sábado, 26 de setembro de 2015

Lição 9 - Discipulado 2 - LOUVOR

Lição 9 - Discipulado 2 - LOUVOR
 
                          Ministração de Louvor no Culto

O valor do culto - I Pd. 2:5; Mt. 4:10
"A adoração é mais importante que a pregação, porque a pregação é para o homem, mas a adoração é para Deus" - Rev. Tommy Tenney
O momento do culto é o momento da grande celebração ao Senhor. É quando a congregação se reúne para celebrar o milagre da ressurreição de Jesus, da nova vida em Cristo, da comunhão no Espírito e das conquistas espirituais.

Preparação dos ministros - II Tm. 2:15
no aspecto espiritual é necessário oração e leitura bíblica diariamente;
  • um jejum semanal;
  • oração e compartilhamento entre o grupo.
  • no aspecto musical é preciso realizar ensaios para que haja entrosamento (iniciar com um texto bíblico e oração);
  • ter uma lista definida de cânticos; quando forem novos, providenciar cifras;
  • manter a ordem no ensaio evitando distrações, brincadeiras e conversas paralelas que são verdadeiros "ladrões de unção";
  • é necessário total concentração durante o ensaio; estar atento às orientações, arranjos, rítmica, métricas, etc;
  • o tempo do ensaio deve ser também um tempo de ministração.

Repertório - Sl. 96:1
elaborar um repertório adequado ao tipo de reunião, ex: reunião de jovens, evangelismo, ceia, etc; o repertório de um culto dominical é diferente de um lançamento de um cd, por exemplo;
  • elaborar um repertório adequado ao tempo de duração do louvor (conferir com o pastor); Dependendo do tempo dado à ministração dos cânticos não será necessário uma lista extensa de músicas. Estar sensível e atento a isso, e como no tópico anterior, diferenciar o tipo de programação;
  • no caso de culto, é importante que o tema dos cânticos seja um só;
  • é importante que o período de louvor seja iniciado com cânticos de celebração e de guerra, seguidos de cânticos de adoração. Isso pode mudar segundo a orientação do Espírito Santo, mas é necessário ter uma ordem na sequência dos cânticos;

O dirigente - II Cr. 29:27-30
O rei Ezequias estava a frente representando a liderança principal. Os líderes devem ir a frente e ensinar os seus músicos a profetizar!
O dirigente tem uma função importante no processo de culto coletivo. É responsável em conduzir a congregação na adoração ao Senhor. Para isso precisa estar consciente da sua missão e devidamente preparado. Vejamos alguns princípios que facilitarão sua tarefa:

a) dependência do Espírito - antes de tudo, buscar essa dependência geral, total e irrestrita, entendendo que o culto é do Espírito Santo e Ele sabe o que é melhor para cada pessoa na congregação, e dá ao dirigente as diretrizes da reunião - Rm. 8:26-27.

b) abertura do culto - o dirigente deve procurar tratar o povo com amabilidade, encorajando-o com uma promessa da Palavra, tomar cuidado com a maneira de falar, não ser grosseiro, indelicado, etc. Esse primeiro contato é a chave para o desenvolvimento de uma ministração abençoada e abençoadora.

c) devemos evitar - "pregações" durante o louvor, interromper a ministração para "ler a Bíblia", deixar o povo em pé por muito tempo, vestimenta inadequada, tipo roupa justa, transparente, cores chamativas, etc. Lembre-se que o louvor não é para o homem, mas para Deus! As pessoas devem olhar para Ele!

d) sensibilidade - estar atento à maneira como o louvor está transcorrendo e explorar um determinado cântico quando perceber que está fluindo profeticamente. Evitar deixar "brancos" entre um cântico e outro; para isso é indispensável desenvolver um bom entrosamento com os músicos, combinar sinais, etc.

e) expressão - está também ligada à inspiração que nasce do nosso tempo diário com o Senhor. A pessoa inspirada tem expressão! A principal fonte de inspiração é a Palavra de Deus. Quanto mais Palavra eu tiver mais inspirado serei. Ao meditar naquilo que canto, o resultado será uma expressão real de vida, que contagiará toda a congregação. Dessa forma, "chegarei" (ter acesso) no povo e terei a situação sob controle - Pv. 15:1.

Os músicos - Sl. 33:3

a) expressão - vale para os músicos os mesmos princípios aplicáveis ao dirigente na questão da expressão. Os músicos também têm um papel fundamental no louvor, principalmente o de profetizar com seus instrumentos - II Rs. 3:15. Precisam se exercitar nisto em casa, nos ensaios, nos cultos, dando total importância a esse desafio, aprofundando-o cada vez mais - I Cr. 25:1.

b) disciplina - é fruto de maturidade musical. O músico maduro tem conhecimento de suas responsabilidades e procura cumpri-las à risca. Por exemplo: chega nos horários marcados, tem cuidado com os equipamentos da igreja, nos ensaios obedece os arranjos apresentados, controla o volume do seu instrumento, nos ensaios e antes de começar o culto, não "desperdiça" unção tocando "outras músicas" (Altar no A.T. era usado para sacrifício.
"Palco" é diferente de "altar"), quando o arranjo pede um solo, toca somente o necessário sem se exceder, procura estar em sintonia com tudo o que acontece durante o louvor, ou seja, não é um "alienígena" em cima do púlpito (o não se exceder também se aplica ao grupo vocal).

c) inspiração - a exemplo do dirigente, o músico sempre deve estar inspirado - I Sm. 18:10. O músico inspirado está sempre pronto à participar inclusive com cânticos espirituais (vale para o backing vocal também).
Observando esses princípios básicos estaremos cooperando com o propósito do Pai e seremos grandemente abençoados

 

 

A Adoração   (EVANGELHO DE JOÃO 4.23)  

Ev.Luiz Henrique de Almeida Silva

            Jo 4.23- “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em ESPÍRITO e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.
            Cabe-nos esclarecer que os verdadeiros adoradores são aqueles que trabalham na obra do Senhor, dando suas vidas pela causa do mestre; embora muitos pensam que são os exclusivamente cantores. A adoração a DEUS é um estado constante em nosso espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO), não sendo determinada por momentos de louvor, mas uma vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO; neste capítulo 4, a palavra adoração aparece 10 vezes indicando-nos, a necessidade de atentarmos mais para esse fato tão importante. A verdadeira adoração exige serviço na obra de DEUS e dedicação em obedecer à vontade de DEUS e ganhar almas (esta é a prioridade da Igreja, a evangelização).
            Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem fazê-lo em espírito e em verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos; com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da oração). Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
  1. -         Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
  2. -         O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
  3. -  No louvor precisa-se da participação de outras pessoas e às vezes de instrumentos musicais, a        adoração é individual e nasce dentro de nós, em nosso espírito;
  4. -         O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos (presença de DEUS);
  5. -   No louvor são usados o corpo e a alma; na adoração são usados o corpo (mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e o espírito (“recriado”);
  6. -         Para louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois até os animais o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma estreita comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
  7. -         O louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio de amor.
  8. -         Tomemos como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa e manda entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor, mas quando o mesmo chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de amor (isso é adoração).
  9. -         Para louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
  10. -         Observação: Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
  11. Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora (manifestação interna).
  • Note que JESUS está dizendo para a mulher que os judeus adoravam a DEUS com a palavra de DEUS (em verdade, pois possuíam todos os escritos do Pentateuco até os profetas) mas suas bocas diziam uma coisa e o coração outra. Não adoravam em Espírito, só com a verdade.
  • Os samaritanos adoravam em Espírito, pois não tinham nem o templo legítimo e nem a palavra (só adotavam o Pentateuco), faltava-lhes portanto a verdade.  
  • JESUS está dizendo que chegou o tempo de adorar em Espírito e em Verdade, pois ele envia o ESPÍRITO SANTO àqueles que lhe aceitarem como senhor e salvador e estes aprenderão o real sentido da adoração.
  • Veja que é DEUS que procura aos verdadeiros adoradores que o adoram em Espírito e em verdade.
  • Não é nem no Monte Gerizim em Samaria (templo já destruído) e nem no Monte Moriá em Jerusalém (onde estava erigido um suntuoso templo construído por Herodes) - mas a verdadeira adoração a DEUS é feita onde você estiver, bastando para isso erguer o pensamento a DEUS e adorá-lo, entregando-se totalmente ao ESPÍRITO SANTO.

