sábado, 24 de agosto de 2013

Jesus teve irmãos?

Jesus teve irmãos?


Indubitavelmente, este é um assunto já resolvido no meio protestante tradicional devido à abundância de textos nas Escrituras neotestamentárias que o elucidam. Poderíamos até considerá-lo obsoleto se não fosse pelo mariocentrismo, doutrina da Igreja Católica Romana que teima em admitir que Maria permaneceu virgem após o parto (virginitas post partum), o que torna parte dessa teologia um verdadeiro desvario e um grande óbice ao verdadeiro cristianismo ortodoxo.

Durante séculos, a mariologia tem sofrido evoluções cada vez mais ousadas, e o tempo é testemunha disso:


• Em 400 d.C, Maria foi proclamada “Mãe de Deus”;

• Em 1854, a “Imaculada Conceição de Maria” torna-se dogma;

• Em 1950, a “Assunção de Maria” vira artigo de fé.


Hoje, cogita-se em colocar Maria junto à Trindade divina, formando assim uma quaternidade. O catolicismo está criando cada vez mais uma Maria totalmente diferente daquela apresentada pelos evangelhos. Ao inventarem supostos pais para Maria, Santa Ana e São Joaquim, baseados em livros apócrifos, os católicos ao mesmo tempo omitiram a verdadeira família de Maria e roubaram-lhe a nobre missão de mãe.

Origens dessa doutrina

Não se sabe ao certo onde e como começou a acreditar-se que os irmãos de Jesus, de quem tanto a Bíblia fala e “de modo explícito”, eram apenas seus primos ou irmãos em sentido espiritual (versão Romana) ou meio-irmãos de um casamento anterior de José (versão Grega). Parece que isso surgiu com uma deturpação da resposta de um soldado romano chamado Pantera aos judeus que acusavam Maria de cometer adultério (Atos de Pilatos 11.3 e Talmud, séc. II). No ponto de vista judaico, Jesus seria um filho bastardo desse suposto soldado.

O fato é que essa doutrina ganhou força somente após o século IV, com Jerônimo. Até então, era praticamente desconhecida pelos antigos escritores pré-nicenos. Como de praxe, é mais uma das invencionices da Igreja Católica.

Um dos pais primitivos que mais colaborou para que essa distorção criasse corpo foi Orígenes, que se baseou em duas obras apócrifas: o “Proto-Evangelho de Tiago” e o “Evangelho de Pedro”, de meados do século II. Não demorou muito, Epifânio seguiu os passos de Orígenes e acabou abraçando tal idéia.

É interessante notar que Orígenes, Epifânio e Jerônimo eram adeptos do ascetismo e da vida monástica que incluía a castidade. Orígenes, segundo alguns historiadores, chegou a castrar-se! Mais tarde, porém, essa teoria sobre os irmãos de Jesus foi desenvolvida e aperfeiçoada. Empacotada de modo sofismável pelos teólogos católicos, é agora um dos dogmas do catolicismo romano.

O que muitos protestantes talvez não saibam é que até mesmo os primeiros reformadores como Lutero e Calvino criam na virgindade perpétua de Maria. Mas, por outro lado, é bom frisarmos que muitos pais primitivos como Hegesipo, Tertuliano, Irineu e, posteriormente, Eusébio e Helvídio defendiam a idéia de que os irmãos de Jesus eram de fato seus irmãos carnais. A mesma defesa é feita atualmente por uma maioria esmagadora de protestantes e também por alguns teólogos católicos.

Analisando o evangelho de Mateus

O texto de Mateus 1.25 afirma o seguinte: “Mas não teve relações com ela enquanto (até que) ela não deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus.”. 
Para os protestantes, a referência bíblica em apreço parece ser, a princípio, uma fortaleza inexpugnável, e não é para menos, pois diz categoricamente que José não teve relações “até” ou “enquanto” (heos, hou) ela não deu à luz. Ora, o que depreende e subentende-se é que, após o parto, Maria teve relações sexuais com seu marido como qualquer casal judeu normal de seu tempo! Parece ser esta a preocupação principal do evangelista ao transmitir sua mensagem. Mas, por outro lado, devemos concordar com nossos antagonistas romanos em que há casos em que Mateus usa a preposição “até” para dizer que não houve mudança após a ocorrência de determinado evento. Por exemplo, “Não quebrará o caniço rachado, não apagará o pavio fumegante, até que leve à vitória a justiça.” (Mt 12.20). É claro que o texto não está dizendo que o manso Messias será um ditador cruel após o triunfo do juízo.

Outros textos bíblicos, além de Mateus, podem ser usados como exemplo: Salmo 110.1 e 1 Timóteo 4.13. Mas podemos ver Mateus usando a preposição “até” (que indica um limite de tempo, nos espaços, ou nas ações) quando o contexto diz claramente que há mudança. Vejamos: “Depois que partiram, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho e lhe disse: “Levante-se, tome o menino e sua mãe, e fuja para o Egito. Fique lá até que eu lhe diga, pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo” (Mt 2.13).

Assim, tomar este trecho de forma isolada não é de modo nenhum conclusivo para ambas as partes; não resolve o problema. Se quisermos obter uma idéia mais clara do assunto teremos de nos voltar para um contexto maior e achar algo fora desse trecho que complete esta lacuna e dirima a incógnita. Será que Mateus usou a preposição “até” para indicar mudança ou não? Resolveremos isso usando dois princípios de interpretação: o contexto imediato e o contexto mais lato.

É notório que os casamentos orientais da época de Jesus eram, sem sombra de dúvida, bem diferentes dos do nosso tempo. Mateus declara que Maria estava desposada (entenda-se noiva) com José (Mt 1.18). Diz ainda que ele “não teve relação enquanto”. Algumas vezes em algumas versões a palavra “conhecer” é usada na Bíblia de modo figurado, significando relação sexual (Gn 4.25), e, neste caso, o contexto apóia este sentido.
A voz dos outros evangelistas.

Outro fator que corrobora com a interpretação acima é o fato de Lucas ter usado a expressão grega pro­totokos, que significa “Primogênito”, em relação ao nascimento de Cristo: e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lc 2.7).

Se Lucas quisesse dizer que Jesus foi o único filho de Maria, teria usado, de modo inequívoco, a expressão monogenes (unigênito, em português) que significa “[filho] único gerado”, como acontece em João 3.16. Mas não, ele usou, de modo consciente, o termo certo: “seu primogênito”, indicando que Jesus foi apenas o “primeiro” filho de Maria, e não o “único”.

Se Jesus tivesse sido o único filho de Maria, os evangelistas mostrariam isso, de modo explícito, em seus escritos. Mas não é isso que constatamos no Novo Testamento.

O que diz o Novo ­Testamento

Uma leitura superficial do Novo Testamento, em especial dos evangelhos, mostrará, sem sombra de dúvida, que Jesus Cristo teve irmãos e irmãs (Mt 12.46,47, 13.55-56; Mc 6.3). E ainda nos dão os nomes dos irmãos: Tiago, José, Simão e Judas. E essas pessoas aparecem sempre relacionadas com Maria, mãe de Jesus, o que nos dá a impressão de que os escritores e os evangelistas quiseram nos transmitir o quadro de uma família composta por mãe e filhos. Vejamos:
Mt 12:46-47 - Falava ainda Jesus à multidão quando sua mãe e seus irmãos chegaram do lado de fora, querendo falar com ele. Alguém lhe disse: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo”.
Mt 13:55-56 - Não é este o filho do carpinteiro? O nome de sua mãe não é Maria, e não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão conosco todas as suas irmãs? De onde, pois, ele obteve todas essas coisas?”
Mc 6:3 - Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs?” E ficavam escandalizados por causa dele.
Depois do milagre em Caná, Maria e os irmãos do Senhor aparecem juntos: “Depois disso ele desceu a Cafarnaum com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos. Ali ficaram durante alguns dias.” (Jo 2.12).

Em outra ocasião, Maria e seus irmãos mandam chamá-lo: “Então chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficando do lado de fora, mandaram alguém chamá-lo.” (Mc 3.31). João acrescenta que nem os seus criam em Jesus: “Pois nem seus irmãos criam nele” (Jo 7.5). E, por último, os irmãos de Jesus aparecem no cenáculo orando com Maria: “Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” (At 1.14).

Resposta a um suposto argumento
Não conseguindo desmentir o consenso cristalino das Escrituras, os mestres romanistas acabam forjando sofismas cada vez mais mascarados de piedade que, aos poucos, vão alcançando a mente e o coração dos adeptos católicos. Todavia, quando confrontados com a Bíblia, tais disparates revelam ser apenas paliativos ardilosos que, por vezes, acabam sendo pulverizados diante dos fartos argumentos bíblicos. Na tentativa de esquivar-se dos argumentos protestantes, os líderes católicos desenterram, das ruínas medievais, teses falaciosas floreadas com terminologias teológicas modernas para causar impressão. Uma dessas teses tenta transferir os irmãos de Jesus para uma outra Maria e, para alcançar esse objetivo, faz verdadeiro malabarismo com os nomes bíblicos. Consegue fazer uma combinação engenhosa com os textos de Marcos 6.3, 3.18, 15.14, 16.1 e João 19.25. Diz que Maria, mãe de Tiago (o menor) e de José é irmã de Maria (a mãe de Jesus) e mulher de Cleofas, a quem confundem com Alfeu. Resumindo: esses “irmãos” (Tiago e José) de Marcos 6.3, segundo essa teoria, na verdade seriam primos de Jesus. Uma explicação plausível e uma suposta base “bíblica” para a questão. Ledo engano!

