trabalhar o arrependimento que ele continua trabalhando até hoje. Então, veja, vamos ser cuidadosos aqui. Você pode manter pessoas fora do Reino de Deus. Você pode exigir tanto de um homem, sobre a salvação, até mais do que Deus exige de início. Um
simples: “Não consigo, não consigo”, e então a fé. Fé. Somos salvos pela fé... de um grão de
mostarda. Creia!
“Bem, como eu creio?” Certo, você já disse que não consegue. Agora, dê um passo adiante: Ele pode! E irá! E deseja isso! Você crê nisso? Você diz: “É só isso?” Não, é o início. Mas é real. “Mas como saberei que é real?” Porque continuará crescendo da mesma forma que seu
arrependimento irá crescer, e crescer, e crescer. Sua fé e a realidade da mesma irão crescer e crescer. Mas não vou esperar da minha filha de dez meses de idade o que espero do meu filho de seis anos e meio.
Também quero falar sobre o orgulho. Vocês sabem que eu amo os puritanos. Vocês sabem que eu amo todo esse tipo de coisa. Eu quero falar com você sobre uma raiz de orgulho que vejo brotando entre pessoas que abraçam esse tipo de verdade amável. É quase como um distintivo de espiritualidade quando eles travam uma suposta luta sobre serem ou não salvos, e o que eles estão tentando provar para as pessoas é: “Minha versão de conversão não é tão superficial
quanto a de todo mundo. Eu vou combater. E vou lutar. E vou fazer todas essas coisas. E eu nem
sequer sei se sou salvo depois disso.”
E você pensa que está trazendo glória a Deus? Há um sentido quando homens são despertados para seu pecado e eles devem romper, e eles devem lutar, e ir além e além. Eu concordo com tudo isso. Mas seja muito cuidadoso para que não estejamos apenas reagindo contra o evangelho superficial dos outros. Deus é glorificado quando um coração é aberto e eles
dizem: “Estou caindo, mas Ele pode!” E se firmam nisso. Ah, isso é tão glorioso. Você é salvo pela
fé, mas não é a qualidade dessa fé, e sim a grandeza dessa fé.
É a qualidade, o caráter, a grandeza Daquele em quem você crê. E isso é muito importante. Olhe para Jesus! Olhe! Apenas olhe para Jesus. O que me aterroriza muito... Você conversa com as pessoas nas ruas... Você irá para o Céu? “Sim, eu vou para o Céu.” Por quê? “Eu orei e pedi a
Jesus que entrasse em meu coração.” Agora, olhe o que eles estão fazendo.
Estão confiando numa barganha que fizeram. Estão confiando na sinceridade de uma oração. Mas então novamente temos que ser cautelosos. Médicos curam a si mesmos. Pois eles estão confiando na magnitude de seu arrependimento. E outros estão confiando na magnitude
de sua fé. Quando o que eu amo ouvir é: “Estou olhando para Ele. Estou olhando para Ele e eu
me apavoraria ao tirar meus olhos Dele. Estou olhando para Jesus.”
Por Paul Washer
ENTREVISTA
Entrevistador: Uma das respostas que recebemos... Muitas pessoas que nunca tinham
ouvindo uma pregação bíblica antes (talvez você pudesse chamar de pregação dura, que o leva a examinar a si mesmo), nos enviam e-mail dizendo: “Eu estou tentando ser salvo, mas não consigo. Estou tentando me arrepender, mas não consigo. Estou tentando crer, mas não consigo.” O que você... Como você as aconselharia?
Paul Washer: Bem, primeiramente, há também outro modismo lá fora que eu tenho visto.
Sabe, na América, basicamente, a oferta de salvação é muito superficial, e as pessoas fazem
superficialmente essa pequena oração: “Eu estou salvo.” Bem, há outro grupo diferente de
pessoas que estão se levantando e reagindo contra isso. E o que eles são é... São pessoas... Tenho
tido contato com elas. É maravilhoso. Estão quase dizendo: “Estou buscando a Deus. Tenho
buscado a Deus por meses ou até mesmo um ano. Eu...” Simplesmente não há arrependimento genuíno. Não há fé, e elas estão quase... É como se elas estivessem buscando vangloriar-se e orgulhar-se e mostrar que não são como todas essas pessoas superficiais. Que elas são completamente diferentes e seu testemunho, por alguma razão, será elevado por causa de tudo isso.