***Caim ofereceu sacrifício inferior ao de seu irmão Abel, pois Abel ofereceu sua própria vida a DEUS(verdadeira adoração), tipificada no cordeiro que foi imolado e derramado o seu sangue;Antítipo de CRISTO.(Gn 4.2-5;Hb 11.4)***Abraão por já ser velho não poderia oferecer sua vida, pois pouco lhe restava para viver aqui na terra, por isso DEUS lhe pediu uma vida mais preciosa, a de seu filho amado que já estava começando a ocupar o lugar que só era de DEUS, no coração do velho patriarca.***Moisés ofereceu sua vida quando deixou os seus 40anos de orgulho de ser filho da filha de um faraó e passar a ser pastor de ovelhas por mais 40 anos e depois passar mais 40 anos dirigindo o povo de DEUS pelo deserto, inclusive passando pelo Mar Vermelho, símbolo de batismo nas águas, morte. Se tivéssemos espaço e tempo falaríamos de tantos outros que entregaram a DEUS o melhor da adoração, suas próprias vidas. (Hb 11.4 Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala.5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.===17 Pela fé Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito aquele que recebera as promessas,===24 Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,===35 As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;36 e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões.37 Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados 38 (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra.

sábado, 19 de setembro de 2015

Liçaõ 8 Discipulado 2 - MORDOMIA CRISTÃ

Liçaõ 8 Discipulado  2- MORDOMIA CRISTÃ
 
            
 
MORDOMIA
Parte 1 -  Introdução
Parte 6  -  Mordomia do Domingo 
Parte 2  -  Mordomia do corpo
Parte 7  -  Mordomia da Influência 
Parte 3  -  Mordomia do pensamento
Parte 8  -  Mordomia dos Bens 
Parte 4  -  Mordomia das palavras
Parte 9  -  Mordomia do Dízimo  
Parte 5  -  Mordomia do Tempo  
Parte 10  -  Mordomia das Oportunidades  

     
    Parte 1 - Introdução    1 Pe 4.10 e 11; 1 Co 4.1 e 2
    A palavra mordomia sofreu, ao longo dos anos, uma deturpação devido ao seu mau uso. Esta palavra é usada como regalias e favores concedidos, especialmente pelos governos, a alguns funcionários públicos. Ou ainda, quando pensamos em mordomo, pensamos num romance ou filme policial em que o mordomo sempre é o criminoso. Estes não são o sentido bíblico da mordomia cristã.
 
1. SIGNIFICADO DA PALAVRA MORDOMO:
    A palavra mordomo, em português, vem do latim majordomus, que tem o mesmo significado do grego oikonomoV - oikonomos (oikoV - oikos, casa, e nomoV - nomos, governo). Major, em latim, é maior ou principal, e domus, casa, a casa com tudo que ela contém e significa. Assim mordomo é o principal servo, o que administra a casa do seu senhor.
    Vejamos alguns mordomos na Bíblia: Eliézer (Gn 24.2) e José (Gn 39.4-6).

 
2. CONCEITO BÍBLICO DA MORDOMIA:
    “É o reconhecimento da soberania de Deus, a aceitação do nosso cargo de depositários da vida e das possessões, e administração das mesmas de acordo com a vontade de Deus”
 
3. BASE BÍBLICA DA MORDOMIA CRISTÃ:
a) Deus é dono de tudo e de todos:
  Do universo: Gn 1.1; 14.22; l Cr 29.l3-l4; Sl 24.l; 50.10-l2. Do homem: por direito de criação -Is 42.5
                    por direito de preservação: At l4.l5-l7 e At 17.22-28
                    por direito de redenção: 1 Co 6.l9e20; Tt 2.l4 e Ap 5.9
b) O homem é o mordomo - Gn 1.28; 2.l5 e Sl 8.3-9.
 
4. VALOR DA DOUTRINA PARA A VIDA CRISTÃ
  Senso do sagrado Senso de responsabilidade Senso de dependência
 
CONCLUSÃO:
    A mordomia cristã estabelece como verdade que Deus é o Senhor, o Dono de tudo quanto existe na terra e no céu e concedeu ao homem o privilégio e responsabilidade de administrar. Os homens não são os donos, mas mordomos.
  “Além disso requer-se nos despenseiros (ou mordomos) que se ache fiel.”   

  Parte 2  -  Mordomia do corpo  
 1 Co 6.l9 e 20
    O corpo é a estrutura física do homem. Este foi criado por Deus com um cuidado especial. Ao criar as demais coisas, Deus disse: “Haja...” Quando, porém, criou o homem formou-o do pó da terra e soprou-lhe nas narinas dando assim o fôlego da vida (Gn 2.7). O salmista Davi disse: “Eu te louvarei porque de um modo admirável e maravilhoso fui formado.”(Sl 139.14).
 
1. CONCEITO FALSO SOBRE O CORPO
    Há um conceito errôneo, que existe desde o primeiro século, divulgado pelos gnósticos de que a matéria é má. Com este negam a encarnação de Jesus (o fato de Jesus ter vindo em carne) e afirmam que Ele veio apenas em Espírito. A Bíblia condena este conceito em I Jo 4.2 e 3 que diz: “Nisto conheceis o Espírito de Deus - todo espírito que confessa que Jesus veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus veio em carne não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e já está no mundo.” Também afirmam que não devemos nos preocupar com a preservação e santificação do nosso corpo, pois sendo a matéria má não importa o que façamos com o mesmo. A Bíblia, por sua vez, também condena este conceito afirmando que o nosso corpo é templo do Espírito Santo devendo ser cuidado como tal.

2. O QUE A BÍBLIA FALA DO NOSSO CORPO ?
  Foi criado por Deus: Gn 1.26 e 28 - 2.7 e Sl 139.14. É templo do Espírito Santo: 1 Co 6.19 e 20. É usado como metáfora da Igreja: 1 Co 12.12--31. Podemos glorificar a Deus em nosso corpo (1 Co 6.20 e Fp 1.20), dedicando-o a Deus (Rm 12.1 e 2).
 
3. DEVERES PARA COM O CORPO
  Alimento saudável Higiene do corpo, da casa e das roupas assim evitando doenças Visitas ao médico em caráter preventivo - vacinas, por exemplo, exames preventivos, etc. Descanso Usar trajes santos (Sl 96.9) Lazer (Lc 2.52) Fugir da prostituição (1 Co 6.15-18, Ef  5.1-4 e Cl  3.5) Não fazer uso dos inimigos do corpo: fumo, bebida e drogas
 
CONCLUSÃO
    Cuidar do nosso corpo é um dever. Deus escolheu fazer dele o seu templo. Sendo assim, deve ser usado de acordo com a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável. Sabendo que o nosso corpo não é nosso mas de Deus.
  Parte 3  -  Mordomia do pensamento
 
    “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp 4.8 )
    Devemos dar graças a Deus pela capacidade que temos de pensar, refletir e usar esta para a glória de Deus. Deus conhece os nossos pensamentos e o meditar do nosso coração. Somos mordomos do nosso pensamento, assim devemos reconhecer o Senhorio Divino sobre este. Há uma declaração bíblica que diz “...nós temos a mente de Cristo” (I Co 2.16). Ter a mente de Cristo é pensar como Ele e ter o nosso pensamento dominado pelo mesmo.
 
1. FASES DO PENSAMENTO
    Segundo o Pr. João Falcão Sobrinho o pensamento humano abrange quatro fases:
  A memória, o que é acumulado nos registros do cérebro, através dos sentidos físicos. A análise, a avaliação dos dados da memória, a reflexão. A imaginação, ou fantasia que está relacionada com as emoções, desejos íntimos e sonhos. A elaboração do pensamento (a associação entre os dados guardados na memória e a imaginação) em ordem, para ser aplicado à realidade externa.
 
2. DEUS CONHECE OS NOSSOS PENSAMENTOS
  Ele sabe os nossos pensamentos - Sl 139. 1 e 2 Os nossos pensamentos devem ser agradáveis a Deus - Sl 19.14 Ele reprova os pensamentos maus - Gn 6.5; Pv 6.16-19 e Pv 15.26
 
3. DEVERES PARA COM O NOSSO PENSAMENTO
  Ocupá-lo com coisas boas - Fp. 4.8 Ser cheio da Palavra de Deus - Sl 119.11; I Tm 4.15;  Js 1.8 Sempre recordar as bençãos recebidas de Deus - Sl 103.2 Ser dominado pelo amor - Rm 5.5 e Rm 12.9-21 Ser dominado pela fé - Hb 11.6 Deve sempre estar em renovação - Rm 12. 1 e 2; Cl 3.1-10
 
4. INIMIGOS DO PENSAMENTO
  Literatura pecaminosa Programas televisivos e radiofônicos pecaminosos Fantasias pecaminosas - Mt 5.27 e 28 Más conversações - Sl 1. 1 e 2; I Tm 6.20 e I Co 15. 33
 
CONCLUSÃO
    Ao saber que Deus conhece os nossos pensamentos, isso já seria o suficiente para zelarmos por estes. Deus nos deu um filtro para coarmos os nossos pensamentos  em Filipenses 4.8: "Finalmente, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento."
    Parte 4  -  Mordomia das palavras
Mt 12.33-37
    O presente assunto está profundamente relacionado com o anterior (mordomia do pensamento, parte 4 deste estudo). “Pois a boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12.34; Lc 6:45). O trecho bíblico citado é esclarecedor para o nosso assunto. Este faz, pelo menos, quatro afirmações:
1.  A palavra reflete o que está no coração.
2.  Não é possível purificar as palavras sem antes purificar o coração.
3.  Somos responsáveis por aquilo que falamos.
4.  Iremos prestar contas a Deus das palavras que proferirmos.
 
