segunda-feira, 19 de julho de 2010

O QUE É UMA VIGÍLIA.


Pv 8.17
Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscarem me acharão.


Uma vigília é um encontro de pessoas que se unem para juntos orarem a Deus, prestar um culto a Deus, louvorem a Deus, adorarem a Deus, invocarem a Deus.
Pode ser realizada em igrejas, casas , montes ou outro local onde não exista incomodo para os vizinhos, pois a mesma é realizada de madrugada, e embora as pessoas estejam ali para um encontro com Deus, não podem se esquecer de que muitas pessoas que moram perto não são de sua religião, e não podemos perturbar os mesmos em seu repouso.
Numa vigília deve-se sempre mesclar oração, palavra e louvores.
Uma vigília sem oração não é uma vigília, pois embora Deus toque em nossos corações através dos louvores e testemunhos, é através da oração que nossos pedidos, súplicas e agradecimentos chegam a Ele.
Mt 7.7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Mt 7.8 Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre.
Amados irmãos, a oração é a comunicação entre o homem e Deus, onde mantemos nosso relacionamento com nosso Pai.
Oração significa invocar a Deus, clamar ao Senhor, levantar nossa alma ao Senhor, buscar ao Senhor, chegar perto de Deus.
A Bíblia nos ensina a orar sempre, pois Deus honra a permanência na oração (1 Ts 5.17 orai sem cessar ). Orai sem cessar significa permanecer na presença do Pai, pedindo continuamente sua graça e benção. Sem cessar não significa robotizar a oração, significa sim orar em todas as ocasiões de nossa vida, seja na alegria ou na tristeza.
Numa vigíla louvamos muito a Deus, através de louvores de adoração, corinhos e até hinos da harpa.
Grande é o Senhor e mui digno de louvor
a cidade do nosso Deus seu santo monte
Alegria de toda terra
Grande é Senhor em quem nós temos a vitória
E que nos ajuda contra o inimigo
Por isso diante DEle nos prostramos
Queremos o Seu nome engrandecer
E agradecer-te por Tua obra em nossas vidas
Confiamos em teu infinito amor
Pois só Tu és o Deus Eterno
Sobre toda a Terra e cé
u
Sl 9.2 Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.
Sl 34.1
LOUVAREI ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca.
Sl 145.21
A minha boca falará o louvor do SENHOR, e toda a carne louvará o seu santo nome pelos séculos dos séculos e para sempre.

Também damos testemunhos das maravilhas que Jesus fez ou está fazendo em nossas vidas, compartilhando o quão bom é sermos filhos de Deus. O testemunho do cristão é uma ferramenta poderosa de Deus, pois nos mostra o quão grande e fiel Ele é, por isso sempre que possível devemos testemunhar das maravilhas recebidas DELE.

Realmente aqueles que vão em uma vigíla realmente querem um encontro com Deus, pois não é fácil passar a madrugada toda acordado, muitas vezes com frio, fome, sono ou cansaço devido ao trabalho. Mas a recompensa é muito grande, pois aquele que realmente vai buscar verdadeiramente a Deus acaba encontrando.
Numa vigíla lemos a palavra de Deus, ficamos em comunhão com os irmãos, testemunhos e compartilhamos muita alegria.
Nós cremos na palavra que é apta para ensinar corrigir, redarguir e instruir, por isso também existe a pregação da palavra, onde Deus fala grandemente em nossos corações. Invocamos e cultuamos somente Aquele que é digno e merecedor de toda glória... e se fazemos isso Jesus está em nosso meio,pois foi o próprio Jesus que prometeu que onde estiver dois ou três reunidos em nome Dele, que Ele estaria presente.
E na madrugada do dia 16 para 17 de Julho de 2010, 59 adoradores adoraram o Pai em espírito e em verdade numa vigília que vai ficar marcada na vida de todos os presentes, numa noite chuvosa, de muito frio,onde o departamento de novos convertidos do Setor 1 de Cubatão dirigiu uma vigília na igreja da Pça dos Andradas em Santos, onde o Espírito Santo TOCOU FUNDO NO CORAÇÃO DE TODOS, tornando essa vigília um marco na vida de todos, um divisor de águas que despertou a todos para a grande obra que Deus quer para nossas vidas, que é cumprir o Ide de Mc 16.15 com muito amor, orgulho e satisfação de sabermos que a alegria do Senhor é a nossa força.....

quinta-feira, 1 de julho de 2010

LIÇÃO 13 - ESPERANÇA NA LAMENTAÇÃO


TEXTO ÁUREO

“As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22).

- A misericórdia divina trouxe a esperança do profeta de volta. Em hebraico – hesed: concerto de amor ou amor imutável - está ligado à compaixão, verdade, bondade e fidelidade. A fidelidade é um compromisso do Senhor, sendo tão certa quanto o raiar de um novo dia (Sl 89.2, 5). A forma plural usada nesta passagem reforça muitos atos ou, talvez, as riquezas do amor divino. Podemos ser decepcionados por todos e talvez não respondam às nossas expectativas, porém, Deus será sempre fiel em seus propósitos.