Ouça, eu diria a elas que elas saíram do contexto do Cristianismo Evangélico. A Bíblia ordena que você se arrependa. Eu passaria texto por texto dizendo que isso é o que a Bíblia ordena que você faça. Mas então, eu também as ajudaria com as Escrituras para discernir o que é o arrependimento bíblico. Eu diria a elas todas as passagens que dizem... Que nos mandam crer, mas então eu as faria entender a fé bíblica. Agora, o que eu quero dizer com isso? Se eu passar por todas as características de arrependimento nas Escrituras e der a alguém... Essa é uma definição bíblica perfeita e essas são as características bíblicas perfeitamente expostas de arrependimento e isso é o que você precisa ter para se arrepender verdadeiramente para salvação: Ninguém será salvo. Veja, o arrependimento, quando é retratado na Bíblia, nos dá todas essas características do que é um genuíno arrependimento bíblico. Quando uma pessoa vem a Cristo, não podemos esperar que ela tenha um arrependimento maduro completamente desabrochado. Elas terão os focos do arrependimento. Estarão entendendo algo sobre seu pecado. Terão entendimento do pecado em certo grau, mas mesmo depois de serem salvas, ainda crescerão em arrependimento. Seu arrependimento se tornará mais profundo. Aquelas características se manifestarão por si mesmas de uma maneira mais ampla, então não deveríamos estar dizendo aos convertidos que eles devem ter esse requintado e perfeito arrependimento bíblico em suas vidas de modo que se arrependam para salvação, porque você nem mesmo tem isso. Você está crescendo em arrependimento. Funciona da mesma forma com a fé. A fé deles não vai corresponder à figura bíblica primitiva do que é a fé. Eles não terão essa fé excessivamente profunda porque eu mesmo estou crescendo nela após 26 anos seguindo Cristo. Então, não queremos tornar complicado demais às pessoas virem ao Reino. Passamos pelo arrependimento e nós... Passamos pelas características e os ajudamos a ver: Existem as sementes de um arrependimento genuíno? Existem os brotos? As características do arrependimento genuíno? Você está crendo em Cristo como uma criança? Atirou-se sobre Ele? E eu acho que muitas dessas pessoas estão lutando, pois elas atualmente crêem que devem ter uma perfeita manifestação dessas duas coisas para serem salvas, e isso não é verdade.
EXCERTO DE PREGAÇÃO:
Agora, vamos falar sobre isso por um momento porque há algo que esteve me incomodando no ano passado com a ascensão de tanta boa teologia e pessoas conversando seriamente a respeito. Acho que há um problema também. Há tantas pessoas que vêm até mim duvidando da garantia da própria salvação porque ao examinar minuciosamente seu arrependimento, elas estão esperando... Estão quase exigindo que o arrependimento salvífico seja
o arrependimento de um crente maduro de trinta anos de fé.
Elas examinam cada aspecto de suas vidas e se não se parecem com os puritanos, dizem:
“Não posso ser convertido.” O que você precisa entender é que o arrependimento em sua semente inicial é simplesmente uma mudança de mente: “Deus é tudo. Eu preciso dEle.” Você diz: “É só isso?” Pode ser. “Eu não posso salvar a mim mesmo. Estou perdido. Preciso de um Salvador.” Você diz: “Bem, mas a Bíblia descreve o arrependimento de tantas maneiras.” Sim, descreve, mas
você está esperando o arrependimento totalmente desenvolvido no mesmo segundo em que
Deus começa a trabalhar em seu coração?
Conforme estudo o arrependimento nas Escrituras, eu olho de volta ao momento em que fui
convertido, e meu arrependimento era algo muito singular. “Eu preciso ser salvo”, mas agora,
após 25 anos conforme cresço nas Escrituras, o arrependimento amadurece e se aprofunda, mas você erra, jovem, quando examina sua vida para questionar se você foi salvo ou não, e quando está procurando por um arrependimento que pode ser encontrado apenas em alguém que caminhou com Deus por décadas.
Espero estar sendo claro. Eu creio em arrependimento, mas arrependimento pode
meramente significar: “Estou caindo e não posso salvar a mim mesmo.” Está deixando a auto-
estima. Está deixando a habilidade e desistindo, como o irmão Charles me disse uma vez, está apenas desistindo. Eu não consigo. Eu desabo. Eu... Eu me fui. Eu tenho algo pelo que trabalhei por muitos anos na doutrina do arrependimento. Se você tomar tudo o que a Bíblia ensina sobre arrependimento, você terá um livro muito grande. Ela diz coisas incríveis e todas elas deveriam ser aprendidas.