1. PALAVRAS QUE AGRADAM A DEUS - Sl 19:14
  Palavras que produzem bons resultados - I Pe 3.10 e 11; Pv 15.4 Palavras temperadas com sal - Cl 4.6
                Que preservam
                Dão gosto
                Provocam sede
                Diferenciadoras Palavras oportunas - Pv 25.11 Palavras espirituais - Cl 3.16 e 17; Ef 5.19; Dt. 6.6 e 7 Palavras úteis - Fp 4.8
 
2. PALAVRAS QUE ENTRISTECEM A DEUS - Ef 4.29 e 30
  Palavras mentirosas _ Is 5.20; Jo 8.44, Ap 21.8 Palavras violentas - Pv 15.1 Palavras desenfreadas - Tg 1.26 Palavras lisonjeiras - I Ts 2.5; Rm 16.17 e 18. Lisonjear é louvar com exagero, ou seja, adulação.
 
CONCLUSÃO
    Para agradarmos a Deus em nossas palavras precisamos está com o coração cheio da Palavra de Deus. Sempre sendo conduzido pelo Espírito Santo em nossas palavras. Reconhecendo que Deus é Senhor e que iremos prestar-lhe contas das mesmas.
  Parte 5  -  Mordomia do Tempo  
Ef 5.15 e 16
    O tempo é mais do que segundos, minutos, horas, dias, anos, décadas, séculos e milênios. “O tempo é um milagre que não se repete”. Alguns dizem que o tempo é dinheiro, mas este é mais precioso do que o dinheiro. Devemos ser bons mordomos do tempo aproveitando bem as oportunidades que este nos oferece.
 
1. A NOSSA VIDA NA TERRA É PASSAGEIRA
  É como a sombra - 1 Cr 29.15 Como um palmo na sua extensão - Sl 39.4 e 5 Como mensageiros apressados - Jó 9.25 Como um vapor - Tg 4.14
 
2. CONSIDERAÇÕES PARA O BOM USO DO TEMPO
  Há um tempo determinado para cada coisa - Ec 3.1 Considerar todos os dias - Sl 90.12 O nosso maior investimento deve ser no Reino - Mt 6.19-21; Mt 6.25; Lc 12.16-21 Lembrarmos de Deus - Ec 12.1 Fazer o bem - Gl 6.10 Não procrastinar - Hb 4.7b; Is 55.6; Hb 12.16 e 17; Mt 25.11 e 12 Planejar - “Um indivíduo que sabe o que vai fazer, quando inicia o seu trabalho, já tem metade do trabalho feito”. Ser pontual Ser equilibrado Não gastá-lo com coisas fúteis, inúteis e não essenciais
 
CONCLUSÃO
    O tempo é algo precioso que deve ser usado com sabedoria, pois quando passa não volta jamais. Tenhamos como o maior investimento o Reino de Deus. Porque o que investe neste permanece para sempre.
  Parte 6  -  Mordomia do Domingo
 
    O presente assunto é extensão do assunto anterior (mordomia do tempo, parte 5). A palavra domingo provém do latim dominicus, de dominus (senhor), e significa relativo ao Senhor, ou seja, do Senhor, portanto “dia do Senhor”. Para entendermos melhor este assunto precisamos comentar a respeito da controvérsia que há entre o sábado e o domingo.
 
1. O DIA SÁBADO
    A palavra sábado é procedente do hebraico e significa descanso. Esta é a idéia fundamental da palavra, e não o fato de ser o sétimo dia.
    Segundo o Pr. Enéas Tognini, há três sábados na Bíblia. O primeiro, o edênico (universal) que Deus institui ao cessar as obras da criação, mostrando que o homem deveria ter um dia para descansar das suas atividades e dedicá-lo ao Senhor (Gn 2.1-3). O segundo, o legal (7o dia) - o judeu da Bíblia e o de hoje guardam este dia (Êx 20.8-11). O terceiro, o cristão (1o dia da semana), dia em que Deus completou o plano de redenção com a ressurreição de Cristo (Mt 28.1; Mc 16.9; Lc 24.1; Jo 20.1).
2. POR QUE GUARDAMOS O DOMINGO?
  O domingo comemora a ressurreição de Cristo (versículos acima). Outros fatos importantes ocorridos no domingo:
            - Aparecimento de Cristo à Maria Madalena e aos discípulos -  Mc 16.9;  Jo 12.19-26
            - A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes - Lv 23.16 e At 2.1 Os discípulos guardaram o domingo:
            - Levantaram ofertas - I Co 16.1-4
            - Celebraram a Ceia do Senhor - At 20.6 e 7
            - João o chamou dia do Senhor - Ap 1.10 e 11 O sábado era um sinal entre o povo de Israel e Deus. Portanto obrigação dos judeus - Êx  31.13-17 Os mandamentos são todos reafirmados no Novo Testamento menos referente ao Sábado.
 
3. COMO OBSERVAR O DOMINGO?
Freqüência à Igreja - leitura da Palavra - Testemunho - Descanso - Visita aos doentes...
 
CONCLUSÃO
    A principal idéia do Dia do Senhor é que seja um dia entre os sete dias da semana separado para descanso e serviço ao Senhor. O sábado cristão é o domingo. Dia em que Deus completou o seu plano de salvação com a ressurreição de Cristo. Seja você um bom mordomo do dia do Senhor.
 Parte 7  -  Mordomia da Influência  
Mt 5.16
    O homem como um ser social exerce a ação de influir as pessoas que o cercam. A esta força denominamos “influência”, sendo esta inevitável. Sempre estaremos influenciando alguém, quer queiramos ou não. E como temos influenciado? Positivamente ou negativamente? O versículo acima afirma que temos de influenciar positivamente de tal forma que provoque nas pessoas a atitude de glorificar a Deus
 
1. O DEVER DE INFLUENCIARMOS POSITIVAMENTE

  Somos a carta de Cristo - II Co 3.1-6 Somos o bom perfume de Cristo - II Co 2.14-17 Alguns exemplos: At 20.24; I Ts 1.8 Influência póstuma: Hb 11.4; Mt 26.13; II Pe 1.15; At 9.36-39. “O homem não deve deixar de viver quando morre, e sim, continuar vivendo ainda mais intensamente nas vidas abençoadas pela sua influência.”
 
2. A MÁ INFLUÊNCIA
  Escandalizadora - Lc 17.1 e 2 Exemplo:  I Rs 11.4 e 21.25, I Co 5.6 e 7, II Tm 2.17 e 18
 
3. ÁREAS DE INFLUÊNCIA
  No lar - I Co 7.14, I Tm 5.8 e II Tm 1.5 Na vida profissional - Mt 5.15 e Ef 6.5-9 Na igreja - At 2.42-47 Na sociedade - Mt 5.13-15 e Mt 13.31-33
 
CONCLUSÃO
 
    Há um pensamento que afirma: “Você se torna eternamente responsável pela pessoa que cativa.” Nós devemos exercer no nosso lar, em nosso trabalho, em nossa igreja e na sociedade uma influência cristã. Não há como ficar neutro, ou influenciamos positivamente ou negativamente. Sejamos bons mordomos da força de influir.
  

  Parte 8  -  Mordomia dos Bens
 Ec 5.19
    As pessoas quando falam acerca dos seus bens materiais, quase sempre, tratam deste assunto como algo secular sem valor espiritual. Não deve ser assim . Nesta lição trataremos do assunto sob o prisma divino revelado nas Escrituras.
 
1. O QUE A BÍBLIA FALA DOS BENS MATERIAIS ?
  Deus é o dono dos nossos bens – Ex 19.5 e 6; Sl 24.1 e Ag 2.8. A capacidade de adquirir os bens vem de Deus – Dt 8.15-18, I Cr 29.12 e Ec 5.19. Os bens tem duração limitada – Sl 39.6, Sl 49.16 e 17, I Tm 6.7.
 
2. MAU USO DOS BENS MATERIAIS
  Quando os bens são adquiridos de forma desonesta – Pv 11.1, Rm 12.17, I Pe 2.1. Quando deixa de ser servo para ser senhor do homem – Mt 19.23, Lc 16.13, I Tm 6.10 Quando leva o homem a esquecer-se de Deus – Dt 8.11-14. Expõe o homem a grandes tentações – Mt 13.22 e I Tm 6.9.
 
3. BOM USO DOS BENS MATERIAIS
  Quando são usados para a glória de Deus – I Co 10.31. “O dinheiro não pode subir aos céus mas pode realizar coisas celestiais na terra.” Quando os valores espirituais tem a primazia – I Rs 3.11-13, Mt 6.33. Quando a ajuda ao próximo é lembrada – Mt 25.31-40, At 4. 34 e 35 e I Tm 6.17-19. Termos um estilo de vida simples – I Tm 6.7-10, Mt 8.20.
 