VERDADE PRÁTICA

Por serem trabalhosos estes últimos dias, a presente hora é de contrição e súplicas diante do Senhor. Que Ele nos ouça o clamor e avive-nos espiritualmente, enquanto ainda há esperança.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lamentações 1.1-5,12

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Definir tema, local, data, importância e propósito das Lamentações de Jeremias;

- Comparar o lamento de Jeremias ao de Cristo, e

- Explicar o porquê da necessidade de se lamentar diante de Deus.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Chegamos ao fim de mais um trimestre abençoado, reavivando leituras que muitas vezes relegamos a segundo plano. Aprendemos com Jeremias como deve portar-se um(a) homem/mulher de Deus. Finalizamos com o estudo das Lamentações (Os judeus o chamavam איכה: Eikha, que significa “Como!”, a primeira palavra do livro. Essa palavra era comumente usada para significar “Ai!”. Alguns se referiram ao livro como “Qinot” ou “Lamentações”). Era originalmente parte do Livro de Jeremias.Foi separado porque era lido em uma das festas de Israel e incluído nos Cinco Megilloth (os outros eram Cânticos, Rute, Eclesiastes e Ester). Lamentações é uma elegia(1) de cinco poemas escrita no antigo ritmo e estilo das canções fúnebres israelitas, onde o profeta derrama-se em dor, agonia e em angústia. É lido cada ano naTisha B’av (2), um jejum que relembra a destruição do Templo de Jerusalém em 586 a.C. Num dos textos bíblicos de Lamentações, o profeta menciona que o fato de lembrar-se das misericórdias do Senhor lhe trazia esperança (Lm 3.21-23). O livro de Lamentações expressa a completa confiança de Jeremias em Deus. Na mais extrema angústia e esmagadora derrota, sem haver absolutamente esperança de conforto de alguma fonte humana, o profeta aguarda a salvação da mão daquele que criou todas as coisas. Lamentações deve inspirar em todos os verdadeiros adoradores a obediência e integridade, dando ao mesmo tempo aviso temível concernente àqueles que desconsideram o maior dos nomes e o que este representa. Não há registro na história de outra cidade arruinada que tenha sido lamentada em tal linguagem patética e comovente. É, certamente, proveitoso em descrever a severidade de Deus para com os que continuam a ser rebeldes, obstinados e impenitentes. Com este tema, o comentarista da lição nos convida a refletirmos acerca das inúmeras bênçãos (reflexo da misericórdia divina) que o Senhor tem-nos concedido ao longo de nossa caminhada com Cristo! Não somos incólumes às desgraças que sobrevêm à humanidade, mas não obstante isso, temos uma âncora firme: as promessas de Deus que nos garantem esperança contra toda a esperança!

“Somente Deus pode nos libertar do pecado. Sem o Senhor, não há conforto ou esperança para o futuro. Por causa da morte de Cristo em nosso lugar e de sua promessa de retorno, temos a esperança viva de um maravilhoso amanhã”. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal REFLEXÃO

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. O QUE SÃO AS LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

1. As Lamentações na Bíblia Hebraica. Originalmente o livro não tinha título, sendo que a Bíblia Hebraica coloca a primeira linha do livro no Título, o lamento característico “Oh ,como!” (ekah), como título. Mais tarde os rabinos mudaram o título para Qinoth, uma palavra que aparece em Jeremias 7.29 com o significado de “alto choro”. Na Septuaginta os tradutores deram ao livro o título grego de Threnoi,significando Lamentos sendo que na Vulgata (tradução em Latim) isso foi expandido para “São as Lamentações do profeta Jeremias”. Tradicionalmente o livro é colocado nas nossas Bíblias seguindo o título da Septuaginta muitas vezes com o acréscimo: “de Jeremias”. A Bíblia hebraica é dividida em três partes: A Lei (Torah), Os profetas (Neviim), e Os Escritos/Hagiographia (Kethubim). O livro de Lamentações é colocado nessa terceira divisão, depois de Rute e antes de Eclesiastes. A sua posição deriva-se do fato dele estar entre os livros que eram lidos nas festas dos judeus. Em grego, este é o título das Lamentações: threnoi, que carrega este significado: chorar em alta voz. Ao traduzir a porção sagrada ao latim, Jerônimo deu-lhe este título: Liber Threnorum - Livro das Lamentações. O livro de Lamentações, nas nossas Bíblias em português, poderia ser considerado um “estranho no ninho”, pois apesar de estar incluído entre os livros proféticos, Lamentações é na realidade um livro poético. Estruturalmente o livro consiste de 5 lamentações equivalentes aos capítulos nas nossas Bíblias.