Deveríamos crescer nelas, porém tomar toda a esfera bíblica sobre o arrependimento e exigir isso antes que alguém possa ter certeza da salvação é absolutamente irracional. Nós temos muitos jovens e muitas outras pessoas que não têm certeza da sua salvação porque estão esperando ver em seus poucos anos como bebês em Cristo, uma santificação completamente desabrochada de um homem de 40 anos de fé! Precisamos ter cuidado.
“Salve-me! Estou perdido!” E mesmo de uma grande parte daquela escalada para a
salvação não se espera ou se exige que seja absolutamente pura. Muito dela será simplesmente auto-preservação. Lembre-se, Deus salva homens que se arrependem, não homens que se arrependem perfeitamente. Deus salva pessoas de coração contrito, mesmo aquelas são contritas pelo fato de não serem contritas o suficiente, quando Deus sabe que elas não são de todo contritas.
Isso dará combustível ao fogo dos meus inimigos, mas em minha experiência de conversão, para ser honesto com você, o pecado não era a coisa principal em minha mente no dia que eu me converti. A coisa principal em minha mente era: “Ele me ama. Ele está em todo o lugar. Ele é
tudo.” Agora, você diz: “Certo, o que você está dizendo?” Mas mesmo que eu fosse um pecador
abominável (eu era um homem horrível), no momento, a única coisa que era totalmente real
para mim por muitas semanas era o amor de Deus.
Mas então, enquanto eu começava a estudar as Escrituras e o Espírito Santo começou a trabalhar... Ele começou a trabalhar o arrependimento que ele continua trabalhando até hoje. Então, veja, vamos ser cuidadosos aqui. Você pode manter pessoas fora do Reino de Deus. Você pode exigir tanto de um homem, sobre a salvação, até mais do que Deus exige de início. Um
simples: “Não consigo, não consigo”, e então a fé. Fé. Somos salvos pela fé... de um grão de
mostarda. Creia!
“Bem, como eu creio?” Certo, você já disse que não consegue. Agora, dê um passo adiante: Ele pode! E irá! E deseja isso! Você crê nisso? Você diz: “É só isso?” Não, é o início. Mas é real. “Mas como saberei que é real?” Porque continuará crescendo da mesma forma que seu
arrependimento irá crescer, e crescer, e crescer. Sua fé e a realidade da mesma irão crescer e crescer. Mas não vou esperar da minha filha de dez meses de idade o que espero do meu filho de seis anos e meio.
Também quero falar sobre o orgulho. Vocês sabem que eu amo os puritanos. Vocês sabem que eu amo todo esse tipo de coisa. Eu quero falar com você sobre uma raiz de orgulho que vejo brotando entre pessoas que abraçam esse tipo de verdade amável. É quase como um distintivo de espiritualidade quando eles travam uma suposta luta sobre serem ou não salvos, e o que eles estão tentando provar para as pessoas é: “Minha versão de conversão não é tão superficial
quanto a de todo mundo. Eu vou combater. E vou lutar. E vou fazer todas essas coisas. E eu nem
sequer sei se sou salvo depois disso.”
E você pensa que está trazendo glória a Deus? Há um sentido quando homens são despertados para seu pecado e eles devem romper, e eles devem lutar, e ir além e além. Eu concordo com tudo isso. Mas seja muito cuidadoso para que não estejamos apenas reagindo contra o evangelho superficial dos outros. Deus é glorificado quando um coração é aberto e eles
dizem: “Estou caindo, mas Ele pode!” E se firmam nisso. Ah, isso é tão glorioso. Você é salvo pela
fé, mas não é a qualidade dessa fé, e sim a grandeza dessa fé.
É a qualidade, o caráter, a grandeza Daquele em quem você crê. E isso é muito importante. Olhe para Jesus! Olhe! Apenas olhe para Jesus. O que me aterroriza muito... Você conversa com as pessoas nas ruas... Você irá para o Céu? “Sim, eu vou para o Céu.” Por quê? “Eu orei e pedi a
Jesus que entrasse em meu coração.” Agora, olhe o que eles estão fazendo.