CONCLUSÃO
    Como estudamos, os bens devem ser encarados sob o ponto de vista divino. Desta forma consagraremos os mesmos e o usaremos de forma agradável a Deus. Certa vez, Richard Foster disse que devíamos carimbar tudo o que temos com o seguinte lembrete: “Dado por Deus, prioridade de Deus, para ser usado para os propósitos de Deus.”
 
 Parte 9  -  Mordomia do Dízimo  
Pv. 3.9 e 10
    A palavra dízimo quer dizer “décima parte”. Portanto devolver a Deus a décima parte do que se ganha é dizimar. É importante entender que o dízimo deve ser uma atitude de entrega pessoal e gratidão. Não basta a devolução do dízimo. Temos que entregar a nossa vida, o nosso coração no altar de Deus. Não devemos devolver este como pagamos uma mensalidade, contas de luz e água, prestações de eletrodomésticos com medo de ter o nosso nome no “SPC divino”. A motivação que nos leva a dizimar não é o medo mas o amor a Deus.
 
1. DÍZIMO NO VELHO TESTAMENTO
  A prática do dízimo é anterior a lei mosaica – Gn 14.18-20 e 28.18-22. Cerca de duzentos e cinqüenta anos depois de Jacó em Betel, Deus orientou a Moisés instituir o dízimo na lei. Foi incorporada na lei mosaica – Lv 27.30. Foi ensinada pelos profetas – Ml 3.8-12.
 
2. DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO
  Jesus falou do dever de dizimar – Mt. 23.23 e Lc 11.42. Melquisedeque como tipo de Cristo – Hb 7.1-10. No Novo Testamento fica claro que o dízimo é o referencial mínimo para a contribuição: Mt 5:20, Mc 12.41-44; At 2.44-45 e 4.32-37, II Co 8.1-5, I Co 16.2 e Jo 6.9.
 
3. FINALIDADE DO DÍZIMO
  Manutenção da Igreja – Ml 3.10 Sustento dos obreiros – II Cr 31.4-6 e II Co 9.10-14
 
CONCLUSÃO
    Deus é dono de todos os nossos bens. “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos.” Ele nos pede para devolver o dízimo dando este como referencial mínimo. Ele nos ensinou “melhor dar do que receber.” Aquele que não tem o dinheiro como ídolo e, pelo contrário, serve com este, tem como conseqüência (não é troca) bênçãos dadas por Deus. “...Fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança.”
 

    Parte 10  -  Mordomia das Oportunidades  
Cl 4.5
    Durante a nossa existência temos várias oportunidades. Elas vem e passam. Algumas de repetem mas a maioria não. Por isto Paulo advertiu quanto ao uso das oportunidades. Certa vez Jesus perguntou a um cego: Que queres que te faça? Aquele cego teve a oportunidade de pedir qualquer coisa mas usou bem a oportunidade oferecida. Respondendo: Mestre, que eu veja.
 
1. TIPOS DE OPORTUNIDADES
  Oportunidades espontâneas Oportunidades criadas
 
2. OPORTUNIDADES DESPERDIÇADAS
II Rs 13,14-19; Mt 11. 10-24; 25.10 e Hb 12. 16 e 17
 
3. OPORTUNIDADES
  De salvação – Is 45.22, Is 55.6 e Hb 4.7b A vida – Sl 90.12 e Hb 9.27 De servir – Mt 25.44; Jo 9.4; Gl 6.7-10 De pregação - Ez 3.18,19; Mt 24.14 Do desenvolvimento da vocação - Mt 25.14-30 Profissional - Ef 6.4-9
 
CONCLUSÃO
   A vida é a mais preciosa oportunidade que Deus deu ao homem. Nela há muitas outras oportunidades. Peçamos a Deus sabedoria e visão para aproveitarmos e enxergarmos as oportunidades. Para que não lamentemos as oportunidades desperdiçadas mas louvemos a Deus pelas aproveitadas.  

 
A MORDOMIA DO TEMPO

Ef 5.16

I.                    QUE SIGNIFICA O TEMPO?
1.      Uma minúscula porção da Eternidade
2.      Deus vive na Eternidade, mas nós vivemos no tempo
3.      A Bíblia usa 452 vezes a palavra tempo
4.      Primeira menção: Gn 17.21

II.                 DEUS NOS CONSTITUIU MORDOMOS DO TEMPO
1.      Deus nos colocou dentro do Tempo, Ex 12.40;
2.      Deus nos pôs sobre o Tempo,  Et 4.14
3.      Deus nos colocou para o Tempo, II Sm 11.1
4.      Deus nos entregou o Tempo, Dt 1.6

III.               DEVEMOS SER SÁBIOS PARA COM O TEMPO
1.      Existe tempo para muitas coisas, Ec 3.
2.      Não existe tempo para orar, pregar e louvar a Deus. Todo tempo é tempo.
3.      Não se deve usar o tempo mais do que se necessita, Gn 26.8; Ec 3.1
4.      Somos mordomos do tempo. Devemos discerni-lo bem, Gn 29.7

IV.              COMO ADMINISTRAR O NOSSO TEMPO
1.      Cada um valorize o seu tempo. Não o jogue no lixo.
2.      Cada um valorize o tempo alheio
3.      Cada um faça diferença entre o URGENTE e o IMPORTANTE.
4.      Cada um ordene sua vida dentro do tempo disponível.

V.                 IDÉIAS PRÁTICAS PARA OS MORDOMOS DO TEMPO
1.      Regularmente faça balanços do uso de seu tempo.
2.      Use continuamente uma agenda. Distribua suas tarefas dentro da disponibilidade de seu tempo.
3.      Evite repetir toda perda de tempo.
4.      Louve a Deus pelo sábio uso do tempo. Colos. 4.15

sábado, 12 de setembro de 2015

Lição 7 - Discipulado 2- PERDÃO

  Lição 7 - Discipulado - PERDÃO


Se você diz que não tem inimigos, lhe faço uma oferta. Vamos combinar de você escrever um livro explicando como conseguiu chegar até aqui, sem que ninguém se lhe oponha. O livro com certeza será um bestseller.
Você irá explicar como que ninguém jamais lhe teve inveja, ciúme ou hostilidade. Explicará como que ninguém jamais tentou interromper seus planos, arruinar seus objetivos ou sabotar seu futuro. Contará como foi que jamais alguém lhe ofendeu, bloqueou sua vontade, ou orquestrou uma ofensa destruidora conta você.
Não estou pretendendo ser irreverente ou sarcástico. Mas o fato, é que estas são as coisas que tornam alguém seu inimigo. E todos nós já vivemos pelo menos uma destas experiências.
É claro que todo cristão enfrenta um arquiinimigo em Satanás. Jesus diz que ele é o inimigo que planta ervas daninhas em nossas vidas (veja Mateus 13:39). Igualmente, o apóstolo Pedro nos previne sobre Satanás: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (I Pedro 5:8).
Porém Jesus deixa claro que nada temos a temer do diabo. Nosso Senhor nos deu todo poder e toda autoridade sobre Satanás e suas forças demoníacas: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano” (Lucas 10:19). Cristo afirma claramente que a batalha com Satanás já foi vencida. Temos em nosso interior, o poder para resistir a qualquer tentativa que o diabo faça para nos devorar.
Em vez disso quero me concentrar em nossas lutas contra os inimigos humanos - adversários de carne e osso, pessoas com quem vivemos ou trabalhamos. Veja, quando Pedro usa a palavra “devorar”, o significado em grego é “tentar de qualquer jeito engolir você de uma só vez.” Pedro está falando sobre qualquer tipo de coisa (seja uma luta, algum sofrimento ou tentação) que possa lhe engolir e lhe colocar em depressão, temor ou desencorajamento.
Você pode ser capaz de testificar que teve uma enorme vitória em Cristo. Com sucesso você resistiu à todas as tentações, aos maus desejos, à lascívia, ao materialismo, e ao amor pelo mundo. Mas, ao mesmo tempo, você pode ser devorado por uma luta permanente com um inimigo humano. Alguém se levanta contra você - manifestando inveja e amargura, deturpando suas ações, motivações, abalando sua reputação, se opondo a você o tempo todo, buscando frustrar o propósito de Deus em sua vida.
O ataque desta pessoa sobre você lhe rouba a paz. Você tem de gastar um tempo precioso se explicando e defendendo suas ações. E depois de um tempo, o conflito começa a consumir todos os seus pensamentos, e lhe faz passar muitas noites em claro. E agora você vê que isso está afetando sua família, seus relacionamentos, e até sua saúde física.
Se isso descreve você, então você já foi devorado por um inimigo; foi tragado pela aflição causada por um adversário humano.