2. Tema e Data. Como toda a poesia bíblica o livro de Lamentações não busca ser apenas uma obra artística, mas ser uma forma do poeta expressar a sua mensagem. O tema básico do livro é a destruição da cidade de Jerusalém pelo exército babilônico. Tal fato é evidenciado pelo começo do livro: “Como está abandonada Jerusalém, a cidade que antes vivia cheia de gente!” (Lm1.1) e pelo início da segunda lamentação: “Quando ficou irado, O Senhor cobriu Jerusalém de escuridão. Ele transformou num monte de ruínas a cidade de Jerusalém, que parecia um céu e que era o orgulho do povo de Israel. No dia da sua ira, Deus abandonou até o seu próprio Templo” (Lm 2.1). Tais passagens mostram que a base do trabalho do poeta estava na sua observação da destruição de Jerusalém. Mas a análise do poeta não está centralizada no império humano que promoveu a destruição, nem mesmo citando os nomes de Nabucodonozor ou dos babilônios na sua obra, mas sim na soberania de Deus manifestada na queda da nação. Para o poeta a destruição da nação veio por obra das mãos de Deus como mostram os seguintes versículos: “Lá de cima Deus enviou um fogo que queima dentro de mim, Ele me armou uma armadilha e me jogou no chão. Depois me abandonou num sofrimento que não tem mais fim” (Lm 1.13); “O Deus Eterno descarregou o seu furor, derramou o ardor da sua ira. Ele pôs fogo em Jerusalém e a arrasou até o chão” (Lm 4.12).Tanto conservadores quanto liberais concordam que Lamentações fora escrito logo depois da destruição de Jerusalém. A razão básica para isso é que o conteúdo do livro, descrevendo a destruição de Jerusalém e a trágica situação do povo, exigindo que ele tenha sido escrito, e completo, antes da conquista da Babilônia pelo Império Persa e o édito de Ciro permitindo a volta dos exilados em aproximadamente 538 a.C. Portanto a data de composição do livro de Lamentações seria entre 587 a.C e 538 a.C.

3. O propósito das Lamentações. O objetivo primordial é deixar claro para Israel as conseqüências do pecado e da apostasia; revelar-lhes o seu próprio futuro no plano de Deus para o homem e enfatizar o fato de que o destino de cada homem está determinado por sua conformidade ou falta de conformidade com Deus e com o plano divino. (Bíblia de Estudo DAKE, CPAD, p. 1215).

4. A importância das Lamentações. As Lamentações de Jeremias era lido em público no nono dia do mês Abe (quinto mês do calendário hebraico equivalente ao nosso mês de julho) durante as comemorações da destruição do Templo de Jerusalém.

5. As Lamentações no Novo Testamento. Este livro mostra quão fracas as pessoas se tornam quando estão sob a Lei e quão incapazes elas são de servir a Deus com suas próprias forças. Isso as leva até Cristo (Rm 8.3). Até mesmo nestes poemas, porém, lampejos de Cristo brilham. Ele é a nossa esperança (3.21, 24 e 29); é a manifestação da misericórdia e da compaixão de Deus (3.22, 23, 32); é a nossa redenção e justificação (3. 58, 59). As lamentações de Jeremias refletem a tristeza do profeta em relação à situação espiritual, moral e física do povo de Israel SINOPSE DO TÓPICO (1)

II. O HOMEM QUE VIU TODAS AS DORES DE JERUSALÉM

Nebuzaradam seguindo ordens expressas de Nabucodonosor, ao encontrar o profeta, oferece-lhe a regalia de poder escolher para onde ir: para a Babilônia onde desfrutaria de poder, honrarias e conforto; ou permanecer em Judá, onde só acharia sofrimento e continuaria pobre e rejeitado. Certamente temeu ser tido pelos exilados judeus como traidor. Em Judá ele permaneceria pobre e rejeitado mas o remanescente do povo saberia que ele não era um traidor: Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.” (Hb 11.25,26).

1. Homem de dores. Ao lado de Israel, Jeremias vê-se como enfermo e ferido, morto e enterrado, um prisioneiro, torturado, um viajante fazendo progresso vagaroso, atacado por animais selvagens, um alvo para flechas, um objeto de escárnio, tendo de comer alimento amargo e contaminado: “Eu sou o homem que viu a aflição pela vara do seu furor” (Lm 3.1).

2. A lamentação das lamentações. O terceiro poema, de 66 versículos, frisa a esperança de Sião na misericórdia de Deus. Mediante muitas metáforas, o profeta mostra que foi Deus quem trouxe o cativeiro e a desolação. Na amargura da situação, o escritor pede a Deus que se lembre de sua aflição, e expressa fé na benevolência e nas misericórdias de YAHWEH. Três versículos sucessivos usam no início o termo “bom”, e mostram que é apropriado esperar a salvação da parte do Senhor (3.25-27). O profeta ancorou sua esperança em: Deus causou o pesar, mas mostrará também misericórdia. Mas não houve arrependimento do seu povo; foram feitos em “mero rebotalho e refugo” (3.45). Em lágrimas amargas, o profeta relembra que seus inimigos estavam à caça dele como atrás de um pássaro. Entretanto, Deus aproximou-se dele no poço e lhe disse: “Não tenhas medo.” O profeta invoca a Deus para que responda ao vitupério do inimigo: “Perseguirás em ira e os aniquilarás de debaixo dos céus do Senor Deus.” (3.57, 66). “Como fica fosco o ouro reluzente, o ouro bom!” (4.1) “Desviou os meus caminhos e fez-me em pedaços; deixou-me assolado. Armou o seu arco, e me pôs como alvo à flecha” (Lm 3.11,12). Mas, apesar de tudo, sabia ele que as misericórdias do Senhor são infinitas. Se Deus nos fere, nos ungirá também as feridas. O profeta Jeremias é considerado um homem de dores, que se compadece do sofrimento de seu povo. SINOPSE DO TÓPICO (2)