Um argumento de fácil refutação

Contudo, não há nada no texto que insinua ser Alfeu cunhado de Maria! Naquela época, esses nomes eram comuns! Demais disso, a Bíblia não relata o nome da irmã de Maria, e é pouco provável que duas irmãs tivessem o mesmo nome. Suponhamos, por um momento, que isso fosse verdade! Não é estranho que esses personagens apareçam sempre junto a Maria, sua “tia”, e nunca junto à sua verdadeira mãe?!

Outros ainda insistem no fato de que aqueles irmãos de Jesus na verdade seriam seus discípulos, simplesmente porque na igreja todos os discípulos de Cristo são chamados de “irmãos”.

Esse parece ser o argumento mais inócuo, pois a Bíblia faz nítida distinção entre ‘seus discípulos” e os “irmãos” do Senhor (Jo 2.12; At 1.13,14). Todavia, a maior dificuldade enfrentada por esse argumento é que o texto diz que nem “seus irmãos criam nele” (Jo 7.3,5,10). Ora, como então poderiam ser seus discípulos?!
O significado de irmãos na Bíblia

Em Mateus 12.47, na Bíblia católica, versão dos “Monges Maredsous”, o tradutor teceu o seguinte comentário sobre os “irmãos” de Jesus no rodapé da página: “Irmãos: na língua hebraica esta palavra pode significar também ‘parentes próximos’ ou ‘primos’, como neste caso. Exemplo: Abraão, tio de Lot, chama-o com a designação de irmão (Gn 11.27; 13.8)”.

Outro estudioso católico afirma: “Assim sendo, é possível que por detrás dos ‘irmãos’ e ‘irmãs’ de Jesus estejam seus ‘primos’ ou ‘parentes’.

Refutação bíblica: Não existe um só caso na Bíblia, e principalmente no Novo Testamento, em que a palavra grega adelphós (irmão) é traduzida por primo ou parente. Das 343 vezes em que o N.T usa o termo adelphós, ele apresenta dois sentidos para a palavra “irmão”: a de irmão legítimo (carnal) e o metafórico.

Sentido metafórico: Neste sentido, enquadram-se todos os textos sobre os seguidores de Jesus (Mc 3.35), os cristãos da igreja (1Co 1.1), os judeus (Rm 9.3) e os seres humanos em geral (Hb 2.11,17). É obvio que as referências nos evangelhos e nas epístolas aos “irmãos” (filhos de Maria) de Jesus não se enquadram nesta categoria.

Sentido literal: É justamente neste sentido que a palavra irmãos (no plural) é usada, em sua grande maioria, na Bíblia. Nenhum estudioso católico jamais traduziu esta palavra como primos ou irmãos espirituais. As Escrituras não deixam nenhuma dúvida quanto a esse assunto. Duvido que alguém leia os textos que seguem e consiga empregar o sentido de primo ou irmão espiritual onde aparece a palavra irmãos.

Indo adiante, viu outros dois (irmãos): Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Eles estavam num barco com seu pai, Zebedeu, preparando as suas redes. Jesus os chamou,” (Mt 4.21).

“E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãeg, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna.” (Mt 19.29).

A Bíblia deixa patente que quando a palavra “irmãos” aparece junto aos termos “pai” e “mãe” ela denota filiação legítima de sangue, e isto ninguém consegue eclipsar. Compare: Não é este o filho do carpinteiro? O nome de sua mãe não é Maria, e não são seus (irmãos) Tiago, José, Simão e Judas?” (Mt 13.55).

Nas quinze ocorrências em que é empregado o termo adelphós em relação a Jesus o sentido básico é de irmãos legítimos. Mas alguns podem objetar dizendo que a palavra hebraica ah (irmão) aparece várias vezes significando irmãos não de sangue, mas primos ou sobrinhos. É verdade que a língua hebraica tinha um vocabulário um pouco pobre e, por isso, não possuía uma palavra específica para primos ou parentes. Então utilizava a expressão “irmão” de modo lato (Gn 29.12, 24.48).

Esse artifício, no entanto, não é suficiente para que os católicos se esquivem da derrocada teológica! A palavra “irmão”, no hebraico, pode significar primo, mas, mesmo neste caso, temos de tomar cuidado. Geralmente, quando a palavra “irmão” é empregada no sentido de parente próximo o contexto esclarece a questão (1Cr 23.21-22). Além disso, o Novo Testamento foi escrito em grego, e não em hebraico. Será que no grego Coiné, língua na qual foi escrito o Novo Testamento, existia esta distinção praticamente ausente no hebraico? Vejamos.:

Termos do Novo ­Testamento para irmãos e primos

Não devemos nos esquecer de que quando o Novo Testamento faz referências aos irmãos de Jesus o contexto não traz nenhum tipo de esclarecimento adicional, como acontece no Antigo Testamento. Além disso, os escritores sabiam a diferença entre os termos irmão (adelphós), primo (anepsiós) e parentes (sungenes). Mesmo Paulo, que usava bastante metáfora, sabia usar com distinção essas palavras. Tanto é que escreveu sobre os “irmãos” de Jesus sem deixar nenhuma dúvida ao laço carnal entre o Senhor e seus irmãos. Vejamos: “Não temos nós o direito de levar conosco uma esposa crente como fazem os outros apóstolos, os irmãos do Senhor e Pedro?” (1Co 9.5). “Não vi nenhum dos outros apóstolos, a não ser Tiago, irmão do Senhor.”(Gl 1.19).

Como já falamos, e isso é interessante, o apóstolo Paulo sabia perfeitamente usar a palavra correta para primo (anepsiós) e parente (sungenes) em suas epístolas. Não havia motivo de confusão! "Aristarco, meu companheiro de prisão, envia-lhes saudações, bem como Marcos, primo de Barnabé.” (Cl 4.10)“Saúdem Herodião, meu parente.” (Rm 16.11).

Caso a tese católica estivesse correta, o apóstolo poderia muito bem ter usado a expressão hoi anepsiós Kyriou (primos do Senhor), e não adelphói tou Kyriou (irmãos do Senhor), até porque os irmãos de Jesus estavam vivos quando o apóstolo escreveu as duas epístolas.
Argumentos contraproducentes

Diante do exposto, a única consideração plausível a que podemos chegar é que os “irmãos” de Jesus eram realmente seus irmãos legítimos. É justamente esse o sentido do termo adelphós no Novo Testamento. Apesar de todo o esforço empregado pelos católicos para defender a virgindade perpétua de Maria, seus argumentos são totalmente contraproducentes.

O Salmo 69 é um texto profético com força suficiente para desmantelar o arcabouço erigido pelas artimanhas teológicas católicas. Qualquer exegeta que ler esse salmo terá de admitir que se trata de um salmo messiânico, ou seja, um salmo que fala sobre o ministério e a vida de Jesus, o Messias. No verso 8, o autor descreve perfeitamente a família de Jesus sem deixar dúvidas quanto à legitimidade carnal de parentesco entre eles. Vejamos: "Sou um estrangeiro para os meus irmãos, um estranho até para os filhos da minha mãe;.(Sl 69:8)

“os irmãos de Jesus lhe disseram: “Você deve sair daqui e ir para a Judéia, para que os seus discípulos possam ver as obras que você faz. Ninguém que deseja ser reconhecido publicamente age em segredo. Visto que você está fazendo estas coisas, mostre-se ao mundo”. Pois nem os seus irmãos criam nele. Então Jesus lhes disse: “Para mim ainda não chegou o tempo certo; para vocês qualquer tempo é certo. O mundo não pode odiá-los, mas a mim odeia porque dou testemunho de que o que ele faz é mau. Vão vocês à festa; eu ainda não subirei a esta festa, porque para mim ainda não chegou o tempo apropriado”. (Jo 7:3-8)

Compreendemos agora, por meio desse texto, o porquê de Jesus ter deixado sua mãe aos cuidados de João, e não de seus irmãos! 
Bibliografia
NVI em Cd-rom 
Tire Suas Dúvidas Sobre a Bíblia – José Bortolini pág. 100, editora Paulus.
Obras consultadasO Catolicismo Romano. Adolfo Robleto
Novo Testamento Trilíngüe. Vida Nova
Concordância Fiel do Novo Testamento, Vols. I e II. Fiel
História Eclesiástica. Eusébio de Cesaréia.CPAD. 

Jesus, um plágio?