O Velho Testamento Parece Sustentar
Nossas Esperanças Secretas de que
Deus Julgará os Nossos Inimigos.


A lei do Velho Testamento pedia vingança - olho por olho, dente por dente. A sua mensagem parece ser: “Senhor, Tu vistes o que meu inimigo me fez. Agora, pegue-o!"
Fica mais fácil compreendermos esta atitude, à medida que vamos aprendendo mais a respeito dos terríveis inimigos de Israel. O grito de guerra dos egípcios era: “Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos; a minha alma se fartará deles, arrancarei a minha espada, e a minha mão os destruirá” (Êxodo 15:9). E Deus foi fiel em vingar Israel contra os inimigos: “Sopraste com o teu vento, e o mar os cobriu; afundaram-se como chumbo em águas impetuosas” (Êxodo 15:10). “Estendeste a tua destra; e a terra os tragou” (15:12).
Já posso ouvir alguns cristãos dizendo: “É isso que eu quero que Deus faça com os meus inimigos. Que Ele os derrube e devore. Afinal de contas, eles fizeram comigo o que os egípcios fizeram com Israel; me perseguiram, me atingiram, me atacaram. Então possuo uma base bíblica clara para pedir a Deus que carregue para longe os meus inimigos.”
Porém, se tentarmos receber conforto na maneira com que o Velho Testamento trata com os inimigos - até nossos inimigos não salvos - então nos colocaremos novamente sob a escravidão da lei.
Davi fez declarações fortes sobre seus inimigos. Ele rogou a Deus: “Envergonhem-se e sejam sobremodo perturbados todos os meus inimigos; retirem-se, de súbito, cobertos de vexame” (Salmo 6:10). Ele estava dizendo: “Persiga-os, Senhor - não lhes dê descanso, por causa do que me fizeram.”
Em um caso, o inimigo de Davi era um amigo íntimo, um dentre o próprio povo de Deus. Davi foi magoado profundamente por esse amigo, uma pessoa com quem havia aberto o coração. Esse homem era parceiro de oração de Davi, um companheiro que compartilhava seu amor para com Deus. Contudo este amigo do peito se virou contra Davi, traindo-o. E isso o deixou machucado, zangado, confuso.
“Com efeito, não é inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus” (Salmo 55: 12-14).
Davi estava dizendo em essência: “Se fosse uma pessoa comum, eu suportaria. Mas era um amigo íntimo e piedoso. E isso, já era demais para eu agüentar.”
Junto com a maioria dos estudiosos da Bíblia, creio que o amigo que se virou contra Davi foi Aitofel, seu conselheiro e confidente durante uma época. Os dois consultavam a opinião do outro em todas as áreas da vida. Toda vez que Davi ia até a casa de Deus para adorar, Aitofel estava ao seu lado, agindo como oráculo do Senhor para com ele. E Davi abria totalmente o coração com Aitofel, pensando ter um amigo espiritual.
Contudo este mesmo Aitofel - aparentemente tão sábio e espiritual, tão sem engano, tão dedicado a Davi e à sua causa - de repente se virou contra o rei, e se tornou seu inimigo. Na realidade, Aitofel ficou tão amargo em relação a Davi, que chegou a arregimentar pessoas contra ele. Até alistou o próprio filho de Davi, Absalão, em um complô para matar o rei.
Davi se queixa: “A sua boca era mais macia que a manteiga, porém no coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas” (Salmo 55:21). Ele estava dizendo: “Eu achava que Aitofel fosse meu amigo. Ele era tão piedoso ao falar, e dizia que desejava o que fosse o melhor para mim. Mas aí me apunhalou pelas costas.”
Esta terrível traição levou Davi a ficar continuamente de sobreaviso. E disse: “Todo o dia torcem as minhas palavras; os seus pensamentos são todos contra mim para o mal. Ajuntam-se, escondem-se, espionam os meus passos, como aguardando a hora de me darem cabo da vida” (55: 5-6). E se lamenta: “Eles vigiam todos os meus movimentos, esperando para me pegar.”
Do interior desta terrível dor, depressão e raiva, Davi clama com vigor: “A morte os assalte, e vivos desçam à cova! Porque há maldade nas suas moradas e no seu íntimo” (Salmo 55:15). Em outras palavras: “Mate este traidor, Senhor. Não o deixe vivo. Mande-o ao inferno, por causa do que me fez.”
Contudo, mesmo falando assim, Davi vê a si mesmo como inocente. Testifica: “Mas eu invocarei a Deus...de tarde e de manhã e ao meio dia orarei” (55:16-17). Davi estava dizendo: “Senhor, Tu sabes que fiz tudo para tentar Te agradar. Não toquei este homem - contudo, ele se virou contra mim. Fez-se meu inimigo.”
São palavras do mesmo rei piedoso que chorou quando seu inimigo homicida, Saul, foi abatido em batalha. Davi rasgou suas vestes em sofrimento, e convocou os amigos para jejuar e orar, bradando: “Caiu um gigante de Israel. Saul era um grande homem de Deus.” Contudo agora, Davi diz o seguinte quanto a Aitofel, seu ex-amigo: “Mate-o, Deus. Mande-o para o inferno, rápido.” E a seguir justifica sua atitude dizendo: “Sou um homem de oração. Estou sempre de joelhos.”
O quanto nós cristãos somos iguaizinhos a Davi. Naquela dor terrível e em depressão, clamamos em justiça própria: “Senhor - não permita que vivam mais um dia.”

Alguma Vez Você Sofreu a
Traição de Um Amigo Íntimo?


Talvez você conheça alguém que disse a todos que o amava. Mas aí, zing! - este amigo lhe apunhala pelas costas. Se vira contra você, e resolve lhe agredir.
Talvez você esteja separado ou divorciado do cônjuge, e agora este esteja lhe apunhalando. No passado você estava convencido de que seu companheiro lhe amava e respeitava. Ficou ao seu lado junto ao altar prometendo ser seu para o resto da vida. No começo, as palavras dele eram suaves e amorosas, e você achou, “Somos tão próximos um do outro. Ele é o meu amigo mais íntimo.”
Mas agora ele lhe abandonou, talvez por outra pessoa. Ele lhe acusa - solta palavras brandas, mas por trás busca lhe destruir. Você chora até conseguir dormir, e pensa: “Eu pensava que o conhecesse. Como pôde ficar assim?”
Talvez seu inimigo seja um amigo próximo e pessoal - talvez um pastor ajudante ou um obreiro cristão. Houve época em que esse amigo lhe parecia piedoso e sincero, e você confiava nele. Mas, de repente, sem razão aparente, ele se vira contra você. Você nada fez para causar essa oposição da parte dele. Na verdade, até mesmo quando lhe acusou, você se manteve amigo. E no entanto, não dá para acreditar o quanto ele envenenou os outros sobre você: mentiras, palavras ofensivas, manipulações. E a dor é ainda mais profunda porque se tratava de um amigo.
Alguns leitores podem perguntar: “Será que essas coisas realmente acontecem dentro do corpo de Cristo? Não vejo como isso seria real em qualquer cristão.” Fico triste em dizer que tudo isso é muito real.
Conheço um piedoso homem de negócios que foi convidado a participar da diretoria de uma organização cristã. Na primeira reunião, ele ficou chocado com a politicagem e o engalfinhamento que testemunhou. Ele me telefonou, desconcertado, e perguntou: “Todos os ministérios são assim? Este tipo de coisa posso esperar dentro dos negócios, mas estou desencorajado pelo que vi e ouvi entre aqueles homens. Eles não conseguem se reunir no Espírito de Cristo, e resolver suas diferenças.”
Entenda, é impossível ser verdadeiramente santo sem obediência total ao mandamento de nosso Senhor para nos amarmos uns aos outros. Jesus diz: “Toda a lei é cumprida nisso: amar a Deus de todo o coração, e ao teu próximo como a ti mesmo” (v. Mateus 22:37-40). Em verdade, Deus testa o nosso amor por Ele, pelo amor que demonstramos para com nossos irmãos e irmãs. “Se alguém disser: Eu amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso. Pois aquele que não ama a seu irmão, a quem viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I João 4: 20).
Pode-se cantar louvores a Deus na igreja, dar comida aos sem teto - mas se houver um só ressentimento contra alguém, o seu amor por Deus é em vão. As Escrituras afirmam que se você alberga o mal no coração contra outra pessoa, você é um hipócrita consumado aos olhos de Deus.
Amar os que nos ferem não é uma opção, mas mandamento: “Ora, o seu mandamento é este, que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou” (I João 3:23). “Isto vos ordeno: Amai-vos uns aos outros.” (João 15:17).
Você pode protestar: “Senhor, Te servirei, louvarei, adorarei, farei sacrifícios por Ti - mas não esperes que eu submeta aTi esta ofensa. Se compreendesses a profundidade da dor que tenho enfrentado, Tu não me pedirias isto. Está além da minha capacidade.”
Não - está dentro da sua capacidade fazê-lo. Jesus diz que nos deu todo o poder sobre o inimigo. O Seu Santo Espírito nos dá poder para perdoar, mesmo quando somos feridos profundamente.
Veja, como membros do corpo de Cristo, devemos reagir segundo a orientação dada por nosso Líder, Jesus. Pense nisso: nem um de seus dedos se move, nem o olho pisca, sem serem direcionados pelo cérebro. Assim, se Cristo é o nosso Cabeça, então todos Seus membros devem se mover de acordo com Seus pensamentos. E Ele claramente expressou Seu pensamento neste assunto: “Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Efésios 4:32).
Você está agindo segundo a sabedoria de Cristo? Ou se tornou o seu próprio cabeça, independente dEle? Você perdoou em amor os seus inimigos, assim como Jesus lhe perdoou? Ou ainda tem rancor, o que faz com que seus pecados se acumulem contra você?