Estão confiando numa barganha que fizeram. Estão confiando na sinceridade de uma oração. Mas então novamente temos que ser cautelosos. Médicos curam a si mesmos. Pois eles estão confiando na magnitude de seu arrependimento. E outros estão confiando na magnitude
de sua fé. Quando o que eu amo ouvir é: “Estou olhando para Ele. Estou olhando para Ele e eu
me apavoraria ao tirar meus olhos Dele. Estou olhando para Jesus.”
domingo, 15 de agosto de 2010
CRIACIONISMO x EVOLUCIONISMO
(Gn.1: 1).." No princípio criou Deus os céus e a terra".
Ciência ou Bíblia qual das duas exprime a verdade?
As diferenças entre o modelo evolutivo científico e o modelo criacionista bíblico são gritantes e dificilmente poderiam ser maiores.
O modelo evolutivo propõe que a vida tenha se originado por si mesma há bilhões de anos, e então evoluído em direção a formas cada vez mais avançadas, até culminar na formação dos seres humanos.
O modelo evolutivo propõe que a vida tenha se originado por si mesma há bilhões de anos, e então evoluído em direção a formas cada vez mais avançadas, até culminar na formação dos seres humanos.
Outros crêem em uma grande explosão onde se originou tudo.
O modelo criacionista, como exposto na Bíblia, propõe que Deus criou formas básicas de vida, incluindo os ser humano, há alguns milênios.
Esses modelos podem afetar profundamente nossa visão de mundo.
Esses modelos podem afetar profundamente nossa visão de mundo.
Estamos aqui somente como resultado de um processo evolutivo prolongado, mecanicista, sem desígnio, ou fomos criados à imagem de Deus, com propósito, responsabilidade e esperança de futura vida eterna, como indicado na Bíblia?
Eu creio que Deus é o Criador.
A SEGUIR UMA SIMPLES ILUSTRAÇÃO, MOSTRANDO DEUS O CRIADOR.
A TEORIA DO BOLO DE CHOCOLATE.
Suponhamos que você entre em casa e encontre um delicioso bolo de chocolate sobre a mesa.
A grande pergunta é: - Como surgiu o bolo de chocolate?
Duas teorias podem ser propostas:
Teoria 1 – hipótese criacionista.
Alguém que sabe fazer bolo de chocolate foi na dispensa, pegou ovos, farinha, manteiga, açúcar, leite, fermento e chocolate, pôs em uma forma, os misturou na medida certa, levou ao forno na temperatura de 250 graus Celsius, após o tempo necessário retirou o bolo do forno e o pôs propositalmente sobre a mesa.
Teoria 2 – hipótese naturalista.
Segundo os naturalistas ateus, essa teoria é muito singela, muito simples... e porque não dizer, muito obvia.
Duas teorias podem ser propostas:
Teoria 1 – hipótese criacionista.
Alguém que sabe fazer bolo de chocolate foi na dispensa, pegou ovos, farinha, manteiga, açúcar, leite, fermento e chocolate, pôs em uma forma, os misturou na medida certa, levou ao forno na temperatura de 250 graus Celsius, após o tempo necessário retirou o bolo do forno e o pôs propositalmente sobre a mesa.
Teoria 2 – hipótese naturalista.
Segundo os naturalistas ateus, essa teoria é muito singela, muito simples... e porque não dizer, muito obvia.
Um caminhão do Supermercado estava fazendo entregas, quando foi fechado por uma criança de bicicleta.
Tentando desviar da criança, o motorista girou o volante e deu uma freada brusca, o que o fez perder o controle do caminhão, que começou a capotar.
À medida que o caminhão capotava, na carroceria as caixas de ovos se abriram, bem como os sacos de farinha, as caixas de leite, as latas de Nescau, os tabletes de manteiga, os fardos de açúcar, as latinhas de fermento em pó e o chocolate granulado.
À medida que o caminhão capotava, na carroceria as caixas de ovos se abriram, bem como os sacos de farinha, as caixas de leite, as latas de Nescau, os tabletes de manteiga, os fardos de açúcar, as latinhas de fermento em pó e o chocolate granulado.
Enquanto o caminhão capotava, esses elementos iam se misturando de forma homogênea.
Dentro da carroceria do caminhão, havia também um cantil, que fora esquecido ali por um dos carregadores.
Dentro da carroceria do caminhão, havia também um cantil, que fora esquecido ali por um dos carregadores.
Com o movimento do caminhão, o cantil partiu ao meio, e todos os elementos acima mencionados, mesclados na proporção certa, caíram dentro desse cantil.