Jesus, um plágio?
Muito se tem falado, tanto em sites, como em fóruns, a exemplo do Orkut, sobre o possível plágio envolvendo Jesus Cristo, o deus cristão. Tais alegações se dão devido a enormes “semelhanças” entre informações de Jesus, que encontramos na sua palavra, a bíblia sagrada, com informações que temos a respeito de diversos “deuses de mistério”, como Mitra (persa – romano), Horus (egípcio), Dionísio (grego), Krishna (hindu – indiano), Attis (Frígia - Roma), dentre outros.
A alegação dos críticos é que Jesus é mero plágio destes mitos, mesclado com informações reais (fatos) acontecidos à dois milênios atrás aproximadamente. Vamos analisar detalhadamente cada característica presente nestes deuses e compará-los com Jesus.
Este estudo ainda não está concluído, porém será disponibilizado e as informações adicionais serão acrescentadas assim que estiverem disponíveis.
ÍNDICE
 Hórus
 Mitra
 Attis
 Krishna
 Dionysio
 O Solstício de Inverno
 Estrela Sirius e Constelação de três reis
 Cruzeiro do Sul
 Nascimento no dia 25
 Proclamação do 25 de Dezembro depois de Cristo.
 Calendários - A verdadeira confusão
 O decreto
 Datação do nascimento de Jesus
 A importância do Nascimento
 Plágio refutado
 Ignorância cética
 Três reis?
 Astrólogos, astrônomos e a Estrela Guia
 Os pastores
 Plágio refutado
 Os pais dos deuses são deuses
 Os judeus copiaram tradições pagãs?
 Concepção por penetração
 Plágio Refutado
 Batismo e ministério aos trinta anos
 Crucificação
 Crucificação - A Descoberta
 Filho de Deus e outros adjetivos
 A Remissão de Pecados
 Plágio refutado
   8 Artigos extras
 Nascimento Virginal - Complementação
   9 Uma apologia, por Norman Geisler
 Cristianismo e Judaísmo - O cumprimento
 A origem da Trindade
 Conclusão
Características
Vamos iniciar nosso estudo verificando algumas características básicas de tais deuses.
Horus (egípcio) 3000 a.C.
Nasceu dia 25 de dezembro;
Nasceu de uma “virgem”, a deusa Ísis-Meri com Osíris;
Nascimento acompanhado por uma estrela a Leste;
Estrela seguida por 3 reis;
Aos 12 anos, era uma criança prodígio;
Batizado aos 30 anos;
Começou seu ministério aos 30;
Tinha 12 discípulos e viajou com eles;
Operou milagres e andou sobre as águas;
Era “chamado” de Filho de Deus, Luz do Mundo, A Verdade, Filho adorado de Deus, Bom Pastor, Cordeiro de Deus, etc;
Foi traído, crucificado, enterrado e ressuscitou 3 dias depois.
Nos outros deuses, encontramos a mesma estrutura “mitológica”. Vejamos:
Mitra (persa – romano) 1200 a.C
Nasceu dia 25 de dezembro;
nasceu de uma virgem;
teve 12 discípulos;
praticou milagres;
morreu crucificado;
ressuscitou no 3º dia;
era chamado de “A Verdade”, “A Luz”
veio para lavar os pecados da humanidade;
foi batizado;
como deus, tinha um “filho”, chamado Zoroastro.
Attis (Frígia – Roma) 1200 a.C.
Nasceu dia 25 de dezembro;
Nasceu de uma virgem;
Foi crucificado, morreu e foi enterrado;
Ressuscitou no 3º dia;
Krishna (hindu – índia) 900 a.C
Nasceu dia 25 de dezembro;
Nasceu de uma virgem;
uma estrela avisou a sua chegada;
Fez milagres;
Após morrer, ressuscitou.
Dionísio (Grego) 500 a.C
Nasceu de uma virgem;
Foi peregrino (viajante);
transformou água em vinho;
Chamado de Rei dos reis, Alpha e ômega;
Após a morte, ressuscitou;
Era chamado de “Filho pródigo [sic] de Deus
Existem outros deuses com características muito semelhantes a estes. Estes são os mais conhecidos porque co-existiram com a nova religião, chamada de cristianismo. Ou seja, quando o cristianismo surgiu, tais deuses ainda eram adorados. Este fato é o alicerce que sustenta a teoria do plágio cristão.
Vejam que as informações acima são as mais usadas para se alegar o plágio, por se assemelharem muito com o relato bíblico de Jesus.
Explicando a mitologia
Vejamos porque esses deuses possuem tais características, tão iguais uns com os outros:
Os deuses de mistérios, na sua totalidade, possuem influências astrológicas. O deus maior é o Sol, a luz do mundo, o “salvador”. O Sol é facilmente considerado como deus, pois tais características são muito boas para um “salvador”. Ele traz vida, aquece, dá luz, etc.
O Solstício de inverno
Um fenômeno conhecido desde a antiguidade são os solstícios, e no dia 22 de dezembro, ocorre o início do solstício de inverno (hemisfério norte), no qual o sol tem o seu ponto mais baixo no horizonte, devido à inclinação do eixo terrestre. Este ponto mais baixo permanece por um período de três dias, e, no dia 25 de dezembro, O sol sai deste ponto, subindo 1 grau e voltando, gradativamente, ao seu ponto mais alto, completando e finalizando assim o solstício de verão.
Estrela Sirius e Constelação de três reis
A estrela que brilha mais forte no céu é a estrela Sirius, que no dia 25 de dezembro fica alinhada à constelação de 3 reis (Marias aqui no Brasil). Este alinhamento aponta diretamente ao sol.
Sendo assim, o sol, saindo do solstício de verão “renasce”, movendo-se 1 grau para o norte depois de três dias (22-25) e quando renasce, é sinalizado pela estrela Sirius, seguida pela constelação de três reis, formando assim um alinhamento entre os três.
Entende-se que as mitologias surgiram, ou tiveram como base, estes fenômenos. O Sol, renascendo, é sinalizado pela estrela, que, formando um alinhamento com a constelação de reis e o sol, nos mostra a constelação seguindo a estrela e indo em direção ao Sol (salvador).
Então, temos a mitologia criada, de que o salvador foi sinalizado por uma estrela e que três reis foram até o salvador seguindo a estrela. Tal informação se assemelha com o relato do nascimento de Jesus. Veja a imagem abaixo:
25/12
Alinhamento estelar entre o Sol, a estrela Sírius e a constelação de três reis (três marias) no dia 25/12
Cruzeiro do Sul
O mesmo fenômeno é comparado com a crucificação, quando o Sol termina o solstício de verão e fica neste período por três dias (enterrado) e ressurge (ressuscita) ao 3º dia. Tal comparação com a crucificação é devido á outro alinhamento estelar, este, com o cruzeiro do sul no dia 22. Ou seja, o sol é crucificado com o cruzeiro e ressurge no 3º dia (ressuscita) dia 25.
22/12
Alinhamento do sol com o cruzeiro do sul, no final do solstício de verão.

Jesus, um plágio?

Vamos agora pesquisar acerca de Jesus e verificar as semelhanças entre ele e os deuses de mistérios no quesito nascimento.
Obviamente, temos que concordar que as semelhanças são extremamente “desconcertantes”, mas elas persistem apenas para os que são ignorantes com relação a alguns fatos.
As informações apresentadas pelos críticos da religião cristã são, de certa forma, resumidas. Os céticos apresentam apenas o que lhes convém, para afirmar suas alegações. Apresentam somente as semelhanças, e ignoram completamente as diferenças.
Nascimento no dia 25.
Infelizmente, os céticos ignoram a verdadeira informação sobre o “nascimento” de Jesus no dia 25. Tal data foi adotada pela ICAR (católica) no final do 3º século. O cristianismo era contemporâneo ao mitraísmo e as duas religiões dividiam fiéis na sua época. Como Mitra “nasceu” no dia 25, por conveniência, o Catolicismo adotou a mesma data para o nascimento de Jesus. Além disso, adotou trajes, costumes e rituais pagãos do mitraísmo. Vejam o texto abaixo:
...A celebração do Natal Cristão em 25 de dezembro surgiu por paralelo com as solenidades do Deus Mitra, cujo nascimento era comemorado no Solstício (de inverno no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul). No calendário romano este solstício acontecia erroneamente no dia 25, em vez de 21 ou 22. Os romanos comemoravam na madrugada de 24 de dezembro o "Nascimento do Invicto" como alusão do alvorecer de um novo sol, com o nascimento do Menino Mitra. Já foram encontradas figuras do pequeno Mitra em Treveris e a semelhança com as representações cristãs do Menino Jesus são incontestáveis.
Estas semelhanças aparecem depois que o Catolicismo foi fundado, no final do 3º século...

