AD em Santos - a decadência de uma igreja
A histórica cidade de Santos (SP) contava com apenas 135 mil habitantes, quando em 1924, pentecostais vindos do Recife (PE) iniciaram o trabalho de evangelização no bairro de Ponta da Praia. Ainda no mesmo ano, percebendo a oportunidade de crescimento do núcleo de fieis, o missionário sueco Daniel Berg desembarcou no município para oficialmente fundar a Assembleia de Deus.
Desde então, destacados obreiros das ADs lideraram a igreja: Daniel Berg, Jahn Sörheim, Bruno Skolimowski, Clímaco Bueno Aza e Francisco Gonzaga da Silva entre outros serviram na direção do rebanho pentecostal santista.
O mais longevo líder, João Alves Corrêa, permaneceu por três décadas na direção da igreja. Durante esse tempo, pastor João presidiu a Convenção Geral por três vezes (1966-68, 1968-71, 1971-73), o Conselho Administrativo da CPAD (1994) e o Conselho de Doutrina da CGADB (1995). Ao entregar a presidência da AD santista em 1999 ao seu filho Paulo Alves Corrêa, a igreja contava com centenas de congregações e milhares de membros espalhados pela região.
Sem sombra de dúvidas, a denominação espelhava o crescimento das ADs no Brasil. Com um sólido patrimônio, uma história respeitável e uma liderança conceituada, parecia que a sucessão seria tranquila e que a solidez da instituição passada de pai para filho seria inabalável. Parecia.
Por que na década seguinte, estranhos acontecimentos envolveram a igreja e a liderança. Como resultado disso, milhares de membros abandonaram a AD santista, conhecida como "a pioneira" do estado de São Paulo. Ministérios concorrentes das ADs abriram filiais na cidade com enorme êxito.
Só como exemplo, a AD do Ministério do Belenzinho em pouco mais de uma década de trabalho na cidade, liderada pelo pastor Jesiel Padilha, abriu 168 congregações e arregimentou mais de 6 mil membros. O próprio vice-presidente da AD santista, o pastor Antônio Carlos, liderou um êxodo de 3 mil crentes para fundar a Igreja Assembleia de Deus Vida Nova.
Com toda essa debandada de membros, a queda das contribuições também se tornou um drama. Complicações financeiras, judiciais e trabalhistas se avolumaram. A AD em Santos - a pioneira - hoje, é uma denominação fragilizada em todos os aspectos.
Mas o que teria acontecido para tamanha sangria? A resposta mais óbvia está na adesão do seu líder ao chamado "avivamento" de Boston (EUA), marcado por fenômenos e manifestações ditas "espirituais" que colocaram em xeque a credibilidade da instituição e dos seus ministros.
Na próxima postagem, um pouco dessa história recente das ADs será exposta. Como nada acontece de uma hora para outra, o leitor perceberá que, anos antes, contestações e polêmicas envolvendo a AD santista eram alvo de discussões acaloradas no ministério.
Não deixe de acompanhar os próximos lances da história assembleiana no litoral paulista.
Desde então, destacados obreiros das ADs lideraram a igreja: Daniel Berg, Jahn Sörheim, Bruno Skolimowski, Clímaco Bueno Aza e Francisco Gonzaga da Silva entre outros serviram na direção do rebanho pentecostal santista.
O mais longevo líder, João Alves Corrêa, permaneceu por três décadas na direção da igreja. Durante esse tempo, pastor João presidiu a Convenção Geral por três vezes (1966-68, 1968-71, 1971-73), o Conselho Administrativo da CPAD (1994) e o Conselho de Doutrina da CGADB (1995). Ao entregar a presidência da AD santista em 1999 ao seu filho Paulo Alves Corrêa, a igreja contava com centenas de congregações e milhares de membros espalhados pela região.
Posse do pastor João Alves Corrêa na AD em Santos (1962) |
Sem sombra de dúvidas, a denominação espelhava o crescimento das ADs no Brasil. Com um sólido patrimônio, uma história respeitável e uma liderança conceituada, parecia que a sucessão seria tranquila e que a solidez da instituição passada de pai para filho seria inabalável. Parecia.
Por que na década seguinte, estranhos acontecimentos envolveram a igreja e a liderança. Como resultado disso, milhares de membros abandonaram a AD santista, conhecida como "a pioneira" do estado de São Paulo. Ministérios concorrentes das ADs abriram filiais na cidade com enorme êxito.
Só como exemplo, a AD do Ministério do Belenzinho em pouco mais de uma década de trabalho na cidade, liderada pelo pastor Jesiel Padilha, abriu 168 congregações e arregimentou mais de 6 mil membros. O próprio vice-presidente da AD santista, o pastor Antônio Carlos, liderou um êxodo de 3 mil crentes para fundar a Igreja Assembleia de Deus Vida Nova.
Com toda essa debandada de membros, a queda das contribuições também se tornou um drama. Complicações financeiras, judiciais e trabalhistas se avolumaram. A AD em Santos - a pioneira - hoje, é uma denominação fragilizada em todos os aspectos.
Mas o que teria acontecido para tamanha sangria? A resposta mais óbvia está na adesão do seu líder ao chamado "avivamento" de Boston (EUA), marcado por fenômenos e manifestações ditas "espirituais" que colocaram em xeque a credibilidade da instituição e dos seus ministros.
Na próxima postagem, um pouco dessa história recente das ADs será exposta. Como nada acontece de uma hora para outra, o leitor perceberá que, anos antes, contestações e polêmicas envolvendo a AD santista eram alvo de discussões acaloradas no ministério.
Não deixe de acompanhar os próximos lances da história assembleiana no litoral paulista.
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