Com o acidente, o caminhão explodiu e ao termino de 40 minutos os bombeiros chegaram, conseguiram conter o fogo e abriram a carroceria, e para surpresa deles, estava lá, por obra do acaso, um lindo bolo de chocolate!
Talvez você esteja lendo agora e pensando:
Com o acidente, o caminhão explodiu e ao termino de 40 minutos os bombeiros chegaram, conseguiram conter o fogo e abriram a carroceria, e para surpresa deles, estava lá, por obra do acaso, um lindo bolo de chocolate!
Talvez você esteja lendo agora e pensando:
Essa segunda teoria é tosca demais para eu crer! É verdade; ela é tosca mesmo.
Acontece que o bolo de chocolate possui em média 12 elementos, uma célula possui mais de dois milhões, e nós somos informados de que a célula surgiu espontaneamente, e a surgimento aleatório de um bolo de chocolate nós achamos uma idéia tosca.
Encarando as improbabilidades - o começo do fim do naturalismo científico
Partindo da premissa de que o bolo de chocolate possui 12 elementos, a probabilidade do surgimento aleatório deste bolo pode ser calculada em uma em 479.001.600 (quase quatrocentos e oitenta milhões!).
Ora, se a combinação aleatória de 12 elementos parece impossível, a vida com sua complexidade exige a existência de um criador.
O problema da geração espontânea de uma ameba
Por exemplo: O DNA de uma única ameba possui informação suficiente para encher mais de 1000 vezes toda a enciclopédia britânica (disse o naturalista Richard Dawkins).
- Para calcular a possibilidade do surgimento aleatório do DNA de uma ameba, sugerimos a seguinte experiência:
- “Criando” informação por “acaso”
Pegue uma enciclopédia britânica e arranque todas as páginas.
Encarando as improbabilidades - o começo do fim do naturalismo científico
Partindo da premissa de que o bolo de chocolate possui 12 elementos, a probabilidade do surgimento aleatório deste bolo pode ser calculada em uma em 479.001.600 (quase quatrocentos e oitenta milhões!).
Ora, se a combinação aleatória de 12 elementos parece impossível, a vida com sua complexidade exige a existência de um criador.
O problema da geração espontânea de uma ameba
Por exemplo: O DNA de uma única ameba possui informação suficiente para encher mais de 1000 vezes toda a enciclopédia britânica (disse o naturalista Richard Dawkins).
- Para calcular a possibilidade do surgimento aleatório do DNA de uma ameba, sugerimos a seguinte experiência:
- “Criando” informação por “acaso”
Pegue uma enciclopédia britânica e arranque todas as páginas.
Em seguida, recorte cada letra de cada página, e junte todas essas letras em um saco grande.
Em um dia de calmaria, suba ao alto de um prédio e jogue todas as letras recortadas...
- Qual seria a probabilidade das letras caírem na ordem certa, de modo a formar as palavras, as frases e os artigos em ordem alfabética, em todas as páginas da enciclopédia?
Ora, em um cálculo de probabilidade, se as letras caíssem de modo a formar todas as palavras, as frases e os artigos em ordem alfabética, em todas as páginas da enciclopédia, isso seria apenas um milésimo da probabilidade do DNA de uma ameba ter aparecido por conta própria!
* Nota: A ameba possui o DNA mais simples que nós conhecemos.
- Qual seria a probabilidade das letras caírem na ordem certa, de modo a formar as palavras, as frases e os artigos em ordem alfabética, em todas as páginas da enciclopédia?
Ora, em um cálculo de probabilidade, se as letras caíssem de modo a formar todas as palavras, as frases e os artigos em ordem alfabética, em todas as páginas da enciclopédia, isso seria apenas um milésimo da probabilidade do DNA de uma ameba ter aparecido por conta própria!
* Nota: A ameba possui o DNA mais simples que nós conhecemos.
Para pensar
- Que tipo de ciência é essa que não encara as impossibilidades de sua teoria?
- Que religião macabra é essa da ciência naturalista, que formula teorias absurdas para justificar o surgimento da vida sem Deus?
O surgimento espontâneo de uma única célula é tão improvável que nem vale a pena continuar falando do tema.
Apenas pessoas irracionais e loucas para “não crer” se agarrariam a uma teoria estúpida como essa.
PORTANTO UMA PESSOA FEZ O BOLO DE CHOCOLATE.
DEUS É O SUPREMO CRIADOR DE TUDO.
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