...Com o cristianismo oficializado no Império Romano, pelo Edito de Milão, expedido por Constantino, os cristãos rapidamente tomaram os postos dos sacerdotes pagãos na sociedade, inclusive mantendo as festas, rituais, vestimentas e indumentárias pagãs. Em Roma o papa cristão passou a ser o Pontífice, substituindo de maneira pomposa o anterior chefe religioso pagão. Constantino também está ligado a ele, esse legado concedido ao papa traria a unificação das religiões no império até porque o culto a Mitra oferecia semelhanças com o cristianismo. A conceituação de Deus como um sol, não somente por causa da facilidade com que esta alegoria se aplica a Deus, mas ainda porque os cristãos já a encontraram pronta nos cultos em seu em torno, e o mantiveram a interesse, como forma de solidificar um estado forte.
Fonte: Wikipédia
Sendo assim, vemos que as semelhanças de culto mais visíveis foram originárias do século III pela igreja católica. O Objetivo era, principalmente, político. Devido ao ecumenismo praticado pela igreja católica, criou-se a data COMEMORATIVA do nascimento de Jesus como sendo em 25 de dezembro, por conveniência e para a fácil aceitação dos pagãos. Visando a conversão deles, estabeleceu-se esta data.
Proclamação do 25 de Dezembro depois de Cristo.
Em 274 d.C o Imperador Aureliano proclamou o dia 25 de dezembro, como "Dies Natalis Invicti Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável). O Sol passou a ser venerado. Buscava-se o seu calor que ficava no espaço muito acima do frio do inverno na Terra. O início do inverno passou a ser festejado como o dia do Deus Sol.
Ou seja, o dia 25 de dezembro foi proclamado depois do nascimento de Jesus. Então os deuses de mistério também não nasceram no dia 25 de dezembro. Eles nasceram no solstício de inverno e não no dia 25.
Como vemos, a data de nascimento de Jesus é uma data comemorativa, que foi oficializada quase 400 anos depois de seu nascimento. Isso ocorre porque a bíblia não nos dá a informação exata sobre a data do seu nascimento. Apenas especulando, conseguimos descobrir mais ou menos a época em que Jesus nasceu.
Calendários - A verdadeira confusão
Outro fato que invalida o impossivel plágio envolvendo o cristianismo, é exatamente a data de 25 de dezembro. Nos tempos de Jesus e nos milênios anteriores, não existia um sistema de calendário fixo para vários países ou povos. Cada um tinha o seu. Os calendários sempre eram confusos e muito diferentes um dos outros.
Muitas vezes, a sucessão de um novo rei, por ordem deste, era modificado o calendário a seu gosto e liberdade. Um exemplo disso é na própria bíblia. Não encontramos nenhum texto onde as pessoas comemoravam aniversários, por exemplo. Ou seja, as pessoas não sabiam em que data nasceram devido a tantas mudanças.
O calendário que adotamos hoje é uma forma recente de contar o tempo. Foi o Papa Gregório XIII que decretou o seu uso através da Bula Papal "Inter Gravissimus" assinada em 24 de fevereiro de 1582. A proposta foi formulada por Aloysius Lilius, um físico napolitano, e aprovada no Concílio de Trento (1545/1563). Nesta ocasião foi corrigido um erro na contagem do tempo, desaparecendo 11 dias do calendário. A decisão fez com que ao dia 4 de outubro de 1582 sucedesse imediatamente o dia 15 de outubro do mesmo ano. Os últimos a adotarem este calendário que usamos foram os russos em 1918.
Reparem que as alegações dos críticos sobre o plágio está totalmente baseada no dia 25 de dezembro do calendário atual. Como podem alegar um plágio utilizando uma data que talvez não existisse? Quem diz que no egito do ano 3000 a.C. existia o mês de dezembro? E em Roma?
Os calendários dos povos antigos eram baseados sempre pelas estações do ano e fases da lua. Porém hoje, sabemos que as fases da lua não seguem uma cronologia correta, fazendo com que esse erro seja corrigido a cada 4 anos, ou seja, todo ano, sobram 6 horas.
Agora imaginem um povo que não tinha conhecimento disso! Imaginem a confusão que isso causava nos calendários! Junte isso com os manda-desmanda de reis e imperadores (Julío Cezar e Cesar Augusto, criadores do mês de julho e agosto, por exemplo). A confusão tá montada e a data correta furada!
O calendário Judaico é composto da seguinte forma: Os anos têm 353 dias quando são "defeituosos", 354 os "regulares", e 383 dias os "perfeitos" ou "abundantes". O Rosh Hashana (Ano Novo - 7 de outubro do nosso) dá in¡cio ao per¡odo de dez dias de penitência, que vai até o Yom Kipur, Dia do Perdão. O calendário israelita é lunissolar, com anos solares e meses lunares. Para se ajustar os meses ao ano solar, intercala-se um mês nos anos 3, 6, 8, 11, 14, 17 e 19 de um ciclo de 19 anos. Os meses são fixados alternadamente com 29 e 30 dias. Sempre em ordem e essa ordem não falhava, justamente por considerar apenas os movimentos observados da Lua e Sol. O calendário Judeu nunca sofreu modificações por parte de reis e governadores , sendo o mesmo até hoje.
Se Jesus fosse mito, este mito teria sido criado por judeus, sendo judeus, teriam criado sua data no mês de Dezembro e no dia 25? O mês de dezembro não existe no calendário judeu. Sendo dezembro o último mês do ano, então o último mês do ano judaico seria setembro e não dezembro no nosso calendário. Então, sendo Jesus criado por judeus, ispirando-se pelo solstício, teria nascido no 2º mês judaico e não no 12º.
O Decreto
A comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto. O Papa Júlio I decretou em 350 que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, substituindo a veneração ao Deus Sol pela adoração ao Salvador Jesus Cristo. O nascimento de Cristo passou a ser comemorado no Solstício do Inverno em substituição às festividades do Dia do Nascimento do Sol Inconquistável.