III. POR QUE É PRECISO LAMENTAR

O que lhe sustentou à noite? O que lhe fará passar por este dia? O que lhe capacitará a atingir alvos e até mesmo ser bem sucedido nos dias à frente? As misericórdias do SENHOR. Jeremias confiava na misericórdia divina: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22,23); “Converte-nos, SENHOR, a ti, e nós nos converteremos; renova os nossos dias como dantes. Por que nos rejeitarias totalmente? Por que te enfurecerias contra nós em tão grande maneira?” (Lm 5.20,21). Muitos personagens bíblicos optaram por sacrificar suas próprias vontades, conforto e até mesmo a vida em prol do povo de Deus. SINOPSE DO TÓPICO (2)

(III. CONCLUSÃO)

Deus é sempre misericordioso para com os que O buscam, põem nEle a sua esperança e nEle aguardam. Nós não somos consumidos porque a compaixão (termo que sugere uma profunda emoção) do Senhor não se esgota. No auge de sua dor, Jeremias inesperadamente transforma a rejeição em confiança, com base no conhecimento do caráter de Deus e em suas misericórdias passadas, e agora, aquelas lembranças que antes desencorajavam, passam a encorajá-lo. O livro de Lamentações conserva a angústia sentida pelos judeus do cativeiro babilônico, enquanto recordavam seu passado irrecuperável. Jerusalém fora destruída. Essa destruição foi tão intensa que nenhum traço do Templo original de Salomão, ou das poderosas muralhas da cidade real, têm sido encontrados por arqueólogos modernos. Lendo o livro, experimentamos uma sensação esmagadora de desespero que pode envolver pessoas e até mesmo comunidades inteiras. “O sofrimento extenuante do povo de Jerusalém, durante o estado de sítio, levou algumas das 'mulheres outrora compassivas' a devorarem seus próprios filhos em práticas canibalescas! Como a capacidade medonha de cada ser humano para pecar foi revelada nos últimos momentos dessa cidade!” (RICHARDS, LAWRENCE O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005, p. 482). “É de fato terrível se cedermos nossa natureza ao pecado. Pode acontecer de olharmos para trás, para as oportunidades perdidas, e compreendermos que a aflição que suportamos agora é conseqüência de nosso próprio anseio crônico pelo pecado. Como se não bastasse, a leitura do livro de Lamentações nos faz lembrar que os prazeres do pecado são o que há de mais vantajoso momentaneamente, porém, suas conseqüências dolorosas são permanentes e profundas” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.479).

(1). Elegia: - (latim elegia); s. f. Poema sobre assunto triste ou lutuoso; Poema constituído por hexâmetros e pentâmetros alternados. Fig. Jeremiada, lamentação.

(2). Tisha BeAv'' é o jejum e dia de luto que comemora dois dos mais trágicos eventos da História Judaica que ocorreram no dia 9 do mês de Av — a destruição pelos babilónicos, no ano 586 antes daEra Comum, do Templo de Salomão, ou Primeiro Templo de Jerusalém, e a destruição do Segundo Templo, no ano 70 da nossa era, pelos Romanos. Outras calamidades na História Judaica também tiveram lugar em Tisha BeAv, incluindo o édito do rei Eduardo I, que forçava os judeus a deixar a Inglaterra em 1290, e o Decreto de Alhambra, ou Édito de Expulsão dos Judeus de Espanha, pelos Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, em 1492. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tishá_BeAv)

APLICAÇÃO PESSOAL

Apenas um amontoado improdutivo marcava o local que fora a última visão daqueles arrastados em cadeias para uma terra estranha... Os cinco acrósticos das elegias revelam profundo sentimento de remorso. O povo entende que perdera sua terra natal em decorrência do pecado de Judá. A angústia é acompanhada do fato de que até agora os cativos têm sido incapazes de recobrar a visão perdida de um futuro brilhante para sua raça. Deus tem um compromisso com uma moralidade que não pode ser abandonada pelo seu povo. Lamentações desvenda as profundezas da desgraça humana, não sob o ponto de vista pessoal, mas, na perspectiva de uma nação que caiu e chorou de remorso. Temos nessa pequena jóia uma grande lição para nós hoje: o melhor caminho para sobreviver à dor e aflição é colocá-las aos cuidados do Senhor. O Calvário e a ressurreição nos redimiu, não estamos sujeitos à punição retributiva por pecados cometidos: Cristo nos resgatou sofrendo em nosso lugar. Mas Deus freqüentemente permite que passemos por momentos difíceis para nos disciplinar (Hb 12.3-17). Através do sofrimento aprendemos a obediência e nos tornamos mais fortes em nossa fé. Viver por fé é a chamada para nós. A fé escolhe crer na Palavra de Deus acima da evidencia dos sentidos, sabendo que as circunstancias naturais devem ser mantidas sujeitas à Palavra de Deus. A fé não está negando as circunstancias; pelo contrário, está crendo no testemunho de Deus e vivendo em concordância com o mesmo. Dependemos inteiramente do Senhor para caminharmos bem a carreira nos foi proposta. Carecemos de experiência com Deus, que nos dê força e coragem para suportarmos as dificuldades da caminhada, mas precisamos acima de tudo, aprendermos a depender unicamente da graça e poder divinos.