Tenho um Óleo de
Rícino Forte para Você.


Muitas vezes, o mandamento de Deus para amar nossos inimigos pode parecer remédio amargo e ruim. Mas, como o óleo de rícino que eu tinha de engolir na minha juventude, é um remédio que cura. Muitos cristãos não estão querendo tomar este remédio. Eles o vêem especificado nas Escrituras, mas raramente o seguem. Ainda continuam se achando inocentes ao depreciar os inimigos.
Porém Jesus declara com muita clareza: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5: 43-44).
Jesus estaria contradizendo a lei aqui? De jeito nenhum. Ele estava revertendo o espírito da carne que havia penetrado na lei. Naquela época, os judeus só amavam outros judeus. Um judeu não devia apertar as mãos de um gentio, e nem mesmo permitir que sua túnica roçasse a vestimenta de um estranho. Porém esse não era o espírito da lei. A lei era santa, ensinando: “Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber. Assim fazendo, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça, e o Senhor te recompensará” (Provérbios 25:21-22).
Jesus também discursou sobre a lei do Velho Testamento no que se relaciona à ofensas e feridas. Ele declara: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao homem mau. Se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra” (Mateus 5:38-39).
Sob a lei Mosaica, a todo aquele que produzisse ferimento deveria ser feito de igual maneira - ferimento por ferimento, golpe por golpe. Porém não deveria ser assim sob o ministério da graça de Cristo. Em verdade, o mandamento de Jesus para amarmos o próximo, foi feito para incluir até nossos inimigos.
Pode-se perguntar: “Nós devemos amar as pessoas más: médicos que fazem aborto, políticos inescrupulosos, homossexuais militantes que afirmam que Jesus era gay? A Bíblia não nos manda bradar contra o pecado, e tenazmente resistir aos malignos?” Sim, manda. Mas devemos resistir aos maus procedimentos destas pessoas sem odiá-los.
Você talvez queira invocar a prece de Davi: “Não odeio eu, ó Senhor, e abomino aqueles que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio completo; tenho-os por inimigos” (Salmo 139: 21-22). Porém, até mesmo Davi finalmente descobriu o gracioso e generoso espírito da lei. Ele aprendeu ser possível odiar o mal de alguém, sem odiar a pessoa. Ele escreveu: “Aborreço as ações daqueles que se desviam” (Salmo 101:3). “Aborreço todo caminho errado” (Salmo 119:104).
“Odeio e abomino a falsidade [deles]” (119: 163).
Veja os exemplos de Jesus. Ele enfrentou todo o mal reunido pelos poderes significativos de Seus dias: oficiais do governo, líderes políticos e da igreja. Todas estas pessoas fizeram-se inimigas de Cristo, enfurecendo-se com Ele com maldade. Contudo no ápice da dor - à beira da morte - Jesus orou: “Pai, perdoa-lhes” (Lucas 23:34).
Estevão tinha todo o direito de resistir àqueles que o apedrejavam. Poderia apontar o dedo àqueles líderes religiosos corruptos e dizer: “Até o dia do juízo. Vocês não vão ficar impunes. Deus vai puni-los por esse pecado.” Mas, em vez disso, Estevão seguiu o exemplo de Jesus, e orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60).
Quando Míriam se levantou reclamando contra o irmão, Moisés, ela cometeu pecado punível com a morte. E Deus foi fiel em vingar Moisés, golpeando sua irmã com lepra. Porém Moisés não se alegrou com o sofrimento de Míriam. Isto fez doer seu coração, e ele pediu que Deus a curasse: “Ó Deus, rogo-te que a cures” (Números 12:13).
Paulo foi bajulado por hipócritas que depois o insultaram, ofenderam e caluniaram. Pessoas até distantes se opuseram a Paulo - políticos maus, sociedades inteiras, sodomitas romanos que o odiavam por ele se colocar contra suas práticas homossexuais. Até igrejas se levantaram contra ele. Mestres enfurecidos, invejosos das revelações que Paulo recebia, zombavam e o deturpavam. Outros o acusavam de malversar o dinheiro.
Não se engane: Paulo odiava o pecado destas pessoas. Elas induziam outros ao erro; isso o fazia sofrer - e ele falou contra esta prática errada. Mas nunca deixou de amar as pessoas ou de orar por suas almas. Testificou: “Quando somos injuriados, bendizemos; quando somos perseguidos, sofremos; quando somos difamados, consolamos” (I Coríntios 4:12-13). Paulo estava seguindo o exemplo de Jesus. Como Pedro escreveu a respeito de Cristo: “Quando foi injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava. Antes, entregava-se àquele que julga justamente” (I Pedro 2:23).
Podemos odiar as atitudes imorais dos governantes. Podemos odiar o pecado dos homossexuais, dos favoráveis ao aborto e de todos que desprezam Cristo. Mas o Senhor ordena que os amemos como pessoas - pessoas por quem Jesus morreu. E nos ordena que oremos por eles.
Mesmo assim, em vez disso, muitas vezes brincamos às custas deles. Já contei e já ri de muitas piadas sobre nosso Presidente. Creio que sua posição quanto ao aborto em gravidez de termo é uma abominação aos olhos de Deus, e me faz ferver o sangue. Mas isto não é desculpa para eu não levar a sério a alma eterna dele. Se alguma vez eu depreciar a pessoa, em vez dos princípios por trás dela, não estou verdadeiramente representando a Cristo.
Creio que o nome de Jesus tem sido desonrado, devido à maneira com que muitos cristãos reagem aos malfeitores. Temos nos zangado com aqueles em favor dos quais deveríamos estar orando. Assim chamados cristãos explodiram clínicas de aborto, assassinaram médicos que praticavam aborto, levantaram punhos furiosos contra os que faziam passeatas gay. Nada disso é o Espírito de Cristo. O nosso poder está quando ajoelhados, não agitando os punhos ou nos igualando em julgamento feroz.

Agora Falemos a Respeito
dos Inimigos Dentro da Igreja.