Datação do Nascimento de Jesus

Jesus nasceu durante a vida de Herodes, o Grande, que os romanos haviam designado para governar a Judéia. Os calendários são contados a partir do ano em que se supõe ter nascido Jesus, mas as pessoas que fizeram essa contagem equivocaram-se com as datas: Herodes morreu no ano 4 a.C., de modo que Jesus nasceu 3 anos antes, a quando dos censos do povo Judeu, que ocorreu, exatamente, 1 ano após os censos dos outros povos também subjugados ao poder Romano. Estes censos ocorreram para facilitar aos Romanos a contagem do povo e a respectiva cobrança dos impostos. Os Judeus sempre se opuseram a qualquer tentativa de contagem, por essa razão, esta ocorreu um ano depois de ter ocorrido nos povos vizinhos.
A data de nascimento de Jesus é muito discutida. Devido a falhas do calendário há quem diga que Jesus teria nascido por volta do ano 6 d.C.. Porém, considerando que Jesus nasceu pouco tempo antes da morte de Herodes isto coloca-nos numa data anterior a 4 a.C..
Outra ajuda que temos para facilitar a localização da data do nascimento de Jesus foi que este ocorreu quando José foi a Belém com sua família para participar do recenseamento.
Os romanos obrigaram o recenseamento de todos os povos que lhes eram sujeitos a fim de facilitar a cobrança de impostos, o que se tornou numa valiosa ajuda na localização temporal dos fatos, uma vez que ocorreu exatamente 4 anos antes da morte de Herodes, no ano 8 a.C..
Entretanto, os Judeus tomaram providência no sentido de dificultar qualquer tentativa por parte dos ocupantes em contar o seu povo, pelo que, segundo a história, nas terras judaicas este recenseamento ocorrera um ano depois do restante império romano, ou seja, no ano 7 a.C.. Em Belém, o recenseamento ocorrera no oitavo mês, pelo que se concluiu que, Jesus nascera provavelmente no mês de Agosto do ano 7 a.C..
Outros fatos também ajudam a estimar a data exata. Conforme é relatado pelos textos bíblicos, no dia seguinte ao nascimento de Jesus, José fez o recenseamento da sua família, e um dia depois, Maria enviou uma mensagem a Isabel relatando o acontecimento.
A apresentação dos bebês no templo, bem como a purificação das mulheres teria de ocorrer até aos vinte e um dias após o parto. Jesus foi apresentado no templo de Zacarias, segundo os registros locais, no mês de Setembro num sábado. Sabe-se que Setembro do ano 7 a.C. teve quatro sábados: 4, 11, 18 e 25. Como os censos em Belém ocorreram entre 10 e 24 de Agosto, o sábado de apresentação seria o de 11/09. Logo Jesus teria nascido alguns dias depois de 21 de Agosto do ano 7 a.C..
Fonte: Wikipédia
A importância do nascimento
Biblicamente falando, o nascimento não tem a mesma importância do que a morte de Jesus. Na doutrina cristã, o que de fato importa é a morte de Jesus e não seu nascimento. Cremos que a data é omitida justamente para que não se tornasse data de culto, como no caso do natal, o qual tornou-se cultuada pela ICAR e atualmente, pelo comércio. Já a morte de Jesus, temos a data correta. Sexta-feira, dia 14 do mês de Nissan (abril) do ano 26 d.C (baseando-se no nascimento em 7 a.C)
Plágio refutado.
Como as mitologias dos deuses de mistério se baseiam principalmente no quesito “nascimento no dia 25 de dezembro”, a teoria do plágio está refutada já pela raiz. Pois Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, os deuses também não nasceram no dia 25 de dezembro, a estrela que sinalizou o nascimento de Jesus não apareceu no dia 25 de dezembro, os calendários de cada povo eram diferentes um do outro e os reis foram até Jesus em agosto e não em dezembro. Tal data foi firmada em 350 por um decreto, substituindo a adoração ao sol por Jesus, quando o cristianismo foi oficializado como religião do império.
A data de 25 de dezembro, nascimento de Mitra, foi proclamada no ano de 274 d.C. Sendo assim, é mentira pura a história de que os deuses de mistérios nasceram do dia 25. Todos os deuses é que plagiaram a data de nascimento de Mitra. Todos os deuses de mistério, que nasciam no solstício de inverno, assim como Mitra, passaram, a partir do ano de 274 a nascerem no dia 25, plagiando assim a data de Mitra, deus romano da época. Jesus nasceu 274 anos antes desta proclamação.
Hórus, Mitra, Attis, Khrishna, Dionysio, e tantos outros, nasceram no solstício e não no dia 25 de dezembro.
Ignorância cética
A Ignorância dos céticos ou até mesmo o preconceito com o cristianismo impossibilita-os de analisar algumas informações com maior atenção aos registros bíblicos.
Os Três reis magos
Não se sabe ao certo porque os homens vindos do oriente foram denominados como reis, porém uma coisa é certa, não é o que está escrito na bíblia. Ela não afirma em nenhum momento que tais homens eram reis, mas ela afirma que eles eram magos viajantes. Vejamos:
NVI
Mateus 2:1 - Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do oriente chegaram a Jerusalém
Almeida Corrigida e Fiel
Mateus 2:1 - E, TENDO nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém,
NTLH
Mateus 2:1 - Jesus nasceu na cidade de Belém, na região da Judéia, quando Herodes era rei da terra de Israel. Nesse tempo alguns homens que estudavam as estrelas vieram do Oriente e chegaram a Jerusalém.
King James
Mateus 2:1 - Now when Jesus was born in Bethlehem of Judaea in the days of Herod the king, behold, there came wise men from the east to Jerusalem.
Podemos colocar todas as versões e línguas, que não encontraremos a descrição de “REIS”, dada aos viajantes, estudiosos das estrelas e magos. Apenas temos estas descrições destes homens, mas nunca como reis.
A descrição de “reis” foi oficializada por São Beda, o Venerável (673-735), que deu detalhes de tais “reis” magos, dando até mesmo nomes e fisionomias a eles e as regiões de onde vieram (cada um de uma). Porém, mesmo carecendo de fontes comprobatórias, acabou sendo adotado como verdade pela Igreja Católica depois do 7º século.
Pensa-se que a descrição de “reis” é derivada de uma profecia do AT. Vejamos:
exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento da profecia contida no livro dos Salmos (Sl. 71, 11): “Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo”. Fonte: Wikipédia
Temos aí o possível motivo para a ICAR adotar o termo “reis” para estes viajantes. Porém tal profecia geralmente não é interpretada como sendo cumprida em Jesus quando esteve na terra, mas sim quando Ele voltar (2ª vinda), no apocalipse, onde todos os reis da terra irão adorá-lo:
Apocalipse 15:4 - Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos”.
21:24 - As nações andarão em sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória.
Três reis?
Outra questão é que a quantidade de reis não é obtida pela narrativa bíblica. Não encontramos a informação de que foram três (3) homens até Jesus seguindo a estrela. Este número foi obtido devido ao número de presentes, que foram três: Ouro, Incenso e Mirra.
Os Três Reis Magos ou, simplesmente, Magos são personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após seu nascimento (Evangelho de Mateus). A Escritura dizuns magos, que não seriam, portanto, reis nem necessariamente três e, sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica (Zoroastro – possível “filho” de Mitra) da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos. Fonte: Wikipédia
Astrólogos, Astrônomos e a Estrela Guia
Os homens que foram levados pela estrela possivelmente eram astrólogos e astrônomos. Sabemos que eram astrólogos primeiramente porque sua religião era possivelmente persa zoroástrica (porque vinham do oriente) e seguiam a estrela porque sabiam que era o sinal de um rei. Tal interpretação do sinal foi obtido justamente por conhecerem o fenômeno da estrela Sirius apontando para o sol, mas desta vez com um diferencial, ela ia em direção a um rei humano. Portanto, sabemos que eles estudavam as estrelas e conheciam muito bem a nossa estrela Sirius.
Vamos analisar os detalhes sobre a estrela Sirius:
Do ponto de vista histórico, Sirius sempre foi o centro das atenções, fruto de um significado muito especial dado pelas mais diversas culturas. Foi alvo de adoração sob a alcunha de Sothis no Vale do Nilo do Egito, muito antes de Roma ter sido fundada, tendo sido construídos diversos templos de forma a permitir que a luz de Sirius penetrasse em seus altares internos. Crê-se que o calendário egípcio seria baseado na ascensão helíaca de Sirius, a qual ocorre um pouco antes das cheias anuais do rio Nilo e do solstício de verão.Fonte: Wikipédia
De acordo com o texto, a estrela Sirius sempre esteve presente na mitologia de muitos povos, principalmente os egípcios. Então, a estrela Sirius, sempre esteve lá e os magos que foram a Jesus certamente a conheciam. Então como os críticos explicarão este texto a nós?
Mateus 2: 7 - Então Herodes chamou os magos secretamente e informou-se com eles a respeito do tempo exato em que a estrela tinha aparecido.
Vejam que os magos foram atrás da estrela porque ela era NOVA. De acordo com o versículo 16, sabemos que tal estrela havia aparecido num período máximo de dois anos.
Como poderiam três homens estudados em astronomia e astrologia confundirem-se, seguindo uma estrela achando que era a Sirius? Isso é de certa forma improvável.
Outro detalhe é que tal estrela não seguia uma seqüência rotacional planetária como qualquer outra estrela e constelação. Os homens seguiram a estrela por um período de dois anos, em um único sentido talvez, até chegar a Jesus. Se tal estrela fosse a Sirius, eles teriam dado duas voltas no mesmo lugar e nunca teriam chegado a Belém. Ou seja, tal estrela não seguia o padrão rotacional do planeta. Ela era independente dele.
Os pastores
Seguindo a narrativa bíblica, sabemos que além dos estudiosos, foram guiados por anjos alguns pastores até Jesus recém-nascido. Vejamos:
Lucas 2:8 - Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos.(...)
(...)15 Quando os anjos os deixaram e foram para os céus, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos deu a conhecer”.