O homem é um ser que pensa cuja principal característica é a racionalidade. É o uso da razão – ou a possibilidade – que nos distingue dos demais seres viventes – ou que deveria distinguir. Essa possibilidade que nos coloca diante da realidade do mundo, enfrentando-o, transformando-o, vivendo-o, enquanto que os demais seres estão apenas imersos nesse mesmo mundo, sem, no entanto, interagir com ele. O uso da razão nos leva a refletir, a pensar – por na balança para avaliar o peso de alguma coisa – a avaliar para descobrir o peso dos fatos, da realidade. No uso dessa característica, muitos pensadores chegaram a conclusões impressionantes acerca das maiores indagações da humanidade. Pesando os fatos, a realidade das coisas, os pré-socráticos chegaram à brilhante conclusão de que a ‘arché’ (princípio) de todas as coisas é o Logos. A existência do homem é radicalmente diferente da dos animais. Os animais são levados pela vida, pelo instinto, e não lhes é problema viver, já que nascem plenamente constituídos, isto é, eles não podem ser melhores do que já são – evolucionistas me perdoem. O homem não nasce assim, pronto, pleno. É dada a oportunidade da evolução, do aperfeiçoamento de suas potencialidades. O homem é um ser que nasce projeto! Projeto pessoal, intransferível, de aperfeiçoamento das capacidades e potencialidades, num processo de construção da própria vida, que deve ser assumido, alimentado, repensado, desenvolvido até o nível de varão perfeito, à medida da estatura do Logos. Se isto não ocorrer, o homem deixa de viver e passa a estar imerso no mundo, vegetando, como aqueles seres coadjuvantes. No dizer de Paulo, ‘conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude – pleroma: número completo, complemento total, medida completa, abundancia, plenitude, o que foi completado - de Deus’ (Ef 3.19). Conhecer o amor de Deus é a essência da maior plenitude e a chave para o crescimento maduro, estável e íntegro.

N’Ele, para que a prova da nossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo (1Pe 1.7),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, PC Hb 11.26; p. 1293

- Bíblia de Estudo de Genebra, ECC/SBB;

- Blog O Gideão: http://ogideao.blogspot.com/2009_01_01_archive.html;

- Imagem: (Muro das Lamentações).

EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. O que são as lamentações de Jeremias?

R. O canto plangente de Jeremias em favor do seu povo.

2. . Por que ele as escreveu?

R. Para chorar e lastimar a queda da monarquia da Casa de Davi; a destruição de Jerusalém e a deportação dos judeus para a Babilônia.

3. Por que é preciso lamentar?

R. Precisamos lamentar pelo povo de Deus e por nossa família, pois estamos vivendo tempos difíceis.

4. O que é o fator misericórdia?

R. O mesmo Deus que fere, também unge as feridas.

5. Que lição podemos tirar das Lamentações de Jeremias?

R. Resposta pessoal.

LIÇÃO 12 - A OPÇÃO PELO POVO DE DEUS


TEXTO ÁUREO

“Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo” (Hb 11.25,26).

- A decisão de Moisés de abdicar ‘os tesouros do Egito’ e sofrer o ‘opróbrio de Cristo’ deve encorajar aqueles que sofreram perdas e opróbrio por causa de sua fé (Hb 10. 33-34). A ARC traz: “porque tinha em vista”,apoblepo; Strong 578: Uma palavra descritiva combinando apo, ‘longe de’ e blepo, ‘ver’. A palavra literalmente significa ‘desviar o olhar de tudo a fim de olhar atentamente para um objeto(Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, PC Hb 11.26; p. 1293). Moisés desviou o olhar da riqueza dos sistemas mundiais para um futuro messiânico; sua escolha exemplifica certeza quanto à sua esperança porque contemplava a ‘recompensa’ (Hb 10.35; 11.6,13). Somente a fé pode influenciar uma decisão desse porte, que transcende a realidade presente! Todo crente é chamado à essa decisão diariamente: fazer a escolha de/ou desfrutar os prazeres mundanos ou viver em obediência à Palavra; vale salientar o conflito travado internamente em cada um de nós – o Espírito contra a carne; esse conflito pode levar o crente à uma completa submissão à carne e ao domínio do pecado ou então à plena submissão ao Espírito Santo. À exemplo de Moisés, nossa escolha deve ser em razão da fé: “desviar o olhar de tudo a fim de olhar atentamente para Cristo!”


VERDADE PRÁTICA

Como homens de Deus, esta é a única alternativa: optar em permanecer com o povo de Deus, ainda que isto nos custe sacrifícios, perdas e até a própria vida.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Jeremias 40. 1-6


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Identificar na história de Israel o cumprimento das profecias de Jeremias;

- Comparar a vida de Jeremias a de outros personagens bíblicos que se sacrificaram pelo povo, e

- Refletir a respeito de suas escolhas ao longo da jornada cristã aqui na terra.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

O texto que serve de base para esta lição está incluso nos seis capítulos que versam sobre os acontecimentos que se seguiram à queda de Jerusalém, sob o poder da Babilônia (Jr 40.1-44.30). O comandante caldeu reconheceu que fora o Deus de Israel quem dera vitória à Babilônia embora não O conhecesse ou O servisse! Ao encontrar o profeta, oferece-lhe a regalia de poder escolher para onde ir: para a Babilônia onde desfrutaria de poder, honrarias e conforto; ou permanecer em Judá, onde só acharia sofrimento e continuaria pobre e rejeitado. Certamente temeu ser tido pelos cativos judeus como traidor – Nabucodonosor talvez houvesse sido informado do conselho do profeta para Judá render-se à Babilônia e talvez isso explique porque o comandante caldeu tratou o profeta com deferência quando da tomada de Jerusalém. O invasor nomeara um governador: Gedálias, pertencente a uma família de altos funcionários judeus de quem Jeremias gozava da amizade e a quem ficou confiada a sua proteção, pois o altruísta Jeremias opta pelo improvável: pela dor, pela rejeição, pelo sofrimento, sacrificando-se pelo povo a quem tanto amava sem ser amado.