Como devemos reagir aos cristãos que se fizeram nossos inimigos? Jesus ordena que os amemos, fazendo três coisas: 1. Bendizendo-os. 2. Fazendo-lhes o bem. 3. Orando por eles. “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” (Mateus 5:44).
Revisemos nossas vidas à luz destas três coisas, para ver se estamos sendo obedientes a Cristo, nosso Cabeça:
1. “Bendizei os que vos maldizem.” O quê, exatamente, significa bendizer? A palavra em grego aqui implica em “falar só o que é bom e edificante, em voz alta, com a boca.” Não devemos apenas pensar coisas boas sobre nossos inimigos, mas falá-las abertamente.
Tenho falhado verdadeiramente neste mandamento. Lembro-me de uma vez quando algumas pessoas que eu amava muito se levantaram contra mim, me perseguindo e acusando. Foi a maior dor que já senti, e consumia meus pensamentos dia e noite. Sempre que tinha uma chance, eu descarregava o coração com qualquer pessoa que quisesse ouvir.
Um dia um casal querido do ministério pediu que almoçássemos juntos, com Gwen minha esposa, e eu. Mal havíamos nos assentado, comecei a descarregar minha carga sobre eles. Relatei-lhes cada detalhe do meu sofrimento - cada mentira que fôra dita, cada mágoa provocada. O casal nem entendeu o que estava acontecendo. Cerca de uma hora mais tarde, foram embora desconcertados. Ao olhar para Gwen, enxerguei desencorajamento em seus olhos. Foi aí que acendeu a luz: só eu havia falado.
Mais tarde descobri que este querido casal estava sofrendo - e é por isso que estavam desesperados para nos encontrar. Eu, porém, nem cheguei a lhes perguntar como estavam passando. Não conseguiram receber uma palavra certa - e foram embora vazios, áridos, não edificados. Se eu tivesse pelo menos obedecido o mandamento de Jesus para bendizer os que me perseguiam, falando bem deles, este casal poderia ter recebido bênção. Em vez disso, se retiraram com o espírito abatido.
2. “Fazei bem aos que vos odeiam.” O que significa fazer bem aos que se opõem a nós? O significado em grego aqui implica “honestidade mais restauração.” Jesus está dizendo basicamente: “Faça o possível para conseguir que seu inimigo seja curado e restaurado dos laços de Satanás. Você sabe que o que esta pessoa lhe está fazendo é mal. No entanto, você não deve se concentrar na dor que está sentindo, mas em que a alma de seu inimigo está sendo induzida ao erro.”
Cristo na realidade ordena que antevejamos a situação de condenação, em que se encontra a alma dos que nos perseguem. Não devemos nos confortar com a idéia de que Deus um dia vingará os pecados deles contra nós. Antes, devemos orar por eles. Devemos tentar destruir todas as muralhas que os possam condenar, e desenvolver todos os esforços para reconstruir uma ponte para eles.
Jesus prometeu: “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos” (João 20:23). Perdoar quer dizer: “esquecer completamente, renunciar, pôr de lado.” É claro, ninguém pode perdoar os pecados de alguém contra Deus. Só Cristo pode fazer isto, através de Sua obra na cruz. Mas podemos perdoar os pecados cometidos contra nós. Jesus está dizendo: “Se você perdoar o pecado cometido contra você, Eu perdoarei este pecado no céu. Perdoarei o seu inimigo às suas custas.”
A ordem de Cristo aqui é muito simples: “Tome a iniciativa. Não espere, não perca a oportunidade - pois a alma de seu inimigo pode ir para a eternidade ainda carregando o pecado. Seja você o primeiro a buscar reconciliação. É claro que a sua bondade pode ser rejeitada. Mas se for aceita, você pode se apresentar no dia do juízo sabendo que seu inimigo não foi julgado e condenado, devido ao pecado que cometeu contra você.”
3. “Orai pelos que vos perseguem.” Vemos este mandamento ilustrado nos deveres do Sumo Sacerdote. Primeiro: a lei exigia que o sacerdote fizesse o sacrifício da oferta e a colocasse sobre o altar, para tratar do pecado do povo. E, segundo: o sacerdote deveria orar pela congregação, agindo como seu intercessor.
Esse procedimento sacerdotal foi demonstrado na cruz. Jesus fez as duas coisas: primeiro, fez o sacrifício pelo pecado com Seu próprio corpo. Então orou por perdão para o povo, incluindo Seus próprios perseguidores.
E, neste instante Cristo está intercedendo pelos seus inimigos: “Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (I João 2:1). Jesus é advogado até mesmo dos que O perseguiram. Então, se Ele está intercedendo por suas almas, como pode você continuar sendo inimigo deles? É simplesmente impossível.

O Quão Importante é Perdoar e
Bendizer os Nossos Inimigos?


Paulo escreve: “Dai lugar à ira” (Romanos 12:19). Em resumo, ele está dizendo: “Sofra a ofensa. Aquiete-a e mexa-se. Vá viver no Espírito.” Contudo, se nos recusamos a perdoar as ofertas contra nós, temos de enfrentar estas conseqüências:
1. Nos tornamos mais culpados do que a pessoa que nos infligiu ofensa.
2. A misericórdia e a graça de Deus para nós serão bloqueadas. Então, quando as coisas começarem a ir mal em nossas vidas, não vamos entender, pois estaremos em desobediência.
3. A pressão de nosso perseguidor contra nós continuará nos roubando a paz. Ele se torna o vencedor, conseguindo nos infligir sofrimento permanente; continua sorridente vivendo sua vida, enquanto nós continuamos fermentando nossa raiva.
4. Devido ao fato de Satanás conseguir nos levar a ter pensamentos de vingança, ele se torna capaz de nos levar a pecados mais graves. E cometeremos transgressões muito piores do que essa.
O escritor de Provérbios aconselha: “A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias” (Provérbios 19:11). Em outras palavras, não devemos fazer nada enquanto nossa raiva não abaixar. Jamais devemos tomar decisões, ou desenvolver qualquer atitude estando ainda irados.
Além disso, trazemos glória para nosso Pai celestial toda vez que não dermos atenção às ofensas, e perdoarmos os pecados que cometem contra nós. Isso nos faz criar caráter. Já lemos que se reagirmos como Jesus, “o Senhor te retribuirá” (Provérbios 25:22). Quando perdoamos como Deus perdoa, Ele nos leva à uma revelação de favorecimento e de bênçãos que nunca antes conhecemos.
 

sábado, 5 de setembro de 2015

Lição 6 - DISCIPULADO 2 - TEMPERANÇA

Lição 6 - DISCIPULADO 2 - TEMPERANÇA
Gl 5.22 Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade.
23 a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.


TEMPERANÇA é basicamente a virtude do ESPÍRITO SANTO que nos ajuda a ter domínio próprio; ou seja capacidade de dominar nossas ações em qualquer situação, seja no vestir ou no falar, ou no agir.
O FRUTO DO ESPÍRITO
O DOMÍNIO PRÓPRIO
(TEMPERANÇA)
(Gálatas 5.16-25 )
1. INTRODUÇÃO

Não podemos esquecer, como tenho repetido aqui, que a vida cristã é aquela vivida no Espírito Santo. Na verdade, a vida cristã só é possível no Espírito. Fora dEle, nossa vida é como a de qualquer pessoa.
Entre as virtudes cristãs, elencadas pelo apóstolo Paulo, está a do domínio próprio. Quando relaciona as qualidades de um cristão, Paulo inclui o domínio próprio (Tito 1:8), junto com hospitalidade, benignidade, sobriedade, justiça e piedade. O apóstolo Pedro segue na mesma trilha, colocando como uma das virtudes a ser buscada pelo cristão, ao lado do conhecimento, da perseverança e da piedade. (2Pedro 1.6)
Esta é uma palavra bastante problemática para nossa geração, acostumada à idéia de que a felicidade decorre do desprezo à idéia de disciplina e auto-controle. Colocando esta escolha em outros termos, podemos dizer que, para boa parte das pessoas, se a escolha for entre felicidade e auto-controle, talvez ouçamos alguém se dizer cansado de auto-controle e que agora pretende viver a vida com toda a sua adrenalina. Prevalece a idéia que autocontrole e alegria são incompatíveis
No entanto, a Bíblia nos adverte a não permitir que o pecado tenha domínio sobre nós (Romanos 6.14), já que não estamos mais debaixo da lei, que nos leva a produzir, mas sob a graça, que nos deve levar a frutificar, além do domínio próprio, em alegria, amor, benignidade, bondade, fidelidade, longanimidade, mansidão e paz.
2. O SENTIDO DO DOMÍNIO PRÓPRIO.
O apóstolo dava muita importância ao termo ((egkrateia), uma vez que o usa várias vezes. Em 1 Coríntios 9.25, trata-se da virtude de um atleta em disciplinar seu corpo em busca da vitória; em 1 Coríntios 7.9, trata-se da capacidade do cristão em controlar sua sexualidade.
É curioso que, quando comparece perante o procurador romano Antonio Felix, que governou a Judéia de 52 a 60, o acusado apóstolo se defende falando de justiça, de juízo final e de domínio próprio, para irritação do representante de Nero. (Atos 24:25)
A expressão "domínio próprio" aparece sob diferentes palavras nas versões bíblicas, tendo então como sinônimos principais auto-controle e temperança. Não tem nada a ver, portanto, com endereço particular na internet...
Podemos entender melhor o que é domínio próprio pensando no seu oposto. Quem tem domínio próprio se autodomina. Quem não tem é dominado por algo ou por alguém. Quem tem domínio não permite que sentimentos e desejos o controlem; antes, controla-os, não se permitindo dominar por atitudes, costumes e paixões.
Domínio próprio, portanto, é a capacidade de efetiva que o cristão deve ter de controlar seu corpo e sua mente. Quando fez o homem, Deus deu-lhe o privilégio de dominar sobre todas as coisas: também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. (Gênesis 1.26)
O salmista relembra esta competência humana, ao dizer que Deus deu ao homem domínio sobre todas as obras das suas mãos e dos seus pés (Salmo 8.6)
Esta competência, no entanto, nem sempre se realiza quando se trata de homem dominar a si mesmo. Embora possa estar em nós desejar fazer o bem, nem sempre o fazemos. Afinal, como aprendemos também com Paulo, na nossa carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em cada um de nós; não, porém, o efetuá-lo, porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. (Romanos 7.18-19) Por isso, parecemos, por vezes, em cidades derrubadas, pois que cidade que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio. (Provérbios 25:28)
Esta percepção não pode é um convite à passividade, mas um desafio a nos conhecermos mais e a nos esforçarmos mais para viver segundo o padrão de Deus, por difícil que seja.

3. DESENVOLVENDO O AUTOCONTROLE
Antes, somos convidados a ter domínio sobre nossos sentimentos, sobre nossos desejos e sobre as circunstâncias que nos envolvem.