16 Então correram para lá e encontraram Maria e José, e o bebê deitado na manjedoura.
17 Depois de o verem, contaram a todos o que lhes fora dito a respeito daquele menino,
18 e todos os que ouviram o que os pastores diziam ficaram admirados.
Nas histórias mitológicas não encontramos nada parecido com isto. Supõe-se que os magos eram ricos por serem pessoas estudadas. E pastores geralmente eram pessoas muito pobres (na época de Jesus). Uma possível interpretação é que Jesus seria adorado tanto por ricos como por pobres. Nas narrativas dos deuses, geralmente, os personagens de suas histórias são ricos, poderosos e tiranos.
Pastores – Jesus recém-nascido.
Magos – Jesus tinha ou quase tinha dois anos de idade.
Plágio refutado.
A comparação do relato bíblico dos homens do oriente com a mitologia acerca da estrela Sirius com a constelação de três reis é infundada, pois as semelhanças são muito superficiais comparadas com as diferenças.
Os homens que presentearam Jesus não eram reis, não eram três (3) e não seguiam a estrela Sirius, mas uma estrela nova que havia aparecido há dois anos no máximo.
Jesus também foi visitado por pessoas pobres no seu nascimento, diferente dos deuses que eram cercados apenas de outros deuses ricos e poderosos.
Nascimento Virginal
Esta semelhança é incontestável, ou seja, nasceu de uma virgem, então nasceu de uma virgem. Mas vamos prestar atenção nos dois deuses de mistérios que mais se assemelham com Jesus. Mitra e Horus.
Para se ter um nascimento virginal, obrigatoriamente, a mulher não pode ter tido qualquer tipo de relação sexual. Então como explicamos a união entre os deuses mãe e pai de Horus e Mitra?
Os pais destes dois deuses são também deuses. 
Horus foi concebido por relação da deusa Isis-Meri com o deus Osíris;
Mitra foi concebido por relação da deusa Anahira com o deus Aúra-Masda.
Outro fato é que, o que se sabe sobre estes deuses são através de desenhos. Não se tem notícias de nada escrito pelos seguidores dos mesmos. Como então desenhar uma mulher virgem? A única diferença entre uma virgem e uma não-virgem é interna. Teriam seus seguidores desenhado as genitálias femininas com o hímem intacto? Óbvio que não. Então de onde tiraram a informação de que as suas mães eram virgens? Pelo que sabemos, não existe nada que afirme isso confiavelmente.
Jesus foi concebido pelo espírito, em forma espiritual, sem relação, dentro de uma humana. Espíritos não tem relações sexuais com pessoas vivas.
Jesus é diferenciado por um detalhe interessante. As escrituras dizem que Deus se fez carne na pessoa de Jesus. Ou seja, Deus se desfez de sua glória e tornou-se homem na pessoa de Jesus. Com os deuses de mistérios, nada disso acontece.
Deus nasceu como homem através de Jesus e morreu como homem. Os deuses de mistérios nasciam e ressuscitavam infinitas vezes, justamente para completar os períodos do ano ou de dias.
Os judeus copiaram tradições pagãs?
O que se crê hoje em dia, a exemplo do "magnânimo" Richard Dawkins, em seu famoso e ridículo livro "Deus, um delírio", é que os evangelistas, na intenção de criar o mito Jesus, inseriram tradições religiosas pagãs na nova doutrina, para conseguir dar a Jesus um status de deus com um nascimento virginal, assim como outros deuses.
Suas afirmações, igualmente aos céticos de outros séculos atrás (os argumentos de Dawkins são um bocado velhos) estão baseadas em suposições totalmente infundadas e baseadas em puro preconceito.
Pois bem. Todos os evangelistas eram judeus, sem exceção. Sabemos, tanto pela história como pela bíblia que, os judeus, não tinham costumes ecumênicos. Aliás eles eram extremos neste ponto. A religião não admitia a adoração de outros deuses e muito menos agregar virtudes destes em sua religião. Após o exílio até a destruição do 2º templo, o judaísmo passou por uma "purificação" das idolatrias que haviam se erguido dentro de Israel. Jesus esteve presente neste período, justamente o mais rigoroso com relação a proibição de adoração a outros deuses.
É errado pensar que os evangelistas adotaram o nascimento virginal de Mitra, sendo que eles não toleravam o paganismo. Paulo era um judeu devoto e sabia que o nascimento virginal era ou não era real. Como sendo judeu, se fosse falso, não o admitiria, por ser uma adaptação do mitraísmo, porém, judeu devoto, reconheceu o nascimento virginal de Jesus, como atributo para que ele fosse Deus.
Não temos razões para aceitar que os judeus copiariam um atributo de um deus pagão à Jesus, sendo que eles não admitiam tal. Ou seja, para que aceitassem tal atributo, igual à de um deus pagão, é porque tal atributo aconteceu de fato.
Outro fato importante é a situação de um Messial esperada pelos judeus. Eles aguardavam um messias com descendência Davítica, e certamente, criam que este seria fruto de um relacionamento normal entre pai e mãe. Ora, a descendência real vinha de pai para filho, e não de mãe para filho. Assim, para os judeus, o Messias nasceria de forma comum, sem a necessidade de um nascimento milagroso. Em nada contribuiria para o cristianismo uma invenção como esta, se caso realmente não tivesse acontecido. Os pais da Igreja e os evangelistas estavam certos do nascimento virginal assexuado, por isso divulgaram esse fato.
Consepção por penetração
O historiador e erudito R. E. Brown ainda comenta: “Paralelos não judaicos têm sido encontrados nas religiões mundiais (O nascimento de Buda, de Krishna e do filho de Zoroastro), na mitologia greco-romana, nos nascimentos dos faraós (com o deus Amon-Rá agindo através do seu pai) e nos nascimentos sensacionais dos imperadores e filósofos (Augusto, Platão etc...). Mas esses ‘paralelos’ sempre envolvem um tipo de hieros gamos em que um macho divino, em forma humana ou outra, insemina uma mulher, seja através do ato sexual normal, seja por meio de uma forma substituta de penetração.
Eles não são realmente semelhantes à concepção virginal não-sexual que está no âmago das narrativas da infância de Jesus, concepção esta em que nenhum elemento ou deidade macho insemina Maria...
Portanto, nenhuma busca por paralelos nos tem dado explicação verdadeiramente satisfatória de como os primitivos cristãos chegaram à idéia de uma concepção virginal – a menos, é claro, que ela realmente tenha acontecido historicamente” (Revista Defesa da Fé, Nº 41).
Para uma explicação mais detalhada sobre o nascimento viginal, clique aqui.
Plágio Refutado
Com as informações acima, vemos que Jesus definitivamente não é um plágio no quesito “nascimento virginal”. Para ser o messias judaico, Jesus não precisava nascer de forma milagrosa. Isso Nào mudaria a opinião dos judeus se de fato não tivesse ocorrido.
Jesus e seus 12 anos
O único relato que temos de Jesus acerca de sua infância está em Lucas 2:42, que conta o “problema” que Jesus causou em seus pais. Jesus acabou ficando em Jerusalém e três dias depois seus pais voltaram para a cidade onde o encontraram ensinando aos sacerdotes e debatendo com eles. Neste pequeno trecho, vemos que Jesus já era inteligente e possuía conhecimento das escrituras, ao ponto de Ele discutir e ensinar os sacerdotes.
Já os deuses de mistérios, no caso Hórus, quando supõe que tais deuses tinham 12 anos de idade, eram garotos prodígio, que faziam coisas sobrenaturais e todos os temiam. Não vemos esse tipo de atitude de Jesus para com os outros. Pelo contrário, vemos que ele, mesmo na adolescência, era obediente e estudiosos das escrituras, e que cresceu em estatura e graça. Não vemos mágicas, prodígios ou qualquer outra coisa, além da obediência dEle.
Outro fato é que esta semelhança não foi até hoje encontrada em nenhum escrito, desenho ou relevo egípcio que diga que Hórus um dia teve 12 anos. Esta afirmação é recente e só foi "catalogada" como sendo uma característica de Hórus depois da descoberta da tradução de hieróglifos e esta tradução nunca trouxe esta informação.
Parece haver algumas coincidências sobre o número 12. Não posso absolutizar nada, mas muitas coisas levam à esse número. Foram 12 os apóstolos, único relato de Jesus adolescente são aos 12 anos, 12 são as tribos de Israel, Jesus curou uma menina que tinha 12 anos, dentre outros detalhes que nos levam a este número.
O porquê disto infelizmente não podemos responder, mas creio que algo especial Deus tem com este número, tão significativo em vários textos.
Semelhanças d.C.
O termo "Semelhanças d.C." foi inventado por mim para ilustrar características dos deuses que foram evidenciadas em tempos pós Cristo. Ou seja, tais evidências só foram encontradas e datadas depois do nascimento de Jesus, evidenciando que houve uma espécie de "plágio" da parte dos deuses de características exclusivas de Jesus. Vejamos:
Batismo e ministério aos 30; 
12 discípulos;
Crucificação;
3 dias enterrado;
Ressureição;
Os adjetivos como Filho de Deus, ou cordeiro de Deus;
Remissão de pecados.
Batismo e ministério aos trinta anos
Os críticos alegam que essa informação acerca de Jesus também corresponde a um plágio derivado da religião egípcia e que Horus também teria sido batizado e começado seu ministério aos 30 anos.
Hórus nasceu como deus e foi adorado como deus desde o seu nascimento. A data do surgimento deste deus é tão antiga que impossibilita o “batismo”, pois tal prática não existia na época (nada na história da arqueologia afirmou o batismo em data tão antiga).
Hórus não teve um ministério. Ele não precisava disso. Ele nasceu deus e era adorado como deus. Jesus era homem (mesmo sendo na essência Deus) e necessitava de um ministério para ensinar e pregar as boas novas. Ministério é o ato de se dispor para ser servo e ensinar os outros acerca de algo. Hórus nunca foi servo, sempre foi rei. Jesus lavou os pés de seus discípulos, veio para ser servo.
Reparem que todos os deuses de mistério, como Cristo, foram crucificados, foram enterrados e ressuscitaram ao 3º dia, tinham 12 discípulos, foram batizados aos 30 anos, etc.