Estamos sendo chacoalhados com notícias desafiadoras nesse momento em que se aproxima o centenário – notícias de desagregação e renúncias de renomados profetas (Leia). A Lição é oportuna e nos convida a fazer uma opção: “Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. (Hb 11.25,26). "É hora de despertarmos dessa letargia, e passar a entender o que nos tem reservado o Senhor." Claudionor de Andrade REFLEXÃO

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. AS PROFECIAS DE JEREMIAS SE CUMPREM

1. A destruição de Jerusalém. O cerco à cidade de Jerusalém durou um ano e seis meses, tempo de privações em virtude desse isolamento - sem suprimentos, a fome minou a fortaleza e em cumprimento às palavras de YAHWEH pronunciadas por Jeremias, a cidade caiu perante os caldeus. Em 605 a.C. Nabucodonosor invade a Palestina e captura certo número de reféns judeus, gente capacitada, de cultura e posses; os pobres, doentes e desvalidos foram deixados na terra – assim começou o cativeiro babilônico que durou 70 anos preditos por Jeremias (Jr 25.11, 12). A destruição e o cativeiro aconteceram em três fases:

- 605 a.C.: prisão do rei Joaquim, levado juntamente com Daniel e seus três amigos para a Babilônia (Dn 1.1-7; 2Cr 36.6,7);

- 597 a.C.: nova invasão de Jerusalém e são levados cativos o rei Jeoaquim, os tesouros do Templo e 10.000 homens, dentre os quais, o profeta Ezequiel;

- 586 a.C.: terceira e última invasão de Jerusalém: destruição da cidade e do Templo e deportação do rei Zedequias e a elite do povo para a Babilônia (Jr 52.29).

2. O fiel cumprimento das palavras de Jeremias. A perseverança não é uma virtude comum. A maioria de nós carece de comprometimento, cuidado e disposição que perdure às mais difíceis condições. Jeremias perseverou mesmo com a apatia e descrença dos judeus; foi ignorado, insultado, desacreditado e por fim, escolheu ficar na terra desolada e cercado por pobres e desvalidos. A resposta do profeta veio com a entrega da Palavra do SENHOR e um profundo lamento pelo destino do povo obstinado. Manteve seu olhar fixo no Deus que o vocacionara e esperou firmemente o cumprimento das palavras de YAHWEH; nenhuma delas cai por terra. Não nos demovamos de nossa posição, fiel é O que nos vocacionou! Todas as profecias de Jeremias em relação à destruição de Israel se cumpriram. SINOPSE DO TÓPICO (1)

II. A OPÇÃO DE JEREMIAS

1. Jeremias sob custódia. Nebuzaradã, Comandante caldeu, concede uma grande libertação a Jeremias através da soltura de todas as sua cadeias, em obediência às ordens que Nabucodonosor emanara acerca do profeta – não está claro o quanto da mensagem do profeta era do conhecimento do conquistador, é provável que este considerasse Jeremias um simpatizante da Babilônia (Jr 25.12). Nebuzaradã o encontrara nas cercanias de Ramá, talvez estivesse entre o grupo de cativos já que essa cidade funcionou como uma espécie de ‘centro de triagem’ ou ‘campo de concentração’ para separar os judeus que seguiriam a Babilônia dos que permaneceriam na terra. De Ramá, ele é conduzido até Mispa (atual Tel en-Nasbeh),13 Km ao norte de Jerusalém, onde permaneceu sob proteção de seu amigo Gedálias.

2. A teologia em boca de ímpio. O fato de pessoas que não servem ao Senhor reconhecerem que Ele tem poder e domínio não significa que sejam sinceros nessa ‘adoração’, apenas encontram espaço no seu panteão idólatra para mais um deus. Fatos como esse são vistos aqui em Jeremias e em diversas ocasiões no exílio, em especial com Daniel; o rei ímpio ou seus altos funcionários teologizam respeitosamente e até de forma positiva sobre o Deus de Israel. Isso não se traduz num perfeito entendimento acerca da justiça divina. E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” (Is 30.21).

3. A opção de Jeremias. Depois de dar a Jeremias comida e um presente, Nebuzaradã o deixou partir, e Jeremias optou ficar entre os que restaram na terra, em detrimento das regalias que lhe foram oferecidas caso fosse para a Babilônia. Talvez sua recusa fosse por medo de ser odiado pelos exilados de Judá. Em Judá ele permaneceria pobre e rejeitado mas o remanescente do povo saberia que ele não era um traidor. Jeremias escolheu permanecer com o povo de Israel em Judá ao invés de ir para a Babilônia. SINOPSE DO TÓPICO (2)

III. COMO OS HERÓIS DA FÉ FIZERAM SUAS OPÇÕES

Muitos personagens bíblicos optaram por sacrificar suas próprias vontades, conforto e até mesmo a vida em prol do povo de Deus. SINOPSE DO TÓPICO (3). Vejamos alguns deles.