1. Dominando nossos sentimentos
Somos movidos pelos nossos sentimentos. Se, por exemplo, amamos, a Deus, ao próximo ou a nós mesmos, somos levados a querer bem, adorando a Deus, respeitando o outro e gostando de nós mesmos. Se, doutro lado, em nós o ódio é forte, seja a Deus pela figura do pai que representa, seja ao próximo, por ser a fonte de nosso sofrimento (o inferno são os outros, já dizia Sartre), seja a nós mesmos, pela incapacidade ser o que gostaríamos de ser, somos levados ao vale do vazio.
Ter domínio próprio é fazer com que os sentimentos bons sejam fortalecidos e canalizados para que possam ser aperfeiçoados. Assim, o amor deve alcançar o seu objeto. Desde Platão, existe uma modalidade de amor silencioso. Há homens que amam mulheres que jamais retribuirão o seu amor pelo simples fato de não saberem que sem amadas. Há, pois, um amor erótico platônico. Há também um amor fraternal platônico, que é aquele que nunca passa ao campo da ação. Há ainda um amor espiritual platônico. Há gente que só Deus, que sonda os corações, sabe que é amado por ela, porque dos lábios desse tipo de adorador não sai um cântico, não sai uma palavra de gratidão ou de exaltação a Deus.
Quando temos domínio sobre o sentimento do amor, fazemos com que ele se torne operativo.
Quando ao ódio, bem, simplesmente não devemos odiar e poderíamos encerrar a discussão aqui. No entanto, somos também capazes de odiar; este é um gigante da alma, como o descreveu um antigo psicólogo (Emílio Mira y Lopez). Se o Espírito Santo habita em nosso coração, ele não pode conviver com o ódio. Contudo, sabemos que, embora não o desejando, nós odiamos.
Por isto, a recomendação bíblica é que, mesmo nos irando, não devemos pecar e nem permitir que o sol se ponha sobre a nossa raiva. Antes, consultemos nosso travesseiro e sosseguemos (Salmo 4.4). Em outras palavras, o ódio não pode ser um sentimento permanente em nós, para que não nos destrua.
O ódio é, portanto, um sentimento a ser controlado ou ele nos dominará e nos levará a fazer o que não queremos.
A ambição é um sentimento que também deve ser controlado. Não devemos ser acomodados; antes, devemos querer o máximo para nós. A ambição destrói quando não vê métodos e se baseia na comparação com o que os outros são ou alcançaram. Controle a sua ambição e ela não controlará você.
A vaidade é um sentimento que também deve ser controlado. Não devemos nos achar que nada valemos e que os outros são melhores ou fazem as coisas melhores que nós. Nem sempre... A vaidade mata quando nos leva a nos achar onipotentes e oniscientes, acima da média humana. Controle a sua vaidade e ela não controlará.

2. Dominando nossos desejos
Se os nossos sentimentos nos definem, nossos desejos nos constituem. Nós somos aquilo que desejamos. Como ensinou Jesus, onde estiver o nosso tesouro, isto é, os nossos desejos, aí estará também o nosso coração. (Mateus 6:21)
Desejamos coisas legítimas e coisas ilegítimas. Nem todos os nossos desejos são pecaminosos. Sejam quais forem, no entanto, se eles nos controlarem, passam a ser pecaminosos. Comer chocolate não é pecado. Se no entanto, não posso comê-lo e não consigo não comê-lo, comê-lo é pecado. Ver televisão não é pecado. Se, no entanto, eu deixo de fazer o que preciso fazer (seja ler, trabalhar, conversar) para ficar diante dela, ela me controlou.
Desejamos coisas realmente necessárias e coisas suavemente impostas. Já não sabemos a diferença em coisas básicas e coisas supérfluas. De qualquer modo, no entanto, podemos dizer que grande parte de nossas necessidades simplesmente não existe. É parte da máquina do mundo, que nos torna primeiramente consumidores e depois cidadãos (se é que chamos a sê-los).
A maior desgraça do desejo é quando ele se converte em vício. Nada mais blasfemo do que um cristão viciado. Há cristãos viciados em falar da vida alheia; até reunião de oração se transforma em espaço privilegiado para a fofoca. São cristãos que não refreiam as suas línguas. Há cristãos viciados em guardar dinheiro; eles guardam sempre e de modo tão doentio que nunca usufruem dele. São cristãos que não refreiam sua cobiça. Há cristãos viciados em mentir; dizem a Deus que O estão adorando, mas estão apenas buscando uma bençãozinha; dizem que têm apreço por seu irmão, sendo até capazes de abençoa-los da boca para fora, mas não têm a menor disposição de ajudá-lo a carregar as suas cargas. São cristãos escravos da aparência.
Ter domínio próprio é controlar os próprios vícios, não os vícios dos outros, que este já é um outro vício...

3. Dominando-nos diante das circunstâncias
Além dos sentimentos e desejos, que nós podemos controlar, em grau maior ou menor, há as circunstâncias, aquelas situações que não criamos, mas que nos atingem.
Quando nos enredam, elas provocam desânimo. Diante delas, podemos perder o auto-controle, partindo para reações inadequadas, seja de desespero, seja com violência. Nossa reação mostra que, na verdade, estamos sendo controlados por elas.
Podemos ser menores que as circunstâncias, mas Deus é maior do que elas. Embora seja difícil, é assim que devemos crer. Autocontrole é manter a esperança no Senhor da vida.
Precisamos também aprender a lidar com as circunstâncias. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, mesmo sacrificialmente, para mudar aquelas que nós podemos transformar. Diante daquelas que não podemos alterar, temos que aprender a conviver com elas, mesmo sob pretexto, para que não nos dominem. Adaptar-se não é aceitar conformisticamente as adversidades, mas saber que elas existem, mudá-las logo, mudá-las quando for possível e viver apesar delas.
Devemos ter sempre em mente o conselho do pregador: Não há nenhum homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; nem há tréguas nesta peleja; nem tampouco a perversidade livrará aquele que a ela se entrega. (Eclesiastes 8:8)

4. PARA TER AUTOCONTROLE
Há certas ocasiões que, antes de perceber o que está fazendo, você perde o controle, e passa ser vítima do seu descontrole, velada ou violentamente. Os resultados são prostituição, impureza, lascívia, que nos sobrevêm quando perdemos o controle sobre a paixão e nos deixamos levar por ela; idolatria e feitiçarias, quando desesperamos diante das circunstâncias e buscamos bênçãos de todo tipo; inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas, que nos dominam quando damos lugar aos desejos de superação do outro; bebedices e glutonarias, quando nos deixamos escravizar pelo desejo do nosso ventre. (Gálatas 5.19-20)
O fruto do Espírito, no entanto, é o auto-controle.
1. Conheça-se e use o conhecimento a seu respeito a seu próprio favor. Tendemos a não perceber como somos, mas devemos nos esforçar para tal. Se você, no trânsito, é um pé de chumbo, vigie seu comportamento, para que controle o seu ímpeto de sair em disparada. A velocidade não é mais importante que você. Se você se ira com facilidade, evite as situações que a provocam a sua raiva. Desenvolva métodos para que a irritação fique em níveis aceitáveis. Use o que você sabe a seu próprio respeito para se dominar melhor.
2. Aprenda a tomar atitudes diferentes das que toma hoje. Faça com que seus sentimentos e desejos não redundem sempre nos mesmos atos. Você nasceu assim, mas não precisa morrer assim. Abra-se para o diferente. Faça o que nunca fez antes.
3. Valorize a disciplina. Quando Jesus disse que, se o nosso olho nos levar ao escândalo, devemos arrancá-lo, ele estava lembrando que precisamos subjugar o nosso corpo, quando este nos subjuga. Ponha objetivos na vida e se empenhe para alcançá-los. O autocontrole é o resultado da disciplina e do esforço próprio.
4. Deixe-se conduzir pelo Espírito de Deus. O domínio próprio é um esforço de quem vive pelo Espírito. Os homens em geral não pensam em disciplina, mas os cristãos nos esforçamos para viver de modo organizado, coordenado e harmônico. Neste ministério, o Espírito Santo quer nos apoiar, para nos conduzir. Deixe-se dirigir pelo Espírito. O domínio próprio só é possível por meio de Sua ação em nós.

5. CONCLUSÃO
O domínio próprio a que estamos nos referindo aqui não se trata de um auto-controle que nos faz doentes, aquele falso, aquele apenas de aparência, mas aquele resultante de desejo profundo.
Por isto, evite começar a fazer aquilo que o controla. Se você perde o controle da sua língua, quando o assunto é a vida alheia ou quando a conversa descamba para assuntos pouco edificantes, não entre na conversa. Recuse participar desde o princípio.
Se já começou, deixando-se dominar por sentimentos, desejos e atitudes, procure parar. O Espírito Santo o ajudará, se houver arrependimento no seu coração.
Afinal, a vida cristã é aquela vivida no Espírito Santo. Na verdade, a vida cristã só é possível no Espírito. Fora dEle, nossa vida é como a de qualquer pessoa.

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