Um fato que os críticos não expõem é que não foram encontradas até hoje evidências de que a mitologia desses deuses ensinava que eles tinham 12 discípulos, que eles foram crucificados, que realizavam milagres e que ressuscitaram 3 dias depois de morto e que foram batizados, etc. Nada na arqueologia provou algo em relação a isso datado antes do nascimento de Jesus.

Um exemplo é o deus Mitra. As informações que temos desse deus é que ele nasceu de uma virgem, perdoou pecados, morreu crucificado e ressuscitou 3 dias depois. Porém tais evidências só são encontradas com datas superiores há 300 anos d.C, ou seja, os desenhos (sempre desenhos) foram feitos pelo menos 300 anos depois da morte de Jesus. Os detalhes são tão parecidos que evidenciam o paganismo adotando detalhes do cristianismo. Isso seria muito comum em se tratando de uma religião politeísta onde seus deuses se associam com outros e vice-versa.
Porque todos os deuses tem detalhes tão iguais, sendo que a arqueologia não confirma tais detalhes atribuídos a esses deuses que datem de um período anterior ao cristianismo?
Crucificação
A crucificação não era mitologia. Morte por crucificação foi uma punição largamente utilizada por persas, gregos e romanos. Os críticos alegam que esta era uma mitologia e que Jesus não foi crucificado porque crucificação é mitologia, vinda da morte do sol alinhada ao cruzeiro do sul. Vejamos então esta informação:
Crucificação ou crucifixão era um método de execução tipicamente romano, primeiramente reservado a escravos. Crê-se que foi criado na Pérsia, sendo trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente, sendo então copiado dos cartagineses pelos itálicos. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo era olhado com profundo horror. O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite. O flagelo era cometido o réu estando preso a uma coluna.
No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.
As palavras em grego e latim para "crucificação" se aplicam a diferentes formas agonizantes de execução, do empalamento em estacas, fixado em árvores, em postes, em patíbulos ou vigas transversas. Se em viga transversa, esta seria carregada pelo condenado sobre seus ombros até o local da execução. Um cruz inteira pesava mais de 130 Kg. A viga transversa podia pesar entre 35 e 60 Kg.
Fonte: Wikipédia
Seria um absurdo dizer que a crucificação é pura mitologia. Até a pouco tempo, a história da crucificação de Cristo utilizando pregos, era contestata por diversos estudiosos. Alguns críticos nos dizem que a crucificação está ligada com o cruzeiro do sul, e que isso é mitologia. Porém a arqueologia diz diferente.
Os críticos também alegam que o simbolo da Cruz é um mero plágio dos símbolos Zodiacais. Vejam a imagem abaixo:
Cruz Zodiacal
Cruz Zodiacal. Os críticos alegam que a cruz cristã é plagio deste símbolo.
Alega-se que o símbolo cristão (cruz) é uma adaptação da cruz que aparece nesta imagem acima. Esse pensamento existe porque basea-se num tipo de cruz que é chamada "Cruz Celta":
Cruz Celta
Adaptação da cruz celta pelo cristianismo, após a catequização dos povos celtas
A semelhança é encontrada mais precisamente no centro da imagem zodiacal, onde as divisões dos signos formam uma cruz e o sol, ao centro destas linhas. Na Cruz celta, os críticos dizem que é o sol (salvador - circunferência) no centro da cruz, assim como Cristo. Infelizmente eles não sabem ou ignoram a informação de que esta cruz nada tem a ver com o cristianismo (apesar de cristãos usarem-na atualmente). É um talismã que significa força e dedicação ao trabalho e foi feita semelhante a cruz zodiacal, com quatro pontas iguais e, os católicos, após a catequização dos celtas, aumentaram a linha de baixo, formando uma cruz como a de cima.
Já o significado real da cruz zodiacal é meramente "climático". Os signos representam os meses, dividicos em 4 partes de três meses, ou seja, as estações. Vejam que a imagem mostra inclusive o planeta terra e os solstícios.
Estranhamente, este desenho deveria ser muito antigo, mas os desenhos do planeta e a sombra projetada pelo sol nele não se encaixam neste desenho, pois, para as culturas antigas, o planeta era reto, plano, e não esférico. Essa é uma evidência de que tal desenho não é tão antigo assim. Foi feito depois da descoberta de que a terra era redonda. Como poderia o cristianismo do século 1 copiar um símbolo que foi criado a poucos séculos atrás? (Em 1500 a crença no planeta plano era ainda muito forte).
A Descoberta
A crucificação é fato. Esse método de punição era largamente difundido em Roma. Vários corpos já foram encontrados com sinais de crucificação, porém nunca havia sido encontrado um com marcas de prego. Assim sendo, a crucificação de Cristo era falsa.
Então ocorreu uma revolucionária descoberta arqueológica em junho de 1968. Foram descobertos 4 túmulos em cavernas no local de Giv'at ha-Mivtar, ao norte de Jerusalém, perto do monte Scopus. Este grupo de túmulo escavados em pedra calcária (assim como o de Jesus) datam do período do 2º século antes de Cristo até 70 depois de Cristo. Ou seja, Inclui o ano 7 a.C (nascimento de Cristo) ao ano 26 d.C. (morte dEle). No total, foram encontrados ossos de 35 pessoas.
Em uma das urnas encontradas com os ossos, a umidade havia conservado melhor as ossadas, evidenciando marcas de morte por violência em 5 corpos: Por pancada de clava, por flecha e por crucificação. Os ossos foram examinados pelo Dr. N.Hass, do departamento de Anatomia da universidade hebraica e da faculdade de medicina de Hadassah.
No ossuário nº 4 (dos 15 encontrados) gravado com o nome Yohanan Ben Ha'galgal, foram encontrados os ossos de um homem adulto e de uma criança. Um grande prego de 20 cm tinha sido cravado no osso do calcanhar, e a duas pernas estavam fraturadas. Haas relata: "os ossos dos dois calcanhares foram transfixados por um grande prego de ferro. As tíbias tinham sido fraturadas intencionalmente. A morte foi causada por crucificação. (fraturas - exatamente igual aos ladrões junto a Cristo).
Esse é apenas um exemplo de que a crucificação é fato e não mitologia.
Agora o interessante: Os primeiros registros de crucificação foram encontrados em evidências persas, provenientes de pelo menos 1000 anos depois do surgimento do deus Mitra, adorado na pérsia. A crucificação só chegou no egito depois que este foi conquistado por Alexandre o Grande. Alexandre aprendeu com os persas o processo de crucificação e levou para todo o seu império. O surgimento do deus Horus é muito mais antigo que Alexandre. Então, como ele pode ser crucificado, sendo que os egípcios não sabiam o que era isso? Além do problema ignorado pelos críticos sobre a ausência de evidências arqueológicas anteriores ao cristianismo que diziam que tais deuses teriam morrido crucificados. Arqueologicamente falando, o primeiro relato documentado de um deus sendo morto por crucificação foi Jesus Cristo.
A mesma história se repete com outros deuses de mistérios. Isso tudo leva a pensar que, na verdade, tais detalhes destes deuses ou foram adotados do cristianismo, por não possuírem evidências anteriores a Jesus, ou foram forjadamente inseridos nas características destes deuses, justamente para desacreditar a fé cristã, assim como fazem cientistas evolucionistas para desacreditar a ciência criacionista (lei da biogenética de Haeckel por exemplo).
Outro fato é que tais deuses não deixaram nenhum registro completo de suas vidas. O que encontramos são apenas diversos desenhos, relevos, esculturas, etc, e que estes, são muito controversos. Já Jesus e sua vida foram relatados em detalhes como nunca vistos por um grupo de discípulos. Jesus deixou uma teologia extensa, porém simples, diferente de deuses de mistério que não deixaram praticamente nada, além de suas histórias mirabolantes. Vejam a história de Mitra, por exemplo.
Filho de Deus e outros adjetivos
Outro tipo de informação atribuída aos deuses de mistérios são os adjetivos largamente difundidos e ligados a Jesus Cristo, tais como:
Luz do mundo;
Salvador;
Filho de Deus;
Cordeiro de Deus;
Alfa e ômega;
Bom pastor;
A verdade;
Rei dos reis;
Luz do mundo – Este adjetivo é facilmente aplicado aos deuses, pois eles são associados ao sol, ou seja, a luz do mundo. Porém Jesus não deixa essa expressão como se ele trouxesse luz literalmente. Vejam:
Lucas 8:12 - Falando novamente ao povo, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”.
Jesus não está se referindo a luz do dia, ou luz de vida, que garante a sobrevivência na terra, mas sim da vida sem pecado, salvação.
Jesus também nos chama de Luz do Mundo. Um deus pagão jamais daria um título como este a um homem.
Salvador – Outro adjetivo facilmente atribuído ao sol. O sol salva a vida existente na terra. Porém para Jesus não é utilizado este termo semelhantemente aos deuses. Eles salvam a vida existente no planeta. Jesus diferentemente salva do pecado e da morte (espiritual). Traz salvação ao homem do seu pecado. Não tem nada a ver com salvar a vida existente da morte física.
Filho de Deus – adjetivo obviamente atribuído a qualquer divindade que fosse gerada por um deus. Jesus não é diferente. A diferença é que Jesus nos chamou assim também, já os deuses nunca atribuiriam tal "grandeza" a um homem.
Cordeiro de Deus, Alfa e ômega – Não existe nenhum registro nos mostrando que os deuses possuíam tais adjetivos. Podemos dizer que são exclusivos de Jesus, pois os únicos registros existentes destes adjetivos atribuídos a um deus é os de João nos seus livros. Cordeiro de deus é uma analogia ao cordeiro sacrificado num ritual judeu. O paganismo não sacrificava cordeiros em alusão a seus deuses, mas sim touros, por exemplo (mitraísmo). Sacrifícios de cordeiros eram quase que exclusivos dos judeus, e João utilizou o termo Cordeiro de Deus para Jesus sacrificado e imolado. Já o alfa e ômega é outro termo utilizado apenas por João e a informação de que Dionísio era o alfa e ômega não tem sustentação arqueológica afirmando tal. O que se especula é que existe a possibilidade, pois este título tem origem na Grécia, e João esteve cativo lá. Como ele escreveu seu evangelho aos gregos, pode ter usado o termo para exemplificar que Deus era o princípio e o fim. Apenas uma ilustração criada por João.
Bom pastor – Pastor do que? De ovelhas? Porque de homens eles não eram capazes. Tal adjetivo pode ser conferido a qualquer entidade que queira se mostrar benévola, caridosa, servil, amável, etc. Mas sabemos que os deuses de mistérios não eram assim. Eram deuses tiranos, corruptíveis (gregos), narcisistas, humilhadores e raras eram as vezes que tinham compaixão dos homens. Então, aplica-se esse adjetivo para “minimizar” as atitudes de tais deuses.
A Verdade – Tal título também pode ser visto como exclusivo de Jesus. Tal expressão vem do texto a seguir:
João 14:6 - Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.
O que ocorre aqui é um enxerto na descrição dos deuses, visando o descrédito de Jesus, assim, pega-se parte da mesma e aplica-se em um deus. Não existe nada, nenhum texto ou desenho que afirme que tais deuses se diziam ser “A Verdade”. Apenas escritos recentes sobre tais deuses dizem isso.
Rei dos reis – Tal descrição é comum em divindades. É um adjetivo facilmente aplicável à qualquer deus. A diferença é que Jesus reina sobre todos os reis do mundo. Já os deuses de mistérios sempre eram regionais. Não temos nada relatado acerca destes deuses que diz serem o Deus supremo sobre todos. Ao contrário, geralmente, tais divindades não eram as supremas, como por exemplo Zeus, o criador da terra e dos homens, era subordinado de Theos, o verdadeiro deus supremo, no qual a religião grega pouco enfatizava, por ser um deus incorruptível e que não praticava as barbáries que os deuses abaixo dele praticavam. Os gregos tinham tanto medo de Theos que procuraram pouco se aprofundar em seu conhecimento, e com o passar do tempo, este foi sendo esquecido, dando lugar ao tirano Zeus (céus) e Hades (inferno).
O termo teologia vem de Theos. Os evangelistas, ao descrever o Senhor Deus cristão, possivelmente utilizaram Theos para substituir o nome “Senhor Deus”, ilustrando que Deus (Theos) era o senhor soberano de toda a terra.
Esta hipótese é a base para o estudo do “Fator Melquisedeque”, que será explicado posteriormente.
A Remissão de Pecados
Outra fraude que é aplicada aos deuses é a “remissão” dos pecados. O termo pecado tem sua origem no povo hebreu. Talvez uma forma diferente de pecado era conhecida pelos outros povos, mas o termo pecado (desobediência às leis, conseqüentemente a morte espiritual) era conhecido apenas pelo povo semítico, posteriormente hebreu. O que ocorria em outras religiões era o erro de alguém que pedia perdão ao seu deus, mas não tinha consciência do que era o “pecado” (morte espiritual). Este ato foi registrado pela primeira vez em Genesis e não há registro mais antigo utilizando o termo “pecado”.
Entre outras palavras, os deuses não perdoavam ou redimiam pecados. Tal atitude era exclusiva de Deus (Jesus).
Refutando o plágio
A chave da questão é: Deuses de mistérios não possuem evidências anteriores a Jesus para que sejam afirmadas as informações acima a eles atribuídas. Sendo assim, até que se encontre algo, são os seus detalhes adotados do Cristianismo.

Cristianismo e Judaísmo - o Cumprimento

Por Norman Geisler

Cristianismo e Mitraísmo.
Uma apologia, por Dr. Norman Geisler.

Alguns críticos contemporâneos do cristianismo argumentam que essa religião não é baseada na revelação divina, mas foi emprestada das religiões de mistério, tais como o mitraísmo. O autor mulçumano Yousuf Saleem Chishti atribui doutrinas como a divindade de Cristo e a expiação a ensinamentos pagãos dos pais da igreja.

Teoria de fonte pagã. Chishti tenta demonstrar a vasta influência das religiões de mistério sobre o cristianismo:

“A doutrina cristã da expiação de pecados foi altamente influenciada pelas religiões de mistério, principalmente o mitraísmo, que tinha seu filho de deus e mãe Virgem, crucificação e ressurreição após expiação dos pecados da humanidade e, finalmente, sua ascensão ao sétimo céu.”

Ele acrescenta:

"Quem estudar os ensinamentos do mitraísmo juntamente com os do cristianismo, certamente se surpreenderá com a afinidade que é visível entre eles, tanto que muitos críticos são obrigados a concluir que o cristianismo é o fac-símile ou a segunda edição do mitraísmo (Chishti, p.87)".
Chishit descreve algumas semelhanças entre Cristo e Mitra:
Mitra foi considerado o filho de Deus, foi um salvador e nasceu de uma virgem, teve doze discípulos, foi crucificado, ressuscitou dos mortos no terceiro dia, expiou os pecados da humanidade e voltou para o seu pai no céu (ibid.,87-8)".

Avaliação: Uma leitura honesta do NT demonstra que Paulo não ensinou uma nova religião nem baseou-se em mitologia existente. As pedras fundamentais do cristianismo são tiradas claramente do judaísmo em geral e da vida de uma personagem histórica chamada Jesus.

Jesus é a origem da religião de Paulo. Um estudo cuidadoso das epístolas e dos evangelhos revela que a fonte dos ensinamentos de Paulo sobre a salvação era o AT e os ensinamentos de Jesus. Uma comparação simples dos ensinamentos de Jesus e Paulo demonstrará isso.