1. A opção de Abraão. A história de Abraão tem início com um imperativo e uma promessa divina. A ordem é a de deixar sua parentela idólatra (Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros deuses - Js 24.2). Com Abraão, começa a história da criação de Israel por Deus e tudo se inicia com a partida de uma cidade humana (Ur) em busca da cidade ‘da qual Deus é o arquiteto e o edificador’ (Hb 11.10). Note que a perícope onde está narrado a chamada de Abrão (Gn 12) vem após a saída de Tera, seu pai, com toda a família, de Ur(1) para Harã, ao norte da Mesopotâmia, num braço do rio Eufrates, aproximadamente 965 Km ao norte da cidade sumeriana de Ur; O chamado veio a Abraão em Ur dos caldeus, antes da morte de seu pai, não em Harã (Ex 15.7). A jornada de aproximadamente 2.400 Kmfoi impulsionada pela fé:

“Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia... Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.” (Hb 11.8-10)

Ao fazer a sua opção, Abraão tornou-se o pai de todos aqueles que crêem (Rm 4.11) e todos os que crêem tornam-se filhos de Abraão (Gl 3.7). não era nem israelita nem judeu; não passava de um gentio que, pela fé, aceitara plenamente a vontade divina (Dt 26.5). - Conheça um pouco mais: http://www.ixtus.pro.br/textoDez.htm

2. A opção de José. A soberania divina é fato na história de José. Este jovem foi levantado por YAHWEH para ser governante do Egito e o meio utilizado por Deus foi transformar as más ações de seus irmãos para cumprir seus propósitos. Ele envia José adiante para preservar vidas, salvar o Egito e preparar o caminho para o início da nação de Israel. José certamente poderia ter aplicado a lei de Talião(2) quando seus irmãos desceram ao Egito para comprar mantimentos, mas sua opção graciosa foi perdoá-los e compartilhar sua prosperidade! (Gn 45.3-8).

3. A opção de Moisés. Como príncipe, Moisés tinha tudo a sua disposição mas substituiu tudo pela vida árdua de pastor de ovelhas numa humilhante experiência que certamente, não planejara. Deus o preparou para ser um líder e talvez Moisés não apreciasse essa situação mas foi no deserto que ele realmente tornou-se líder apto a libertar Israel. Foi necessário fé para fazer esta opção! È fácil ser ludibriado pelas benesses mundanas e não enxergarmos o futuro reino celestial. Somente a fé pode nos dar essa visão para enxergarmos os valores eternos do céu. Não obstante suas deficiências, Moisés abriu mão de toda a luxúria do Egito, pois não ignorava a missão que lhe confiara o Senhor (Hb 11.23-26).

4. A opção de Ester. Ester poderia ter entrado em desespero quando a ordem para trucidar os judeus foi exarada e ter decidido salvar apenas a si própria. Embora rainha, Ester precisaria de proteção. Deixada ‘de lado’ por trinta dias, ela não sabia se o rei havia encontrado outra mais atraente e deparada com a questão de morte aos judeus, ela refletiu sobre a pergunta de Mordecai: “Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.14). Corajosamente, optou por seu povo, arquitetou um plano e o pôs em prática. A resposta? O rei a incumbiu de reescrever a lei (Et 9.29).

5. A opção de Jesus. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus (Fp 2.5), Esta perícope é conhecida como “a passagemkenosis (3) (grego: vazio) (vs 6-11), nos dá a idéia de que Cristo não rejeitou sua divindade, mas a glória de sua divindade e seus privilégios e “a si mesmo se humilhou” (Fp 2.8) a fim de por sua morte, nos resgatar. Paulo, assim, aponta para Cristo como exemplo de humildade e renuncia - 2Co 7.1: “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor a Deus”. Hoje há uma evidente falta de paradigmas, onde paira valor sobre resultados não importando os meios. Nossa comunidade cristã inevitavelmente é atingida pela onda do hedonismo, pela ética humanista. Em Jesus Cristo encontramos o paradigma ideal, que deve ser imitado a qualquer custo. Na Kenósis há um exemplo inspirador que confiantemente podemos seguir. Segundo vaticina o profeta Isaias (cap. 53), em Jesus não havia beleza nem formosura. Mas foi nesta opção pela humilhação que Deus usou para exaltar o ser humano.

(III). CONCLUSÃO

Que exemplo para nós! Hoje, estamos acostumados a avaliar os crentes pelo grau de ‘poder’ e pela quantidade de ‘experiências’. Muitos obreiros, a exemplos dos opositores de Paulo, estão como aquele filho de Dédalo, do mito de Ícaro, inebriados pelas novas potencialidades, jactânciam-se daquilo que foi-lhes dado não para proveito próprio, mas para edificação do Corpo. Nesse vôo do orgulho correm o risco de suas potencialidades não servirem para coisa alguma. “De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2Co 12.9). O Senhor tem uma didática interessante. Deus realiza os seus propósitos sem tirar de seus servos o espinho – seja ele qual for. Apesar das debilidades humanas, a graça de Deus atinge seus propósitos em um mundo decaído. A fé escolhe crer na Palavra de Deus acima da evidencia dos sentidos, sabendo que as circunstancias naturais devem ser mantidas sujeitas à Palavra de Deus. A fé não nega as circunstancias; pelo contrário, crê no testemunho de Deus e vive em concordância com o mesmo. Paulo deixa isso bem claro quando optou por sofrer por Jesus e afirmar que sua jactância está nessa opção. Que lição para os crentes de hoje!

(1): Ur: Cidade muito antiga no sul da Babilônia, que se identifica como Tell el-Muqayyar; ela estava situada na margem direita do rio Eufrates, a meio caminho entre Bagdá e o Golfo Pérsico. Tera e seus filhos – entre eles Abrão – nasceram em Ur e de lá se mudaram para Harã. -http://www.chamada.com.br/mensagens/abraao.html;

(2): A lei de talião consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Esta lei é freqüentemente expressa pela máximaolho por olho, dente por dente. É uma das mais antigas leis existentes.

(3): Kenosis é a palavra em grego para o ‘esvaziar-se’. Filipenses 2:7, " Jesus se fez nada (κένωσεν ekenosen) ... " ( NIV ) ou "... ele esvaziou-se ..." ( NVI ), usando a forma verbal κενόω kenóō "esvaziar". (http://en.wikipedia.org/wiki/Kenosis)

APLICAÇÃO PESSOAL

Na Alegoria da Caverna, escrita pelo filósofo Platão, encontramos a exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade: Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali. Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade. Um dos prisioneiros optou por abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza. Aquele homem volta à caverna e ao falar destas verdades para os homens afeitos às suas impressões, não foi compreendido e foi tomado por mentiroso, um corruptor da ordem vigente. Que belo paralelo à história de Jeremias, o qual optou por sair do meio comum, do carnal e viveu no espiritual; optou por falar as palavras do Senhor e aconselhar seus patrícios e foi tido por mentiroso, um corruptor da ordem vigente! Precisamos ser aquele homem que optou por sair da caverna. Dependemos inteiramente do Senhor para caminharmos bem a carreira que nos foi proposta. Jamais deveremos nos exaltar ou gloriar pelos dons, pelas experiências espirituais. Um câncer está devorando a Igreja. Se ele não for extirpado agora, as conseqüências serão catastróficas. A influência de doutrinas falaciosas que só trazem confusão e instabilidade espiritual precisa ser cortada. Muitos há que professam a Cristo como Salvador, mas assumem uma postura distorcida em relação ao que significa ser cristão. Na verdade não fizeram a opção pelo povo de Deus! Sob a égide de um evangelho nitidamente místico, milhões estão sendo ludibriados e impedidos de viverem realmente uma vida com abundancia. Verdades eternas tiradas da Palavra de Deus estão sendo pervertidas. Quase no final do seu ministério, Charles Spurgeon escreveu uma série de artigos advertindo a igreja de seus dias quanto ao perigo de se tornarem mundanos, espiritualmente frios e tolerantes aos erros doutrinários. O que ele previu se repete hoje, dessa vez, a origem é outra: o pragmatismo que ignora a pureza da doutrina e se focaliza mais na obtenção de sucesso do que na pregação ousada da Palavra. O pragmatismo enfatiza o crescimento da igreja, em detrimento da pureza doutrinal; entreter o público é mais importante do que doutrinar; a verdade é secundária. Nenhum dos superapóstolos atuais pode jactar-se, como Paulo o fez por sua opção em sofrer por amor à Cristo, pelo contrário, o fazem de suas supostas potencialidades, assim mesmo como faziam os adversários de Paulo em Corinto, e assim mesmo como no mito de Ícaro, inebriados com seus delírios sucumbirão. Somente a fé pode influenciar uma decisão desse porte, que transcende a realidade presente! Todo crente é chamado a essa decisão diariamente: fazer a escolha de seguir o pragmatismo desfrutando os prazeres mundanos ou viver em obediência à Palavra. A palavra-chave da lição de hoje é “opção”; carecemos de experiência com Deus, que nos dê força e coragem para suportarmos as dificuldades da caminhada, mas precisamos acima de tudo, optar por dependermos unicamente da graça e poder divinos.

N’Ele, para que a prova da nossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo (1Pe 1.7),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, PC Hb 11.26; p. 1293

- Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

- História de Israel, wiki/História_de_Israel;

- Bíblia de Estudo de Genebra, ECC/SBB;

- O Arrebatamento da Igreja, TOGNINI, Enéas, S. Paulo, 1970;

- Ur dos Caldeus: chamada.com;

- Blog O Gideão: http://ogideao.blogspot.com/;

- Imagem: (Jesus entre nós).

EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. Que opção foi oferecida a Jeremias?

R.Ficar na Babilônia onde haveria de ser bem tratado.

2. Que decisão tomou o profeta?

R. Ele optou por ficar com o restante do povo de Deus.

3. Cite alguns exemplos de opções pelo povo de Deus nas Sagradas Escrituras?

R. Moisés, José.

4. Qual o maior exemplo de renúncia?

R. Jesus Cristo.

5. Como você demonstra a sua opção pelo povo de Deus?

R. Resposta pessoal.

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