Ambos ensinaram que o cristianismo cumpria o judaísmo. Paulo, como Jesus, ensinou que o cristianismo era um cumprimento do judaísmo. Jesus declarou:

“Não pensem que vim abolir a Lei ou os profetas; não vim abolir, mas cumprir” (Mt 5.17). Jesus acrescentou: “A lei e os Profetas profetizaram até João. Desse tempo em diante estão sendo pregadas as boas novas do Reino de Deus, e todos tentam forçar sua entrada nele.É mais fácil os céus e a terra desaparecerem do que cair da lei o menor traço." (Lc.16.16,17).

O cristianismo de Paulo e de Jesus é bom conhecedor do judaísmo e está completamente alheio às seitas de mistério. Paulo escreveu aos romanos: “Porque o fim da lei é Cristo, para a justificação de todo o que crê” (Rm 10.4).
Ele acrescentou aos colossenses: “Ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou a celebração das luas novas ou dos dias de sábado. Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Cl 2.16,17).
O cristianismo ensinou que os seres humanos são pecadores. tanto Paulo quanto Jesus ensinaram que os seres humanos são pecadores. Jesus declarou:
“Eu lhes asseguro que todos os pecados e blasfêmias dos homens lhes serão perdoados” (Mc 3.28)Ele acrescentou em João: “ Eu lhes disse que vocês morrerão em seus pecados se vocês não crerem que eu Sou (aquele que afirmo ser), de fato morrerão em seus pecados.” (Jo 8.24).

Paulo declarou que todos os seres humanos são pecadores, insistindo em que “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23). Ele acrescentou em Efésios: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados” (Ef.2.1). Na verdade, parte da própria definição do evangelho era que“Cristo morreu por nossos pecados segundo as Escrituras” (1 Co 15.3).

O cristianismo ensinou que a expiação de sangue era necessária. Tanto Jesus como Paulo insistiram em que o sangue derramado de Cristo era necessário como expiação pelos nossos pecados .Jesus proclamou: “Pois nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45).

Ele acrescentou na Última Ceia: “Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados” (Mt 26.28).

Paulo também é enfático. Afirmou que em Cristo “temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus” (Ef.1:7).

Em Romanos, acrescentou: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (5.8).Referindo-se à páscoa do AT., ele disse: “Cristo nosso Cordeiro pascal foi sacrificado” (1 Co 5.7).
O cristianismo enfatizou a ressurreição de Cristo. Jesus e Paulo também ensinaram que a morte e o sepultamento de Jesus foram completados por sua ressurreição corporal. Jesus disse:“está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar ao terceiro dia” (Lc 24.46).
Jesus fez um desafio: ”Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias (...)Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo”( Jô 2.19,21).
Depois de ressuscitado dos mortos, seus discípulos lembraram-se do que ele disse. Então creram nas escrituras e nas palavras que Jesus havia dito (Jo 2.22;cf. 20.25-29).

O apóstolo Paulo também enfatizou a necessidade da ressurreição para a salvação. Aos romanos ele escreveu: “Ele (Jesus) foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação”(Rm 4.25).
Na verdade, Paulo insistiu que a crença na ressurreição era essencial para a salvação, ao escrever: “Se você confessar com a sua boca que Jesus Cristo é senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo” (Rm 10.9).

O cristianismo ensinou que a salvação é pela graça mediante a fé. Jesus afirmou que todas as pessoas precisam da graça de Deus. Os discípulos de Jesus lhe disseram: “Neste caso, quem pode ser salvo?”.
Jesus olhou para eles e respondeu: “para o homem é impossível, mas para Deus, todas as coisas são possíveis (Mt 19.25,26).
Em todo o evangelho de João, Jesus apresentou apenas uma maneira de obter a salvação graciosa de Deus: “Quem crê no Filho tem a vida eterna” (3.36; v.3.16;5.24;Mc 1.15).

Paulo ensinou a salvação pela graça mediante a fé, afirmando: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9; v. Tt 3. 5-7). Ele acrescentou aos romanos: “Todavia, àquele que não trabalha mas confia em Deus, que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça” (4.5).
Uma comparação dos ensinamentos de Jesus e Paulo sobre salvação revela claramente que não há base para especular sobre qualquer fonte dos ensinamentos de Paulo além dos ensinamentos de Jesus.
O cristianismo baseou-se no judaísmo e não no mitraísmo.
Na realidade, a mensagem de Paulo acerca do evangelho foi examinada e aprovada pelos apóstolos originais (Gl 1 e 2 ), demonstrando o reconhecimento oficial de que a sua mensagem não se opunha a de Jesus.

A acusação de que Paulo corrompeu a mensagem original de Jesus foi respondida a muito tempo por J. Gresham Machen na sua obra clássica A origem da religião de Paulo e por F. F. Bruce em Paulo e Jesus.
Origem da Trindade
Origem da Trindade: A doutrina cristã da Trindade não tem origem pagã. As religiões pagãs eram POLITEÍSTAS e PANTEÍSTAS, mas os trinitários são monoteístas. Os trinitários não são TRITEÍSTAS que acreditam em três deuses separados; eles são monoteístas que acreditam num deus manifesto em três pessoas distintas.

Embora o termo Trindade ou sua fórmula específica não apareçam na Bíblia, ele expressa fielmente todos os dados bíblicos. Uma compreensão precisa do desenvolvimento histórico e teológico dessa doutrina ilustra de forma ampla que foi exatamente por causa dos perigos do paganismo que o Concílio de Nicéia formulou a doutrina ortodoxa da Trindade. Pra um tratamento breve da história dessa doutrina, v. E. Calvin Beisner, (Deus em três pessoas). Dois clássicos nessa área são G.L. Prestige (Deus no pensamento patrístico) e J.N.D. Kelly, Doutrinas centrais da fé cristã.
Mitraísmo e cristianismo. Com base nisso é evidente que o cristianismo se originou do judaísmo e dos ensinamentos de Jesus. É igualmente evidente que ele não se originou do mitraísmo. As descrições de Chishti dessa religião são infundadas. Na verdade ele não dá referências para as semelhanças que alega. Ao contrário do cristianismo, o mitraísmo é baseado em mitos. Ronald Nash, autor de O cristianismo e o mundo Helenístico, escreve:

"O que sabemos com certeza é que o mitraísmo, tal como seus competidores entre as religiões de mistérios, tinha um mito básico. Mitra supostamente nasceu quando emergiu de uma rocha; estava carregando uma faca e uma tocha e usando um chapéu frígio. Lutou primeiro contra o Sol e depois contra um touro primevo, considerado o primeiro ato da criação. Mitra matou o touro, que então se tornou a base da vida para a raça humana (Nash, p.144)."

O cristianismo afirma a morte física e ressurreição corporal de Cristo. O mitraísmo, como outras religiões pagãs, não tem ressurreição corporal. O autor grego Ésquilo resume a visão grega: “Quando a terra tiver bebido o sangue de um homem, depois de morto, não há ressurreição”. Ele usa a mesma palavra grega para ressurreição, anastasis, que Paulo usa em 1 Coríntios 15 (Ésquilo, Eumenides, p.647). Nash observa:

“Alegações da dependência cristã primitiva do mitraísmo foram rejeitadas por várias razões. O mitraísmo não tem conceito da morte e ressurreição de seu deus nem lugar para qualquer conceito de renascimento – pelo menos durante seus primeiros estágios(...) Durante os primeiros estágios da seita, a idéia de renascimento seria estranha à sua visão básica (...) Além disso, o mitraísmo era basicamente uma seita militar. Portanto é preciso ser cético com relação à sugestões de que tenha atraído civis como primeiros cristãos".

Conclusão

Todas as alegações de dependência cristã para com as religiões gnósticas e de mistério foram rejeitadas por especialistas em estudos bíblicos e clássicos. O caráter histórico do cristianismo e a data antiga dos documentos do NT não oferecem tempo suficiente para desenvolvimentos mitológicos. E há uma falta absoluta de evidência antiga para apoiar tais idéias. O teólogo britânico Norman Anderson explica:

”A diferença básica entre o cristianismo e as religiões de mistério é a base histórica de um e o caráter mitológico das outras. As divindades das religiões de mistério eram apenas “figuras nebulosas de um passado imaginário”, enquanto o cristo que o kerigma apostólico proclamou que viveu e morreu poucos anos antes dos primeiros documentos do NT serem escritos. Mesmo quando o apóstolo Paulo escreveu sua primeira carta aos Coríntios, a maioria das cerca de quinhentas testemunhas da ressurreição ainda estava viva. (Anderson, p. 52-3).

Fonte: Enciclopédia de Apologética, Norman Geisler, Ed. Vida.
Também há evidências que revelam que a informação de que Mitra teria sido crucificado, morrido, ressuscitado e ascendido, surgiu apenas por volta de 400 d.C. Ou seja. A crença na crucificação e ressurreição de Mitra pode ter sido baseada no cristianismo, pois o politeísmo tem a prática de associação de deuses e utilização de mesmas mitologias. Guilherme Born.
Bibliografia
Deuses de mistérios:Zeitgeist, The Movie. A maior história de Todas - documentário.
Wikipedia.org

Bernacchi, Alfredo - Sinto muito, mas Jesus não existiu. E-book edição própria. 
Imagens solstícios e alinhamentos -
 Guilherme Born. (baseado no documentário Zeitgeist, The Movie. A maior história de Todas).
Imagens das cruzes 
- Google
Datação do nascimento de Jesus - 
Wikipedia.org
Reis Magos Wikipedia.org 
Bíblia de Estudos NTLH - Sociedade Bíblia do Brasil 
Bíblia de Estudos NVI - Sociedade Bíblica Internacional 
NVI Digital em Cd-rom - Sociedade Bíblica Internacional 
Cristianismo e Mitraísmo. Uma apologia, por Dr. Norman Geisler - Enciclopédia de Apologética, Norman Geisler, Ed. Vida.
Apêndice, Nascimento Virginal Prof. João Flávio Martinez - CACP - www.cacp.org.br 

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